Fábrica de carnes de Famalicão recebe primeiro investimento do Programa Consolidar

A Campicarn, de Vila Nova de Famalicão, recebeu o primeiro investimento com fundos do Programa Consolidar com a injeção de mais de seis milhões da capital de risco Growth Partners.

A Campicarn foi a primeira empresa a receber fundos do Programa Consolidar, lançado no ano passado pelo Banco Português de Fomento, através de um investimento de mais de 6,4 milhões de euros por parte da sociedade de capital de risco Growth Partners Capital.

O investimento foi realizado pelo fundo III – Growth Iberia na CampI&D, que pertence ao grupo de Vila Nova de Famalicão (distrito de Braga) ligado ao comércio de carnes e gado vivo, com mais de três décadas de existência.

Com um total de 181 trabalhadores, a Campicarn registou um volume de vendas de 96,9 milhões de euros em 2021, um crescimento de quase 13% em relação a 2020. Fechou aquele ano com lucros de 2,4 milhões de euros, de acordo com a base de dados de empresas InformaDB.

“Com este acordo, vamos a ajudar a empresa a atingir os seus objetivos de crescimento e de afirmação como uma referência no setor, que é o que tentamos fazer com todas as empresas do nosso portefólio, nomeadamente ao nível da expansão Ibérica”, destaca José Maria Cantero, presidente da Growth Partners Capital, num comunicado enviado às redações.

Do lado do Banco de Fomento, a CEO Ana Carvalho vê “com satisfação” a concretização do primeiro investimento do Consolidar. “É nossa expectativa e pretensão que muitos mais investimentos se concretizem a curto prazo”, adiantou a responsável.

É nossa expectativa e pretensão que muitos mais investimentos se concretizem a curto prazo.

Ana Carvalho

CEO do Banco Português de Fomento

A Growth Partners Capital foi uma das 14 sociedades de capital de risco selecionadas para gerir fundos de 500 milhões de euros do Programa Consolidar, um dos programas de investimento do Fundo de Capitalização e Resiliência (FdCR), gerido pelo Banco Português de Fomento e criado no contexto do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) para capitalizar e expandir pequenas e médias empresas, além de midcaps.

Segundo a informação partilhada esta quarta-feira pelo BPF, dez sociedades já assinaram contrato, totalizando uma subscrição do FdCR no valor de 345,2 milhões de euros — e uma taxa de execução do instrumento, em termos de contratações, na ordem de 70%. As restantes quatro selecionadas pelo BPF ao abrigo do presente Programa, por especificidades particulares e únicas de cada situação, mantêm-se em processo de contratação, anuncia a instituição.

Na sequência destas contratações foram, entretanto, realizadas as primeiras três transferências de capital do FdCR para os Fundos de Capital de Risco geridos pela Growth Partners Capital, Core Capital e HCapital, totalizando 8,3 milhões de euros.

Miguel Herédia e José Maria Cantero, da Growth Partners Capital.

A Growth Partners ficou responsável pela maior dotação possível no âmbito do programa: 50 milhões de euros. Este montante será investido no Fundo Growth Iberia, que já conta com diversos investidores privados, que representarão, pelo menos, 40% da dotação do fundo.

A sociedade portuguesa diz ter outros investimentos em fase avançada de negociação, prevendo vir a concretizar um montante adicional de dez milhões de euros até ao final do primeiro semestre de 2023. Desde 2019, a Growth Partners Capital já investiu mais de 90 milhões de euros em Portugal e tem atualmente mais de 170 milhões de euros em ativos sob gestão, devendo fechar o ano de 2023 com 200 milhões de euros.

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