Ministro da Economia defende mexidas nos impostos para aumentar competitividade

"Analisando a história do país, muitas vezes somos conservadores do ponto de vista fiscal, precisamos de um pensamento novo e de refrescar as nossas políticas", disse Costa Silva.

“Temos de mexer na fiscalidade e há todas as indicações nesse sentido, inclusivamente a fiscalidade relativamente ao trabalho”. A afirmação é do ministro da Economia, esta terça-feira no Parlamento. António Costa Silva reconhece a necessidade de “um pensamento novo” e de “refrescar as políticas” fiscais do país.

É um obstáculo se não tivermos uma fiscalidade competitiva em relação a outros países”, disse o ministro da Economia aos deputados da Comissão de Economia, Obras Públicas e, Planeamento e Habitação. “Neste debate, sou sempre favorável à seguinte perspetiva: temos de confiar nas empresas, nas pessoas e na força de trabalho. Se tivermos uma fiscalidade equilibrada e competitiva com os outros países vamos libertar potencial produtivo para a economia, trabalhadores e pessoas qualificados”, explicou António Costa Silva.

O ministro da Economia, apesar de reconhecer a necessidade de “mexer na fiscalidade”, recordou que no Orçamento do Estado para 2023 já existem propostas nesse sentido, como o IRS jovem e os programas para captar quadros qualificados. Além disso, o ministro das Finanças, na apresentação do Programa de Estabilidade, já anunciou a possibilidade de reduzir o IRS sobre o trabalho, recordou Costa Silva. “É uma grande questão diminuirmos os obstáculos para fixar talento”, acrescentou.

“Analisando a história do país, muitas vezes somos conservadores do ponto de vista fiscal, precisamos de um pensamento novo e de refrescar as nossas políticas“, reconheceu ainda António Costa Silva, sem não entanto dar mais detalhes sobre como tornar a fiscalidade nacional mais competitiva a nível europeu. Aliás, questionado diretamente pelo deputado do Iniciativa Liberal se “a fiscalidade é competitiva a nível europeu”, o ministro da Economia respondeu: “Está a ser melhorada para ser competitiva”.

Carlos Guimarães Pinto considerou a resposta “uma escapatória para dizer que não é”. “Nos últimos meses ganhou uma enorme capacidade de ir respondendo sem responder”, disse o deputado. “Era mais fácil falar consigo há um ano, porque era mais direto nas suas respostas. Agora é mais evasivo, talvez seja do media training”, atirou.

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