Região de Lisboa vai ter novo centro logístico de 18 milhões em 2024

Após abrir mega-investimento em Famalicão, Olicargo avança com construção de uma quarta plataforma logística na zona de Lisboa (Azambuja). Vai estar pronta daqui a um ano e criar 70 empregos.

A Olicargo está a construir um novo centro logístico na região de Lisboa, com cerca de 25 mil metros quadrados (m2). As obras já arrancaram em novembro do ano passado e deverão estar concluídas no primeiro trimestre de 2024, num investimento avaliado ao ECO em cerca de 17,5 milhões de euros e que deverá criar 50 postos de trabalho diretos e 18 indiretos.

Segundo o diretor da área de logística contratual, Américo Ribeiro, esta nova infraestrutura localizada no concelho de Azambuja avança depois da “procura dos serviços logísticos por prestigiadas empresas nacionais e internacionais [ter conduzido] à ocupação total” dos três centros que já tem no distrito de Lisboa: Castanheira do Ribatejo, Alverca e Póvoa de Santa Iria.

“Em meados de 2022, impulsionados pela procura crescente e limitação de espaços disponíveis no mercado, decidimos pela construção à medida de um novo espaço que nos permita continuar a crescer e evoluir de forma sustentada no negócio da logística contratual”, indicou o gestor, que integra o conselho de administração da empresa de transportes e logística sediada na Trofa.

Apesar do ambiente macroeconómico apresentar sinais de preocupação para muitas empresas e famílias, também apresenta diversos sinais positivos que se mantêm mesmo em situações de crise ou baixo crescimento económico.

Américo Ribeiro

Administrador e diretor da área de negócio de logística contratual da Olicargo

Este reforço na região de Lisboa surge poucas semanas após arrancar com uma nova plataforma logística em Ribeirão, no concelho de Vila Nova de Famalicão, um dos principais polos industriais do Norte do país. Em funcionamento desde 1 de novembro, aquele que é descrito como “provavelmente o maior investimento realizado pela Olicargo num centro logístico até à data”, tem uma área total de 67 mil m2, dos quais 33.800 cobertos. Inclui 10 mil m2 direcionados para operações de comércio eletrónico, capacidade de armazenagem para 45 mil paletes e 72 cais desnivelados.

Questionado sobre a justificação para este aumento de capacidade da empresa na atual conjuntura económica, Américo Ribeiro respondeu que “apesar do ambiente macroeconómico apresentar sinais de preocupação para muitas empresas e famílias, também apresenta diversos sinais positivos que se mantêm mesmo em situações de crise ou baixo crescimento económico”. “A procura de operadores logísticos com alto desempenho e qualidade, superior tecnologia e preocupações de sustentabilidade continuará a evoluir favoravelmente para empresas como a Olicargo”, acrescentou.

Com 380 colaboradores diretos, a que soma uma média de 50 em regime de trabalho temporário, a histórica empresa nortenha fundada em 1987, que diz cobrir atualmente cerca de 750 cidades, portos e aeroportos, num total de 190 países, fechou o exercício de 2022 com um volume de faturação de 60 milhões de euros, isto é, dez milhões acima do registo de 2021. Para o conjunto ano que agora está a começar prevê faturar 75 milhões de euros.

Sede da Olicargo, na Trofa

Foi em 2012 que os ainda acionistas Paulo Salgado (CEO e presidente) e Miguel Gonçalo Silva (managing partner) se juntaram para comprar 100% do negócio ao antigo proprietário, José Manuel da Rocha Oliveira, que tinha 74 anos, mas não sucessores na família, numa operação avaliada na época em dois milhões de euros. Os novos donos tinham na altura 35 anos e, após se terem formado em Economia e Gestão de Empresas, acumulado experiência em cargos de direção em empresas deste setor (Grupo Rangel e Transportes Gonçalo, respetivamente).

Com um total de oito centros logísticos e um de gestão in-house – em termos de área, a soma atual ronda os 150 mil metros quadrados –, além dos três na zona de Lisboa, dos dois na região Norte (Trofa e Vila Nova de Famalicão) e de outro na Covilhã, situado no Parque Industrial do Tortosendo, a Olicargo tem ainda instalações próprias em Angola e em Moçambique, estimando ainda estar para breve o alargamento das operações logísticas a toda a Península Ibérica.

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