Marcelo pede reformas para preencher os vazios políticos
Marcelo Rebelo de Sousa fez um discurso político de consenso na celebração do 5 de outubro, mas pede reformas para evitar os vazios que vão sendo deixados para trás.
O discurso de Marcelo Rebelo de Sousa era esperado com expectativa, depois da tensão política dos últimos meses entre o Presidente da República e o primeiro-ministro. E Marcelo aproveitou o momento político para baixar essa tensão, num tom de consenso e de pontes. Ainda assim, apelou às reformas, internas e externas, não podem “demorar eternidades”, condição essencial para que “outros não preencham o vazio que vão deixando atrás de si”.
As críticas à governação de Costa estavam na intervenção, mas subliminares, sem confronto. “Ou as instituições internacionais ou domésticas mudarão a bem, ou a mal, tarde e atabalhoadamente”, alertou o Presidente da República, referindo que a demora nessa mudança “poderá suceder com a incapacidade no superar da pobreza e das desigualdades sociais”. Assim, “podemos fazer democracias mais fortes se não nos contentarmos com o esperar para ver”, afirmou Marcelo. Para “organizações mais fortes” é preciso “reformar a sério para não vermos as contra-reformas”, disse.
No discurso da cerimónia comemorativa do 5 de outubro, na Praça do Município, em Lisboa – e que contou com a presença, entre outros, do primeiro-ministro, António Costa, e do presidente da Assembleia da República, Augusto Santos Silva – Marcelo Rebelo de Sousa aludiu “à guerra global feita de muitas outras guerras” e alertou para os tantos que insistem “em não ver que a balança de poderes do mundo está em mudança”.
O Presidente da República tinha referido, antes, que os responsáveis das Nações há cem anos “pensavam que as formas existentes eram mais eternas do que seriam e que se conseguiriam alongar por mais uns tempos em vez de anteciparem a sua mudança”. No entanto, também “havia quem soubesse retirar lições do passado ou do presente para evitar cometer erros iguais no futuro. E esse acabariam por liderar o futuro”.
(Em atualização)
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