Liz Truss e Rishi Sunak disputam n.º 10 de Downing Street. Saiba o que os separa

Na próxima segunda-feira é conhecido o vencedor da corrida a primeiro-ministro no Reino Unido. O que defenderam na campanha os candidatos no duelo pela sucessão de Boris Johson.

Na próxima segunda-feira, 5 de setembro, será conhecido o sucessor de Boris Johnson na liderança do Partido Conservador e, por inerência, o novo primeiro-ministro do Reino Unido. Na reta final das eleições partidárias está a ministra dos Negócios Estrangeiros, Elizabeth Truss, de 47 anos, e o ex-chanceler do Tesouro britânico, e atual deputado, Rishi Sunak, de 42 anos.

Liz Truss, como também é conhecida, lidera de forma folgada as sondagens, com uma vantagem de 32 pontos, segundo dados do site ConservativeHome, citados pela Bloomberg. O número está em linha com sondagens anteriores, nomeadamente do portal YouGov, no qual Truss também assegurou margem idêntica. De momento, cerca de 60% dos 961 deputados conservadores preferem Liz Truss a Rishi Sunak, mas o veredicto só será conhecido amanhã. O que separa os dois candidatos nos diferentes temas?

Política fiscal

Em matéria de política fiscal, Liz Truss defende um corte do IVA na ordem dos 5%, de modo a fazer frente ao aumento do custo de vida no Reino Unido, avançou o The Telegraph. A medida iria representar uma poupança média de 1.300 libras anuais por cada família britânica. No entanto, se Truss vencer, poderá optar entre uma redução de 2,5% ou 5%, sendo que a taxa atualmente cobrada situa-se nos 20%.

A ministra pretende também reverter o aumento de 1,25% na taxa de contribuição para a Segurança Social, em vigor desde abril, e suspender a taxa ambiental nas contas energéticas. No conjunto, as medidas terão um custo estimado de 30.000 milhões de libras.

Rishi Sunak, que tem criticado as propostas de Lizz Truss por contribuírem para o aumento da inflação, compromete-se a alargar a atual redução de 50% nas taxas sobre os imóveis comerciais (business rates), introduzida quando era ministro das Finanças. Quer também reforçar os apoios às pequenas empresas, em particular nos setores do turismo, restauração e retalho, segundo o The Telegraph.

O antigo chanceler do Tesouro deseja também seguir com o aumento planeado do IRC, dos atuais 19% para os 25% no próximo ano. Já a sua rival está a considerar uma redução geral do IRC para as pequenas e médias empresas, de modo a protegê-las dos aumentos da energia.

Já relativamente à introdução de um imposto sobre os lucros excecionais das empresas energéticas, ou windfall tax, Liz Truss irá descartar esta opção caso chegue a primeira-ministra, de modo a não passar a “mensagem errada” ao público e aos investidores internacionais, segundo a Blomberg. Rishi Sunak, por sua vez, não descarta esta opção como meio de financiar os apoios energéticos às famílias mais desfavorecidas.

Habitação

Liz Truss pretende tornar mais rápido e simples o processo de construção de casas em terrenos abandonados, através de uma reforma das leis do ordenamento. Adicionalmente, também pretende que o pagamento de rendas possa ser contabilizado para as verificações de crédito, de modo a que os jovens possam comprovar que conseguem pagar uma hipoteca. Liz Truss defende ainda mais construção nas cidades, segundo o The Telegraph.

Rishi Sunak compromete-se a acelerar a construção nas cidades e em terrenos abandonados, bem como taxar os terrenos detidos pelas grandes construtoras que ficam durante anos sem qualquer desenvolvimento imobiliário. Adicionalmente, pretende reduzir o financiamento público da habitação social e dar mais incentivos às construtoras para construírem casas acessíveis a pessoas de menores rendimentos.

Finanças públicas

Liz Truss tenciona compensar o impacto orçamental dos seus cortes fiscais com o alongamento do prazo de pagamento da dívida, agravada pelos custos adicionais na saúde com a pandemia de Covid-19. Em causa está uma dívida de 311 mil milhões de libras. No entanto, Rishi Sunak insiste que não irá prometer milhares de milhões de libras em apoios diretos, por considerar que isso iria alimentar a inflação.

No entender de Sunak, o Reino Unido deve equilibrar as suas contas e considera que os cortes nos impostos de Truss irão aumentar a dívida do país. Por este motivo, defende um aumento das prestações do National Insurance (Segurança Social) e aguardar 1 a 2 anos antes de realizar reduções fiscais, esperando até a inflação estar sob controlo. Sunak pretende ainda diminuir a despesa com salários da função pública, acelerando a redução do endividamento.

Brexit

O antigo ministro das Finanças propõe cortar ou reformar todas as diretivas da União Europeia que ainda restam na legislação britânica e estimular o crescimento económico ao eliminar regulamentações sobre os serviços financeiros. Sunak deseja ainda substituir as regras existentes em torno da proteção de dados, de modo a ajudar as tecnológicas a inovar mais, bem como fazer do Reino Unido uma “superpotência científica” e rivalizar com a União Europeia.

Também Liz Truss pretende rever as regras europeias ainda em vigor no Reino Unido, no seguimento do Brexit, até ao final de 2023. Truss pretende libertar os agricultores das regulamentações da UE, de modo a melhorar a segurança alimentar do país, e planeia combater a escassez de mão-de-obra no setor, segundo a Sky News.

Liz Truss provocou já uma polémica com o Presidente francês, Emmanuel Macron, ao prometer julgá-lo pelas suas ações e não pelas suas palavras. Disse mesmo que ainda não está claro se este é “amigo ou inimigo” do Reino Unido. Em reação, Emmanuel Macron sublinhou a necessidade da clareza de pensamento num mundo caótico, a nível geopolítico, e considerou absurda a sugestão de hostilidades entre Paris e Londres, segundo o Politico.

Apoio às famílias

O antigo chanceler do Tesouro garante que irá proteger as famílias mais vulneráveis ao compensar a diferença entre o anterior preço máximo da energia (1.971 libras anuais), e o novo teto máximo recentemente anunciado (3.549 libras anuais), através de alterações aos subsídios em vigor, avançou a BBC.

Adicionalmente, Rishi Sunak admite a possibilidade de aplicar um windfall tax sobre as empresas energéticas, de modo a financiar em até 10 mil milhões de libras um plano de apoio às famílias britânicas, face às contas da eletricidade no inverno, notícia a Bloomberg.

Liz Truss, além de considerar um corte do IVA, prometeu um apoio imediato às contas da energia, sem avançar com mais detalhes, e garantiu que iria ter uma abordagem “robusta” neste sentido, segundo a Reuters. No passado, Liz Truss defendeu não acreditar que os apoios diretos representem a melhor forma de apoiar as famílias com o aumento do custo de vida, dando antes prioridade ao alívio fiscal.

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Marcelo quer plano social de choque, mas alerta para riscos

Presidente da República admite que o plano de apoio Às famílias e empresas já deveria ter sido apresentado. Pede urgência, mas alerta para reajustes logo que a inflação abrande.

O Presidente da República defendeu um equilíbrio no pacote de apoio às famílias que o Governo vai anunciar esta segunda-feira para responder à inflação, considerando que é preciso atuar com urgência, mas que as medidas devem ser ajustadas mês a mês. “É preciso atuar com urgência, mas com cuidado por causa do acompanhamento da evolução económica”, disse Marcelo Rebelo de Sousa, em declarações aos jornalistas numa visita à Feira do Livro de Lisboa.

Questionado sobre o pacote de medidas de apoio às famílias, o chefe de Estado escudou-se nos comentários do governador do Banco de Portugal, Mário Centeno, que na quinta-feira defendeu que não se adotem medidas pró-cíclicas. “Foi o que disse o governador do Banco de Portugal. Há que ter, por um lado, uma intervenção choque para compensar a situação vivida nos últimos meses e neste momento, e por outro lado, há que acompanhar – eu tenho repetido isto – a inflação. Há quem pense que a inflação pode descer a partir de outubro, novembro”, disse.

Há um conjunto de condições que para o ano podem não ser repetíveis. O Produto Interno Bruto (PIB) pode não voltar a crescer tanto, a situação em termos de disponibilidade pode não ser tão grande e por isso tem de haver esse equilíbrio: atacar a situação naquilo em que é preciso atacar com a urgência e ver a evolução da economia e da própria inflação para ter a certeza de que é preciso ajustar mês a mês, permanentemente, as medidas e a execução das medidas à evolução da situação vivida.

Marcelo Rebelo de Sousa

Para Marcelo Rebelo de Sousa, as medidas que serão anunciadas terão como objetivo um “efeito choque imediato”, mas é preciso ter presente que se a inflação descer a pique a partir do final do ano estas “têm de ser reajustadas”.

“Há um conjunto de condições que para o ano podem não ser repetíveis. O Produto Interno Bruto (PIB) pode não voltar a crescer tanto, a situação em termos de disponibilidade pode não ser tão grande e por isso tem de haver esse equilíbrio: atacar a situação naquilo em que é preciso atacar com a urgência e ver a evolução da economia e da própria inflação para ter a certeza de que é preciso ajustar mês a mês, permanentemente, as medidas e a execução das medidas à evolução da situação vivida”, vincou.

Marcelo elencou ainda como medidas dirigidas e sem impacto permanente apoios diretos às famílias, apoios a “certos setores de atividade na economia que são mais sensíveis ao aumento dos preços da energia”, “apoios aos setores mais carenciados” e “algumas coisas para as classes médias”. Mas advertiu: “Sem haver choques tão amplos, tão amplos que na sua duração possam ter custos que são excessivos não agora, mas daqui a uns meses”.

Marcelo Rebelo de Sousa considerou ainda que “se podia ter tomado as medidas um bocadinho mais cedo”, mas admitiu que “por toda a Europa são anunciadas agora”. Frisou ainda que o impacto do aumento dos preços da energia e da inflação está a afetar particularmente a classe média.

“Obviamente que energia toca toda a gente, mas classe média em particular e outros custos da inflação atingem a classe média, nomeadamente reduz a classe média, esvazia a classe média. Em todos os países da Europa é uma preocupação”, disse.

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Acordo permitiu à Ucrânia exportar 1,68 milhões de toneladas de cereais no primeiro mês

  • Lusa
  • 3 Setembro 2022

Os produtos exportados foram sementes de girassol, farinha de girassol, óleo da mesma planta, cevada, trigo, milho, soja, beterraba sacarina, ervilha e colza.

A Ucrânia exportou 1,68 milhões de toneladas de produtos agrícolas desde a entrada em vigor, a 01 de agosto, do acordo para desbloquear os portos, fechados por causa da invasão russa do país, informaram neste sábado as autoridades turcas.

Entre 01 de agosto e 01 de setembro, 69 navios partiram dos três portos ucranianos de Odessa, Chornomorsk e Yuzhni, segundo dados divulgados pela Autoridade Marítima turca e publicados hoje nos media locais.

A informação adianta que os produtos exportados foram sementes de girassol, farinha de girassol, óleo da mesma planta, cevada, trigo, milho, soja, beterraba sacarina, ervilha e colza, embora não indique as quantidades de cada.

A 20 de agosto, as Nações Unidas, que mediaram com a Turquia as negociações para que se alcançasse o acordo, indicaram um volume total de 656.000 toneladas exportadas de cereais ucranianos, com o milho representando 74%, produtos de girassol 14%, e trigo 10%.

Cerca de 23% de todas as mercadorias foram descarregadas nos portos turcos, adiantou ainda a Autoridade Marítima.

Outros países recetores são Alemanha, China, Coreia do Sul, Egito, Espanha, França, Grécia, Índia, Irão, Irlanda, Israel, Itália, Líbano, Líbia, Holanda, Reino Unido, Roménia, Somália, Sudão e Djibuti.

A Autoridade especifica que 22 dos navios tinham ficado presos nos portos por causa da invasão russa e, finalmente, conseguiram sair graças ao acordo, enquanto os restantes foram, neste período de abertura para esses portos para transportarem a carga para os seus destinos.

Todos os navios vindos da Ucrânia ou com destino para aquele país são inspecionados em Istambul por delegados russos, ucranianos, turcos e das Nações Unidas.

No total, 86 navios seguiram para a Ucrânia sob o acordo, após passarem por uma inspeção em Istambul, na Turquia, ou estão atualmente a passar por esse processo, acrescentou a nota.

O acordo, assinado em julho passado, tem validade de 120 dias, mas será prorrogado automaticamente caso nenhum dos países envolvidos se oponha.

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Lançamento do novo foguetão lunar da NASA novamente cancelado

  • Lusa
  • 3 Setembro 2022

O lançamento poderá ser remarcado, mas as equipas da NASA terão de analisar todos os dados antes de decidirem uma nova data.

O lançamento do novo foguetão lunar SLS da NASA foi novamente cancelado neste sábado pela segunda vez em menos de uma semana, devido a uma fuga de combustível, anunciou a agência espacial norte-americana.

O lançamento poderá ser remarcado, mas as equipas da NASA terão de analisar todos os dados antes de decidirem uma nova data.

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Fábrica nuclear de Zaporijia deixou de fornecer energia ao lado ucraniano

  • Lusa
  • 3 Setembro 2022

O anúncio foi feito numa altura em que inspetores da agência nuclear das Nações Unidas (ONU) prosseguem com a sua missão no local.

O maior complexo nuclear ucraniano e também da Europa deixou de fornecer eletricidade aos territórios controlados pela Ucrânia, informaram neste sábado as autoridades apoiadas pelo Kremlin, citadas pela agência AP.

O anúncio foi feito numa altura em que inspetores da agência nuclear das Nações Unidas (ONU) prosseguem com a sua missão no local.

A administração municipal nomeada pela Rússia em Enerhodar, onde a fábrica de Zaporijia está localizada, justificou a situação com um alegado bombardeamento efetuado por tropas ucranianas na manhã de hoje e que terá destruído uma importante linha de energia.

“O fornecimento de eletricidade para os territórios controlados pela Ucrânia foi suspenso devido a dificuldades técnicas”, indicou a administração municipal. Não ficou esclarecido se a eletricidade do complexo nuclear está contudo a chegar às áreas controladas pelos russos.

Vladimir Rogov, membro da administração regional indicada pelo Kremlin, afirmou que um projétil atingiu uma área situada entre dois reatores. Tais alegações não puderam ser confirmadas imediatamente por outras fontes.

Nas últimas semanas, a Ucrânia e a Rússia culparam-se mutuamente pelos bombardeamentos na unidade e nas proximidades, ao mesmo tempo que se acusavam também de tentativas de boicotar a visita de especialistas da ONU, que chegaram ao complexo nuclear na quinta-feira.

A missão da Agência Internacional de Energia Atómica visa ajudar a proteger o local.

O Ministério da Defesa russo acusou as tropas ucranianas de terem efetuado na sexta-feira uma tentativa de se apoderarem daquele espaço, apesar da presença dos peritos da AIEA, ao enviarem 42 barcos com 250 militares das forças especiais e “mercenários” estrangeiros para tentar um desembarque na margem do reservatório próximo de Kakhovka.

O Ministério russo indicou que quatro caças russos e dois helicópteros destruíram cerca de 20 barcos e os outros retrocederam no rumo. Informou também que a artilharia russa atingiu a margem direita do rio Dnieper, controlada pela Ucrânia, para atingir o grupo de desembarque que estava em retirada.

O mesmo ministério alegou que os militares russos mataram 47 soldados, incluindo 10 “mercenários” e feriram 23. Estes dados não puderam ser verificados de forma independente através de outras fontes.

A Rússia tinham dito anteriormente que cerca de 60 soldados ucranianos tentaram desembarcar perto da fábrica na quinta-feira e que as forças russas impediram essa tentativa.

Na manhã de hoje, nem o Governo ucraniano, nem a operadora de energia nuclear do país, Enerhoatom, comentaram essas alegações.

O complexo nuclear sofreu repetidamente a desconexão completa da rede elétrica da Ucrânia desde a semana passada, com a Enerhoatom a culpar pelo sucedido o bombardeamento e incêndios perto do local provocados por morteiros.

As autoridades ucranianas locais acusaram por seu turno Moscovo de atacar com ‘rockets’ duas cidades próximas do complexo nuclear, do outro lado do rio Dnieper, imputação que tem sido feita repetidamente nas últimas semanas.

Em Zorya, uma pequena vila a cerca de 20 quilómetros da fábrica de Zaporijia, os moradores ouviram na sexta-feira o som de explosões na área. Não é porém o bombardeamento que mais os preocupa mas o risco de uma fuga radioativa da fábrica.

“A fábrica, sim, é parte mais assustadora”, disse à AP Natalia Stokoz, mãe de três filhos, justificando: “As crianças e os adultos serão afetados, e é assustador se o complexo nuclear explodir.”

Durante as primeiras semanas da guerra, as autoridades deram comprimidos de iodo e máscaras às pessoas que moravam perto da fábrica em caso de uma eventual exposição à radiação.

Entretanto, o presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, ofereceu-se para assumir o papel de “facilitador” na questão do complexo nuclear de Zaporijia, num telefonema com o Presidente russo, Vladimir Putin, indica um comunicado da presidência turca.

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França prolonga limites à subida da eletricidade até 2023

Sem medidas, franceses poderiam pagar o dobro da fatura da eletricidade a partir de janeiro, segundo ministro do Orçamento local.

Em vigor em França desde o final de 2021, os limites à subida do preço da eletricidade vão ser prolongados para o ano de 2023. A medida já custou 24 mil milhões de euros mas tem protegido os consumidores franceses do forte aumento de custos com a energia, segundo o ministro do Orçamento, Gabriel Attal.

Em 2023, se não fizéssemos nada, a conta da eletricidade iria aumentar, em média, 100%. Isso seriam, em média, mais 120 euros na fatura mensal dos franceses. Vamos bloquear esse aumento até um certo nível”, referiu o governante em entrevista divulgada neste sábado pela rádio France Inter.

Para já, “as negociações ainda estão a decorrer” e “deverão gerar resultados nos próximos dias”. Na imprensa francesa, fala-se que os aumentos poderão ser da ordem dos 10% a 20%. Questionado sobre isto, o ministro recordou que para 2022 “foi limitado o aumento previsto, de 40%, para 4%”.

O ministro também assegurou que “proteger” a carteira dos franceses “não é incompatível” com a prudência na gestão das contas públicas.

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📹 Subida das taxas Euribor não dá descanso às famílias

Setembro traz uma nova subida da prestação da casa que pode ir até 120 euros. BCE prepara-se para apertar ainda mais o cinto das famílias.

A subida dos juros do BCE está a ter impacto no orçamento das famílias por via do aumento da prestação da habitação. Os contratos que forem revistos agora em setembro vão registar agravamentos na prestação entre 9% e 27%, consoante o prazo do indexante. Vêm aí aumentos como nunca se viu em mais de uma década. Saiba mais no vídeo:

http://videos.sapo.pt/4uMgsiabz5fB8S1hp9Wy

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Tropas russas lançam 16 ataques em Donbass e fazem vítimas

  • Lusa
  • 3 Setembro 2022

14 instalações civis foram destruídas ou danificadas, incluindo nove edifícios residenciais, edifícios administrativos, empresas privadas e uma empresa de serviços públicos.

A polícia ucraniana relatou nesta sábado a ocorrência de 16 bombardeamentos russos na região de Donbass, no leste do país, que fizeram vítimas entre os civis.

“As forças de ocupação bombardearam as cidades de Avdiivka, Kurakhove, Sloviansk, Kramatorsk, Krasnohorivka, Vuhledar, a cidade de Bilbasivka, as aldeias de Ivanivske, e Bogoyavlenka”, informou a polícia numa mensagem no Telegram, citada pela agência Ukrinform.

As forças de segurança ucranianas esclareceram ainda que o exército russo usou mísseis, lançadores múltiplos Grad e Uragan, além de fogo de artilharia.

É referido ainda que 14 instalações civis foram destruídas ou danificadas, incluindo nove edifícios residenciais, edifícios administrativos, empresas privadas e uma empresa de serviços públicos.

A polícia referiu também que mais 315 pessoas foram evacuadas.

Desde o início da evacuação obrigatória da população, mais de 13.000 pessoas, incluindo 586 com deficiência e 2.237 crianças, foram retiradas com a ajuda da polícia.

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Erdogan oferece mediação turca a Putin no caso da central nuclear de Zaporijiia

  • Lusa
  • 3 Setembro 2022

Depois do papel no desbloqueamento da crise dos cereais, Presidente da Turquia volta a disponibilizar-se para resolver impasse nuclaear.

O presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, ofereceu neste sábado ajuda ao seu homólogo russo, Vladimir Putin, para tentar resolver a crise sobre a central nuclear ucraniana de Zaporijia, ocupada por tropas russas.

“O Presidente Erdogan disse que a Turquia pode desempenhar um papel facilitador na central nuclear de Zaporizhnya, tal como o fez no negócio dos cereais”, cujas exportações foram bloqueadas pela guerra, disse a presidência turca numa declaração citada pela agência de notícias France Presse (AFP).

A central nuclear de Zaporijia, a maior da Europa, está desde março ocupada pelas tropas russas no sul da Ucrânia.

Depois de semanas de bombardeamentos que fizeram temer uma catástrofe nuclear, chegou esta quinta-feira à central nuclear uma equipa da Agência Internacional de Energia Atómica (AIEA), para fazer uma inspeção.

Moscovo e Kiev acusam-se mutuamente de ataques à central, onde vão permanecer até “domingo ou segunda-feira” alguns elementos da missão da AIEA, entre os quais o próprio diretor, Rafael Grossi.

A Ucrânia acusou a Rússia de ter retirado as suas armas antes da chegada da equipa da AIEA e, na sexta-feira, anunciou que tinha atingido uma base russa em Energodar, no sul do país e não muito longe da central nuclear.

A 19 de agosto, durante uma reunião em Lviv com o presidente ucraniano Volodymyr Zelensky, Erdogan mostrou-se preocupado com um possível desastre nuclear em caso de danos a essas instalações.

“Estamos preocupados, não queremos outra Chernobyl”, disse Erdogan, referindo-se ao acidente nuclear de 1986 na Ucrânia.

A AFP sublinha que a situação em Zaporijia preocupa muitos líderes internacionais, tendo em conta que a zona tem sido alvo de vários bombardeios, aumentando o temor de um desastre nuclear.

Na quinta-feira, depois de uma inspeção às instalações, o diretor da AIEA disse que a “integridade física” da fábrica tinha sido “violada em várias ocasiões”, sublinhando que é tal ” não pode continuar a acontecer”.

No entanto, Rafael Grossi não nomeou os responsáveis pela situação.

A Turquia mantém boas relações com Moscovo e Kiev: Ancara forneceu à Ucrânia drones militares, mas recusou-se a aderir às sanções ocidentais decretadas contra a Rússia após a invasão da Ucrânia.

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Investigado acidente entre avião da TAP e moto que fez 2 mortos na Guiné-Conacri

  • Lusa
  • 3 Setembro 2022

“A tragédia e a abertura de um inquérito impediram a companhia portuguesa de embarcar os passageiros que deveriam partir para Lisboa", segundo jornal local.

A Autoridade Guineense de Aviação Civil está a investigar o acidente ocorrido na sexta-feira à noite entre um avião da TAP e uma motorizada na pista do aeroporto da Guiné-Conacri, que vitimou os dois ocupantes da viatura.

“Uma investigação conduzida pela Autoridade de Aviação Civil da Guiné (AGAC), com o apoio do Departamento de Segurança e Proteção (SOGEAC), está em curso para averiguar as causas e as responsabilidades das partes envolvidas”, lê-se uma nota do Aeroporto Internacional Ahmed Sékou Touré publicada na rede social Twitter.

Segundo esta mensagem, o acidente ocorreu pelas 23:40 (hora local) de sexta-feira, quando “o voo TP1492 da companhia TAP Portugal, com origem em Lisboa, atingiu dois indivíduos que circulavam numa motorizada na pista de aterragem”.

“O condutor identificado era um agente de segurança, funcionário de uma empresa encarregada de proteger as instalações do aeroporto”, precisa o texto, expressando “sinceras condolências às famílias enlutadas”.

Num comunicado divulgado esta madrugada, a TAP informou que “o voo TP1492 registou um acidente na aterragem no aeroporto da Guiné-Conacri, quando uma moto tentou atravessar a pista nesse momento, tendo o ocupante do veículo perdido a vida”.

Entretanto, fonte oficial da companhia confirmou à agência Lusa que foram duas as vítimas mortais do acidente.

Passageiros e tripulantes estão todos bem”, assegurou, asseverando que “foram cumpridos todos os procedimentos de segurança, mas, ainda assim, não foi possível evitar o referido acidente”.

“A TAP está naturalmente a colaborar com as autoridades locais para se apurarem as circunstâncias que levaram a esta lamentável situação”, lê-se ainda no comunicado da companhia portuguesa, que lamenta “profundamente o sucedido” e apresenta “as suas sentidas condolências” às famílias das vítimas.

O portal de notícias Guineenews.org avança que os dois seguranças que circulavam na motorizada “tentavam atravessar a pista quando foram sugados por um dos motores da aeronave que acabara de aterrar”.

Segundo refere, “a tragédia e a abertura de um inquérito impediram a companhia portuguesa de embarcar os passageiros que deveriam partir para Lisboa”.

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IL acusa Governo de mentir e quer IVA da energia na taxa mínima

  • Lusa
  • 3 Setembro 2022

“Está na hora de os portugueses fazerem um bom exame de consciência para pensarem se é efetivamente um Governo incompetente e mentiroso que querem no poder", questiona João Cotrim Figueiredo.

O presidente da Iniciativa Liberal (IL) considerou neste sábado que o Governo de António Costa “é mentiroso” porque podia ter baixado “há meses” o IVA da energia para a taxa mínima de 6%, mas não o fez.

Relativamente ao IVA [Imposto sobre Valor Acrescentado] da energia, vamos ver o que vai acontecer, mas ficamos a saber esta semana que já podia ter sido reduzido desde abril. Portanto este Governo não é só incompetente, este Governo não é só incapaz de pôr o país a crescer, este Governo mente. Mentiu durante meses sobre não ter autorização de Bruxelas para baixar o IVA da energia. Era mentira”, disse João Cotrim Figueiredo.

O líder da IL disse que “não se compreenderia que não se fizesse a descida do IVA da energia”, considerando que “o Governo tem de baixar para a taxa mínima” como, “aliás, já fizeram a maior parte dos países que estão no mesmo barco”.

Na Póvoa de Varzim, no distrito do Porto, onde visitou o mercado municipal, o líder da IL sublinhou que o Governo de António Costa “é mentiroso”, somando à questão da energia o episódio da nomeação não concretizada do antigo diretor de informação da TVI, Sérgio Figueiredo, para assessor no Ministério das Finanças.

“Também era mentira que era essencial ter um cargo de assessor no Ministério das Finanças para Sérgio Figueiredo. Também percebemos que não era nada essencial porque o cargo não vai ser preenchido. Começa a ser evidente que além de incompetente, este é um Governo mentiroso”, disse Cotrim Figueiredo.

Para a IL, “está na hora de os portugueses fazerem um bom exame de consciência para pensarem se é efetivamente um Governo incompetente e mentiroso que querem no poder”.

Já sobre as medidas de apoio às famílias, a IL diz que esperará para ver quantas delas “têm real impacto prático”.

“De anúncios por parte do PS estamos todos fartos”, frisou João Cotrim Figueiredo.

O presidente da IL defendeu que “os Governos não devem ter uma atitude assistencialista e protecionista em relação às pessoas”, mas sim ter uma rede de segurança que impeça que as pessoas com maiores dificuldades fiquem sem problemas.

“E essa rede existe. Existe a Segurança Social. A visão assistencialista de que o Estado, perante qualquer problema deve resolver os problemas das pessoas, desresponsabiliza as pessoas”, defendeu.

Sobre a recusa de António Costa em criar um imposto extraordinário para as empresas que estão a lucrar com a inflação, Cotrim Figueiredo disse concordar com essa posição, porque o contrário seria “uma forma encapotada de aumentar a influência do Estado”.

“Seria uma forma de intervenção na economia com a qual não estamos de acordo. A partir do momento em que um Governo se sente no direito de tributar o que se chama de lucros extraordinários, fica com obrigações: definir o que é ordinário e extraordinário. É um desafio que falharia redondamente”, referiu.

O jornal Público avançou na sexta-feira que essa foi uma medida pedida inclusivamente por vários deputados do Partido Socialista, mas que está fora do pacote de apoios que será apresentado pelo Governo, primeiro para as famílias e depois para as empresas.

João Cotrim Figueiredo falava aos jornalistas depois de conversar com comerciantes e clientes no mercado da Póvoa de Varzim, uma visita dentro o roteiro “Rotas Liberais” que diz ter como objetivo “ir ao terreno saber de viva voz o que preocupa as pessoas fora de campanha eleitoral e fora dos momentos políticos quentes”.

“Aqui constatei que estamos a começar a assistir à redução da capacidade de consumo as pessoas. A inflação começa a fazer a sua mossa”, concluiu.

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Guerra na Ucrânia provocou a morte a mais de sete mil civis

  • Lusa
  • 3 Setembro 2022

Desde o início da guerra, a polícia ucraniana registou 22 mil bombardeamentos por tropas russas que atingiram mais de 24 mil objetos civis.

O Ministério do Interior Ucraniano estima que a guerra de agressão russa tenha provocado, até ao momento, a morte a mais de sete mil civis e outros 5.500 feridos.

“Quero sublinhar que os bombardeamentos estão a tirar a vida aos civis. O número de civis mortos durante esta guerra ultrapassa agora os sete mil. E mais 5.500 civis foram feridos”, disse no sábado na televisão Ukrinform o primeiro vice-ministro do Interior, Ucraniano Yevhenii Yenin, citado pela agência de notícias espanhola EFE.

Yenin acrescentou ainda que, desde o início da guerra, a polícia ucraniana registou 22 mil bombardeamentos por tropas russas, que atingiram mais de 24 mil objetos civis.

“Os russos continuam a bombardear o território da Ucrânia independente com paixão maníaca, sem parar por um momento em 191 dias. Só no último dia, a polícia recebeu informações sobre o bombardeamento de 28 centros populacionais”, disse o responsável, sublinhando que nestes “impiedosos bombardeamentos” são mortos civis.

Até agora, a ONU deu como confirmada a morte de 5.663 civis e 8.055 feridos, embora admitindo que estes números estão muito aquém dos reais.

A Rússia lançou em 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que provocou a fuga de mais de oito milhões de pessoas, das quais mais de 6,6 milhões para fora do país, segundo estimativas da ONU.

A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas e políticas a Moscovo.

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