Direct Line Group vai compensar segurados
A Autoridade de Conduta Financeira (FCA) britânica emitiu um aviso ao Direct Line Insurance Group. Exige a revisão das perdas totais em seguros de veículos e a devida compensação aos segurados.
A Autoridade de Conduta Financeira (FCA) britânica emitiu um aviso à seguradora britânica Direct Line Insurance Group para que esta realize uma revisão das perdas totais em sinistros de veículos, com o objetivo de “identificar quaisquer segurados que tenham recebido acordos injustos e fornecer-lhes compensação adequada”.
Numa nota publicada no seu website, dirigida aos clientes cujos veículos foram considerados perda total no período de cinco anos entre 1 de setembro de 2017 e 17 de agosto de 2022, a Direct Line admitiu que alguns destes clientes de seguros automóveis e carrinhas “não receberam tanto quanto deveriam ter recebido”. No entanto, a empresa assegurou que está a trabalhar para identificar todas as pessoas afetadas e afirmou: “os clientes não precisam de nos contactar, nem diretamente, nem através de terceiros. Contactaremos os afetados para corrigir a situação”.
A Direct Line respondeu
Em comunicado em resposta, a Direct Line reconheceu a abrangência da revisão de sinistros de perda total de veículos efetuada pelo grupo e o período de tempo abrangido pela mesma. “Uma estimativa dos pagamentos potenciais que o grupo fará como resultado da revisão foi incluída nas provisões de sinistros do final do exercício financeiro de 2022 do grupo”, afirmou a seguradora. “O grupo não espera que a revisão tenha um impacto financeiro em 2023“, acrescentou.
O aviso emitido pela FCA é o mais recente de uma série de contratempos que afetaram a seguradora FTSE 250, que anunciou em janeiro o cancelamento do seu dividendo final para o ano financeiro de 2022. A reação do mercado à notícia resultou numa queda rápida no preço das ações, e a CEO Penny James renunciou ao cargo em 27 de janeiro.
O aviso da FCA
A notificação da FCA à Direct Line surge na sequência de um aviso dirigido ao mercado segurador em dezembro de 2022, alertando contra a subavaliação de veículos ou outros ativos segurados no momento da regularização de sinistros de seguros, especialmente durante a crise do custo de vida. A FCA identificou evidências de que os consumidores estavam a receber ofertas de preço abaixo do valor justo de mercado dos seus veículos após a perda total em acidentes.
Sheldon Mills, Diretor Executivo de Consumidores e Concorrência da FCA, afirmou: “ao apresentarem um pedido de indemnização de seguro, os clientes não deviam ter de se questionar se estão a receber o montante correto pelo seu veículo destruído ou por outros bens que precisam de substituir”. O responsável acrescentou que as seguradoras devem propor indemnizações a um valor de mercado justo, especialmente num período de crise de consumo.
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