Endesa escolhe espanhol para suceder a Ribeiro da Silva na direção em Portugal

O novo diretor, com 51 anos de idade, está na Endesa há 24 anos. Nos últimos catorze anos tem sido responsável pela gestão de vendas para os mercados residencial e de negócios em Portugal.

Guillermo Soler Calero é o novo diretor-geral da Endesa em Portugal. O espanhol, que sucede ao longo mandato de Nuno Ribeiro da Silva, detinha o cargo de diretor comercial do negócio de residencial (B2C) da Endesa em Portugal.

Calero irá liderar a estratégia de crescimento da empresa em Portugal “com base no projeto de transição justa do Pego, nos inovadores projetos de renováveis conseguidos nos últimos anos nos processos de leilão e no excelente desempenho comercial”, de acordo com o comunicado enviado pela empresa às redações.

O novo diretor, com 51 anos de idade, está na Endesa há 24 anos. Nos últimos catorze anos tem sido responsável pela gestão de vendas para os mercados residencial e de negócios em Portugal. “Ao longo destes anos, desempenhou um papel decisivo para tornar a empresa no segundo maior comercializador de eletricidade do país”, escreve a Endesa.

Licenciado em Gestão e Administração de Empresas pela Universidade Internacional da Catalunha em 1995, chegou a Portugal em 2001 como Diretor dos canais indiretos no mercado liberalizado. A Endesa opera como comercializador no mercado residencial e negócios em Portugal desde 2009.

A Endesa considera que com esta nomeação reforça o seu compromisso “como uma empresa chave no desenvolvimento da transição energética em Portugal”, e realça o projeto que ganhou no âmbito do primeiro concurso da Transição Justa em Portugal, para o encerramento da central elétrica a carvão Pego. A proposta de desenvolvimento renovável, que inclui o maior projeto de baterias da Europa e um plano de apoio socioeconómico, representa um investimento de 600 milhões de euros “e é o principal marco de crescimento da empresa no país ao longo dos próximos anos”, relata.

A este projeto juntam-se os projetos solares obtidos em 2020 no Algarve (o primeiro desenvolvimento fotovoltaico da Endesa com baterias na Península Ibérica) e em 2022 na barragem do Alto Rabagão (também o primeiro projeto solar flutuante da empresa hibridizado com energia eólica e baterias na Península Ibérica). A Endesa dispõe ainda em carteira de 3.000 MW de energia renovável a desenvolver durante a presente década em Portugal.

Soler Calero irá ainda consolidar a posição no negócio comercial, tanto no segmento residencial como no empresarial, que terminou 2022 com um total de 677.000 clientes de eletricidade e gás.

Já havia sido noticiado que Nuno Ribeiro da Silva estava de saída do cargo de CEO da Endesa Portugal, depois de um ano tumultuoso para o gestor. Ribeiro da Silva esteve envolto numa polémica devido a declarações sobre o aumento dos preços da eletricidade que levaram a um choque com o Governo, que considerou as suas declarações “alarmistas”. Foi inclusivamente emitido um despacho a determinar que nenhuma entidade da administração central deveria pagar faturas à Endesa sem que estas fossem validadas primeiro.

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