Suecos da Gant recuperam “confiança” em Portugal após falência da Ricon

Falência do grupo têxtil de Famalicão deixou marca de vestuário sem distribuição em Portugal. Multinacional assumiu gestão da rede comercial e vai abrir a 11.ª loja no país, onde emprega 130 pessoas.

Após a falência do grupo têxtil Ricon, com quem a Gant tinha um acordo exclusivo de distribuição desde os anos 90, a marca de vestuário de origem americana decidiu regressar ao mercado português com um novo modelo de exploração, em que todas as lojas pertencem e são geridas pela multinacional. Volvidos quatro anos, o diretor para os mercados do sul da Europa, Martin Mattson, diz ao ECO que o relançamento “provou ser um esforço positivo” e que tem “gradualmente ganho a confiança dos consumidores e parceiros do retalho” no país.

Após o desaparecimento do grupo de Vila Nova de Famalicão, incluindo a empresa (Delveste) que detinha a operação de retalho e empregava 200 pessoas, em 2018, a marca de origem americana perdeu as cerca de 20 lojas de vestuário que tinha em Portugal. Assumindo agora a gestão direta da rede, a Gant já recuperou metade daquela que era a presença comercial no país, somando uma dezena de lojas e preparando-se para abrir mais uma no início do próximo mês.

O relançamento em 2019 provou ser um esforço positivo e temos gradualmente ganho a confiança dos nossos consumidores e parceiros do retalho. Tivemos uma ambiciosa expansão a nível retalhista e a equipa local tem crescido de mês para mês.

Martin Mattson

Diretor da Gant no Sul da Europa

Além das seis lojas premium em centros comerciais de Lisboa (Colombo e Amoreiras), Matosinhos (Norteshopping), Oeiras, Braga e Faro, soma dois corners nos armazéns do El Corte Inglés (Lisboa e Gaia) e outros tantos espaços no formato outlet no Freeport (Alcochete) e no Vila do Conde Fashion Outlet. Para 1 de junho está prevista a inauguração de mais uma unidade com 200 metros quadrados no Cascais Shopping, “com o novo conceito de loja inspirado na herança americana, onde estará exposta a coleção mais recente”.

“Tivemos uma ambiciosa expansão a nível retalhista e a equipa local tem crescido de mês para mês. Estamos agora a chegar a uma fase de grande crescimento. (…) O nosso plano é abrir mais lojas nos próximos três a quatro anos. Estamos a analisar oportunidades, tanto para centros comerciais como para lojas de rua. Procuramos continuar a expandir sempre que surge a oportunidade certa. Temos grandes expectativas para o mercado português com fortes oportunidades de crescimento”, garante Martin Mattson.

Sem revelar o volume de vendas em Portugal no ano passado, dizendo apenas estarem “orgulhosos do crescimento global de 20% em comparação com 2021”, o porta-voz da Gant calcula que Portugal representa cerca de 25% do negócio da empresa na Europa do Sul, que inclui ainda os mercados de Espanha e França. “Portugal é o mercado em mais rápido crescimento e ainda temos muitas oportunidades pela frente”, acrescenta.

Martin Mattson, diretor da Gant para os mercados do sul da Europa

Em Portugal, a Gant tem aproximadamente 120 trabalhadores na área do retalho e quase uma dezena em funções de apoio ao mercado. A estrutura corporativa no país inclui um escritório empresarial partilhado com a Lacoste, que também faz parte do Grupo MF Brand, na Avenida da Liberdade, em Lisboa. Recursos humanos, visual merchandising, retalho e logística são os departamentos locais, com esta equipa a ser apoiada pelos escritórios da multinacional em Madrid e Paris.

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