Crise política? Instituições devem “honrar esforço” dos portugueses, apela Centeno

"Crise não rima com estabilidade", disse Centeno, apelando a que as relações institucionais – referindo-se à crise entre Marcelo e Costa –honrem o esforço de quem contribuiu para os bons resultados.

Questionado sobre a recente crise política entre o primeiro-ministro e Presidente da República, o governador Mário Centeno afirmou que “não há crise que ajude na estabilidade” e apelou às instituições que “honrem o esforço” de quem contribuiu para os bons resultados económicos do país nos últimos anos.

O governador do Banco de Portugal deu o exemplo italiano, onde “as previsões tem sido sistematicamente revistas em alta face ao que era a primeira visão dos resultados económicos”.

“Em Portugal tem acontecido a mesma coisa. Não podemos falhar a quem fez o esforço para conseguir estes resultados”, acrescentou na apresentação do Relatório de Estabilidade Financeira, isto para apontar logo de seguida que: “As políticas, os critérios de estabilidade e todas as relações institucionais no país têm de ser dirigidas para honrar esse esforço”.

Segundo Centeno, esses resultados foram conseguidos pelas “famílias, empresas, os bancos, e Estado ao longo dos últimos anos e não no último semestre”.

Lembrou ainda como a coordenação entre instituições ajuda a vida dos cidadãos, como aconteceu durante a pandemia, em que a política monetária e orçamental foram coordenadas. E isso resultou num aumento da confiança e de aprovação dos europeus em relação à moeda única.

Foram “as instituições a trabalhar a favor dos cidadãos”, sendo que isto “é verdade na Zona Euro e é verdade nos países”, frisou.

Centeno desabafou depois, mas sem concretizar, que “às vezes parece que nos cansamos de fazer as coisas bem e que os bons resultados cansam a algumas pessoas”. “Eu acho que isso é um erro”.

Terminou a sua resposta à pergunta dizendo que “a palavra crise não rima com estabilidade”.

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Conferência: Como os líderes colocam a sustentabilidade no ADN das seguradoras

  • ECO Seguros
  • 10 Maio 2023

Veja na íntegra a conferência Sustentabilidade: o Novo ADN dos Seguros, organizada em parceria pela Accenture e pelo ECO. Oportunidade única para saber como pensam líderes e especialistas.

A conferência Sustentabilidade: o novo ADN dos seguros organizada em parceria pela Accenture e pelo ECO juntou os presidentes executivos Steven Braekeveldt do Grupo Ageas, Rogério Campos Henriques, da Fidelidade e Pedro Carvalho da Tranquilidade, contando também com a participação de José Galamba de Oliveira, presidente da Associação Portuguesa de Seguradores, que representa todas as empresas da indústria seguradora a operar em Portugal.

Bruno Valério, Vice-presidente da Accenture Portugal, introduziu a conferência que contou com uma exposição de Aida Rodriguez Moral, Managing Director da Accenture, responsável pela área de Sustentabilidade nos serviços financeiros na Iberia.

Veja a conferência aqui:

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Aprovado aumento da margem de endividamento municipal para acelerar execução do PRR

  • ECO e Lusa
  • 10 Maio 2023

Parlamento aprova alterações à Lei das Finanças Locais que permitem o aumento do limite de endividamento dos municípios para acelerar a execução do PRR. E estender o prazo até dezembro de 2026,

O parlamento aprovou esta quarta-feira, na especialidade, alterações à Lei das Finanças Locais que permitem o aumento do limite de endividamento dos municípios para acelerar a execução do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR).

O diploma, votado artigo a artigo na comissão de Administração Pública, Ordenamento do Território e Poder Local, aumenta os prazos para utilização de empréstimos a médio e longo prazo. Assim como dilata margens de endividamento, retira dos limites de endividamento empréstimos contraídos para encargos não apoiados com as cheias e inundações deste inverno. Além de permitir aos municípios mais endividados recorrerem, em 2023, ao Fundo de Apoio Municipal (FAM).

Segundo a proposta aprovada, apresentada pelo Governo, será aumentado de dois para três anos o prazo máximo de utilização do capital de empréstimos a médio e longo prazos contraídos pelos municípios e que venciam até ao final de 2023. O que permite estender o prazo até dezembro de 2026, precisamente a data limite do PRR.

A proposta aumenta também a margem de endividamento dos municípios, de 20 para 40%, com o objetivo de assegurar o financiamento nacional de projetos não cofinanciados durante este ano, facilitando assim a capacidade de execução das autarquias locais.

À proposta do Governo foram ainda acrescentados dois novos artigos por sugestão do PS. Um deles estabelece que os empréstimos de médio e longo prazo, contraídos pelos municípios, também não contarão para os limites de endividamento destas autarquias se forem contraídos para aplicar em encargos com as cheias e inundações de dezembro de 2022 e de janeiro de 2023. Mas desde que estes encargos não tenham tido comparticipação no âmbito das medidas de apoio definidas pelo Governo.

Foi ainda aprovado um regime excecional de acesso, em 2023, ao FAM, um mecanismo de recuperação financeira, para os municípios cuja dívida total seja 2,0 a 2,25 vezes, desde que o pretendam e tenham a autorização do ministro das Finanças.

Segundo a Lei das Finanças Locais, o limite de endividamento dos municípios é de 1,5 vezes a média da receita corrente líquida cobrada nos três exercícios anteriores.

A proposta vai agora ser votada pelo plenário em votação final global.

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Estratégia ibérica contra os incêndios “não foi plenamente desenvolvida”, alerta TdC

Tribunais de Contas de Portugal e Espanha alertam que trabalho bilateral de prevenção e proteção contra os incêndios ainda está por desenvolver, e pedem mais recursos financeiros.

Portugal e Espanha são dois dos países com maior incidência de incêndios na União Europeia, tendo sofrido, nos últimos anos, episódios “muito violentos” dos chamados incêndios de “nova geração”, caracterizados por um comportamento extremo do fogo. Esta é a principal conclusão no relatório lançado pelos Tribunais de Contas dos dois países, onde é alertado que a estratégia de cooperação bilateral entre os dois países no combate aos incêndios “não foi plenamente desenvolvida”.

No relatório feito em conjunto por ambas as entidades, os dois países consideram que “a luta contra a desertificação, a prevenção e extinção de incêndios continua a ser um desafio” para Portugal e Espanha, sendo recomendado que a estratégia de intervenção seja melhorada. Para o TdC, a desertificação representa “uma ameaça significativa para os ecossistemas da Península Ibérica”, agravada pelas alterações climáticas.

O relatório aponta que o trabalho em conjunto a ser desenvolvido entre os dois países no âmbito dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, acordado, em 2018, no seguimento do IV encontro entre os Tribunais de Contas de Espanha e de Portugal, “não foi plenamente desenvolvido“, informando que “os recursos financeiros não foram especificamente alocados e não foram previstas ou concluídas medidas de gestão e proteção dos solos”.

Pouco desenvolvidos estão também os quadros de monitorização dos programas e da desertificação e degradação dos solos, tendo os TdC de ambos os países realçado que, de momento, “não existem projetos de cooperação transfronteiriça”.

“Os Tribunais de Espanha e de Portugal consideram que deve definir-se o modelo de financiamento dos corpos de bombeiros, promover atividades de sensibilização, persuasão e alerta“, indica o comunicado, divulgado esta quarta-feira.

Apesar de não terem sido desenvolvidos pontos essenciais do programa de cooperação bilateral, o TdC de Portugal e Espanha informa que foram registados avanços no planeamento e na capacidade operacional, bem como na coordenação dos dispositivos de extinção de incêndios, “apesar dos desafios dos incêndios de nova geração”.

Por isso, são formuladas diversas recomendações, entre elas, “uma intervenção mais eficaz nos territórios, em termos de gestão ativa da floresta” e um planeamento “mais claro, mais articulado e mais operacionalizado” das ações de defesa dos territórios. Neste domínio, assinala-se a necessidade de, em Espanha, reforçar os recursos financeiros alocados às atividades de prevenção e de, em Portugal, acelerar a aplicação desta reforma iniciada em 2017.

Em ambos os países, os dois Tribunais de Contas defendem ser necessária uma “melhor articulação” entre os vários níveis de administração e as várias entidades envolvidas, e “um reforço” da monitorização e avaliação da execução das estratégias e planos, “a fim de prevenir riscos de insuficiência, sobreposição ou fragmentação de atividades e recursos”.

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Lacerda Sales promete presidência “isenta e transparente” da comissão de inquérito à TAP

  • Lusa
  • 10 Maio 2023

António Lacerda Sales promete exercer a presidência da CPI de “forma isenta, transparente e imparcial para que seja alcançada toda a verdade” sobre a gestão política da TAP.

O novo presidente da comissão de inquérito à TAP, António Sales, prometeu esta quarta-feira isenção, transparência e imparcialidade na condução dos trabalhos e disse que procurará o “consenso com todos os grupos parlamentares”, desejando “respeito e seriedade”.

Depois da renúncia de Jorge Seguro Sanches do cargo, o PS indicou António Sales para presidir à comissão parlamentar de inquérito à TAP, lugar que ocupou depois do vice-presidente, o social-democrata Paulo Rios de Oliveira, ter lido a carta do presidente cessante e o ofício sobre a proposta do PS.

Começando por agradecer o empenho de Seguro Sanches, António Lacerda Sales disse ter “noção da responsabilidade que esta função representa” e, por isso, promete fazê-lo de “uma forma isenta, transparente e imparcial para que seja alcançada toda a verdade” sobre a gestão política da TAP.

O novo presidente assegurou que vai procurar “trabalhar em consenso com todos os grupos parlamentares” e manifestou o seu desejo para que a comissão continue o seu trabalho com o maior “respeito e seriedade”, contando com “a colaboração de todos”.

O deputado do PS acrescentou que o seu objetivo será o esclarecimento de “toda a verdade sobre a gestão política da TAP” e que os trabalhos terminem “o mais rapidamente possível”.

Em 19 de abril foi divulgado que o agora presidente iria substituir o socialista Carlos Pereira como membro efetivo da comissão de inquérito à TAP. Na semana anterior, o então coordenador do PS na comissão de inquérito à TAP, Carlos Pereira, tinha anunciado que iria sair daquele órgão parlamentar para lhe poder dar a “tranquilidade necessária”.

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Navigator com lucros históricos no primeiro trimestre de 72 milhões de euros

  • ECO
  • 10 Maio 2023

Nos primeiros três meses do ano, a Navigator faturou mais de 500 milhões de euros e teve lucros de 72 milhões de euros. Foram os resultados mais tão elevados num primeiro trimestre.

A Navigator NVG 1,71% teve um primeiro trimestre histórico. De acordo informação divulgada esta quarta-feira, a empresa liderada por António José Pereira Redondo fechou os primeiros três meses do ano com lucros de 72 milhões de euros, cerca de 42% acima dos resultados registados no primeiro trimestre de 2022. Mas são também os resultados líquidos mais elevados de sempre registados pela Navigator num primeiro trimestre.

Os resultados apresentados mostram também um crescimento homólogo de 1,8% do volume de negócios para 501 milhões de euros e um aumento de 7,5% do EBITDA para 130,7 milhões de euros.

“Após um ano de forte escassez de oferta no mercado, levando a um volume anormal de encomendas na indústria, o primeiro trimestre de 2023 foi marcado pela acumulação de um elevado volume de stocks em toda a cadeia de distribuição, que condicionou significativamente a procura em todos os segmentos de pasta, papel UWF e papel de embalagem”, justifica a empresa em comunicado.

Os resultados do primeiro trimestre mostram também um aumento homólogo da margem de lucro operacional em 1,4 pontos percentuais, com o EBITDA a passar de um valor equivalente a 24,6% no primeiro trimestre de 2022 para 26,1% no primeiro trimestre deste ano; num período marcado “pela redução expressiva dos preços da pasta”, refere a empresa.

Do ponto de vista financeiro, os números da Navigator revelam uma melhoria homóloga da rendibilidade dos capitais próprios em 3 pontos percentuais para os atuais 22,1%, um aumento de 3,8 pontos percentuais da autonomia financeira para 44,4%. Além disso, a Navigator ainda registou uma redução de 8% da dívida líquida remunerada face ao quarto trimestre de 2022, dos anteriores 382 milhões de euros para os atuais 351 milhões de euros.

No quadro financeiro, é ainda de destacar a evolução do investimento da empresa, apesar do atual contexto político-económico muito imprevisível, que se espelha em 41,7 milhões de euros investimentos nos primeiros três meses do ano, quase três vezes mais do valor registado um ano antes.

“O grupo mantém o plano ambicioso de diversificação e de desenvolvimento de produtos, nomeadamente nos segmentos de tissue e packaging“, refere a empresa, sublinhando os 15,1 milhões de euros classificados como investimento em ambiente ou de cariz sustentável.

As ações da Navigator acumulam perdas de 2% desde o início do ano, depois de em 2022 ter acumulado ganhos de 12,5% (já considerando os dividendos distribuídos).

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Procura nos transportes coletivos urbanos de Lisboa e Porto ultrapassa período pré-pandemia

As empresas transportaram nos primeiros quatro meses do ano mais 2% de passageiros face a igual período de 2019. No entanto, na variação mensal, os números ainda estão abaixo do período pré-pandemia.

A procura nos transportes coletivos urbanos tutelados pelo Governo registou nos primeiros quatro meses do ano um aumento de 35%, em termos homólogos, e ultrapassou os valores verificados em igual período de 2019, antes da pandemia. No entanto, na variação mensal, o número de passageiros transportados em abril de 2023 ainda está abaixo dos números do mesmo mês de 2019.

Em comunicado, o Ministério do Ambiente e da Ação Climática indica que os dados, ainda provisórios, apontam para um crescimento da procura – nos metropolitanos de Lisboa e do Porto e nas ligações fluviais da Transtejo e da Soflusa –, nos primeiros quatro meses do ano, superior em 2% ao verificado entre janeiro e abril de 2019, ano anterior à descida acentuada de passageiros que se verificou durante a pandemia de covid-19.

Segundo o executivo, aquelas empresas transportaram nos primeiros quatro meses do ano 84,2 milhões de passageiros, quando em igual período de 2019 tinham transportado 82,2 milhões.

No entanto, sublinha o gabinete do ministro Duarte Cordeiro, a procura no Metropolitano de Lisboa e na Transtejo/Soflusa “ainda está, respetivamente, 2% e 1% abaixo da verificada em 2019, mas, no caso da Metro do Porto, o número de passageiros verificado de janeiro a abril de 2023 superou em 15% a procura registada em 2019, sendo que nesta altura ainda não tinha sido implementado” o Programa de Apoio à Redução Tarifária dos Transportes Públicos (PART).

Segundo os dados disponibilizados pelo Governo, de janeiro a abril, o Metro do Porto registou 21,7 milhões de passageiros em 2019, 15,3 milhões em 2020, 8,9 milhões em 2021, 19 milhões em 2022 e 24,9 milhões em 2023. No caso do Metropolitano de Lisboa, entre aqueles quatro meses foram registados 54,2 milhões de passageiros em 2019, 39,2 milhões em 2020, 17,1 milhões em 2021, 38,5 milhões em 2022 e 53,1 milhões este ano.

Nas ligações fluviais no Tejo, asseguradas pela Transtejo/Soflusa, foram transportados 6,2 milhões de passageiros nos primeiros quatro meses de 2019, 4,1 milhões em igual período de 2020, 2,4 milhões em 2021, 4,7 milhões em 2022 e 6,1 milhões em 2023.

Metro do Porto e Transtejo com mais passageiros em abril

Olhando para os números mês a mês, verifica-se que Metro do Porto e a Transtejo/Soflusa já tiveram mais passageiros em abril de 2023 face a abril de 2019. No entanto, o Metro de Lisboa penaliza os resultados conjuntos: somadas, as três empresas tiveram menos 4% dos passageiros (20,332 milhões) do que em abril de 2019 (21,197 milhões). O mês de abril de 2019 ficou marcado pelo início dos passes a 30 e 40 euros nas áreas metropolitanas de Lisboa e do Porto.

Em abril, o Metro do Porto teve mais 9% de utentes (6,111 milhões) do que em igual mês de 2019 (5,629 milhões). Na Transtejo/Soflusa, o aumento foi de 1% (1,581 milhões versus 1,562 milhões).

Em sentido contrário, o Metro de Lisboa teve menos 10% de passageiros em abril de 2023 (12,640 milhões) face aos números do mesmo mês de 2019 (14,006 milhões).

(Notícia atualizada às 19h00 com detalhes da variação mensal)

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Linha Rubi obriga a compra de 22 novos comboios para Metro do Porto

Nova linha entre Casa da Música e Santo Ovídio começará a ser construída ainda este ano e terá de ficar pronta até ao final de 2026. Haverá comboios a cada três minutos em hora de ponta.

A Linha Rubi vai obrigar a Metro do Porto a comprar 22 novos comboios. O concurso público vai ser lançado ainda neste ano e permitirá que a nova linha, entre Casa da Música e Santo Ovídio, tenha circulações a cada três minutos. As obras para a Linha H deverão começar ainda em novembro e têm de terminar até ao final de 2026.

Até ao final deste ano vamos lançar mais um procedimento concursal para a aquisição de 22 novas unidades, com a opção de mais 10 unidades para fazer face às necessidades da nova linha”, referiu nesta quarta-feira o presidente da Metro do Porto. Tiago Braga falava à margem do lançamento do concurso para as obras da nova Linha Rubi, que decorreu na Alfândega do Porto.

Embora ainda não esteja definido o preço-base para os 22 novos comboios, a Metro do Porto prevê que cada unidade custe o mesmo que os comboios da CRRC, que começaram a chegar a Portugal no final de 2022. Em dezembro de 2018, o preço base do concurso para os 18 novos comboios foi de 56,1 milhões de euros, ou seja, 3,12 milhões de euros cada. Mantendo-se o valor por comboio, no concurso poderão ser investidos 68,64 milhões de euros para as unidades da Linha Rubi, estima o ECO.

Esta quarta-feira foi lançado o concurso público para a construção da Linha Rubi, no valor de 379 milhões de euros. Os candidatos terão de submeter as propostas até 17 de julho e as obras deverão começar no final deste ano. “A nossa intenção é começar em novembro”, sinalizou Tiago Braga.

Em Gaia, as estações previstas para a Linha Rubi são Santo Ovídio, Soares dos Reis, Devesas, Rotunda, Candal e Arrábida, e no Porto Campo Alegre e Casa da Música, estando prevista a construção de uma nova ponte sobre o rio Douro. As obras têm de terminar até ao final de 2026, para beneficiarem das verbas do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR).

Maquete da ponte sobre o rio Douro que fará parte da Linha Rubi (H) do Metro do Porto durante a sessão de lançamento do concurso público internacional para a construção da Linha Rubi (H) do Metro do Porto, 10 de maio de 2023.JOSÉ COELHO/LUSA

Tendo em conta o “calendário bastante exigente”, esperam-se que as obras decorram em simultâneo em vários pontos das cidades de Gaia e do Porto, além da nova travessia sobre o rio Douro.

Quando a Linha Rubi entrar em funcionamento, em 2027, haverá um comboio a cada três minutos em cada sentido na hora de ponto. No entanto, a frequência pode ser ainda mais acelerada, com uma circulação “a cada dois minutos ou dois minutos e meio, ao nível das melhores práticas do metro”. Para isto irá contribuir o facto de todas as passagens de nível na nova linha serem subterrâneas, ao contrário do que acontece em boa parte da rede do Metro do Porto.

Somadas as obras com os os custos com a fase de projeto, expropriações, equipamento e assistência técnica, a linha que vai ligar a Casa da Música a Santo Ovídio vai custar mais 45,5% do que estava inicialmente previsto, dos 299 para 435 milhões de euros. O agravamento do orçamento para esta construção deve-se ao “expressivo aumento dos custos de mão-de-obra, das matérias-primas, dos materiais de construção e do custo dos combustíveis e da energia”.

Também contribuiu para a subida dos custos o “cumprimento das medidas impostas pela avaliação de impacte ambiental, a evolução dos estudos em resposta às condicionantes locais e às solicitações das autarquias, a evolução do projeto da nova ponte sobre o rio Douro e a verificação da necessidade de expropriações não previstas”, segundo informação divulgada na terça-feira.

Com o aumento do orçamento, o PRR deixa de suportar todas as despesas com a construção da Linha Rubi. Agora, o PRR tem 365 milhões de euros para esta despesa. O Fundo Ambiental entra em cena com 40 milhões de euros, divididos pelos anos de 2024, 2025 e 2026. O Orçamento do Estado pode entrar com até 96 milhões de euros, que podem ser reduzidos se houve ainda mais financiamento do PRR e ainda envolver receitas relativas à operação do BRT.

A nova linha pretende retirar 5,2 milhões de carros das estradas por ano e captar, só no primeiro ano, 12 milhões de utentes.

Veículos da CRRC só depois do São João

Sobre os veículos fornecidos pelos chineses da CRRC, a primeira das 18 unidades ainda está na fase de ensaios na linha para que possa ser homologado pelas autoridades portuguesas. Tiago Braga prevê que o primeiro comboio da série CT comece a circular na primeira quinzena de julho.

A tempo do regresso às aulas, em setembro, deverão estar nos carris mais quatro comboios da CRRC. As restantes 13 unidades entrarão ao serviço entre o final de 2023 e o início de 2024, a tempo da expansão da Linha Amarela até Vila d’Este, a partir de abril de 2024.

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SIBS compra Kar-tel e reforça presença na Polónia

  • ECO
  • 10 Maio 2023

A SIBS adianta ainda que espera que "o processo de aquisição fique finalizado no segundo semestre de 2023, com a integração da equipa da Kar-tel na atual equipa da SIBS na Polónia, a Paytel".

A SIBS, que gere a rede Multibanco, anunciou esta quarta-feira que vai comprar a polaca Kar-tel empresa que disponibiliza terminais de pagamento automático e diversos serviços adicionais para comerciantes. É esperado que o processo de aquisição fique concluído na segunda metade deste ano.

“A SIBS reforça assim a sua presença no mercado polaco, integrando nos mais de 80 mil terminais que passará a gerir, um leque mais vasto de serviços de valor acrescentado que se assumem como uma mais valia para os seus clientes”, adianta a empresa que gere a rede Multibanco, em comunicado divulgado esta quarta-feira.

A SIBS adianta ainda que espera que “o processo de aquisição fique finalizado no segundo semestre de 2023, com a integração da equipa da Kar-tel na atual equipa da SIBS na Polónia, a Paytel”, lê-se.

Em comunicado, a CEO da SIBS congratula-se com o negócio, destacando que vai permitir reforçar a posição no mercado polaco e alargar o portefólio com novos produtos e serviços. “Vamos poder oferecer aos nossos clientes serviços de valor acrescentado adicionais, ampliar a nossa oferta e a nossa equipa, e estabelecer parcerias relevantes”, destaca Madalena Cascais Tomé, acrescentando que “internacionalização tem sido um dos pilares da estratégia” da empresa.

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Universidade de Coimbra demite diretor do Centro de Estudos Russos

  • Lusa
  • 10 Maio 2023

A reitoria determinou a cessação imediata do Professor Vladimir Pliassov, ao verificar que as atividades letivas do Centro de Estudos Russos "estariam a extravasar" as suas competências.

A Universidade de Coimbra demitiu o professor e diretor do Centro de Estudos Russos, Vladimir Pliassov, após verificar que as atividades daquela unidade “estariam a extravasar” o âmbito letivo. Ao verificar que as atividades letivas do referido Centro de Estudos Russos estariam a extravasar esse âmbito [ensino exclusivo de língua e literatura russa], a reitoria determinou a cessação imediata do vínculo com o Professor Vladimir Pliassov”, afirmou esta quarta a Universidade de Coimbra (UC), numa nota de esclarecimento enviada à agência Lusa.

A confirmação da demissão foi primeiramente avançada pela rádio Renascença, após uma acusação por parte dos ucranianos Olga Filipova e Viacheslav Medvediev, que residem em Coimbra, num artigo de opinião publicado no Jornal de Proença. Os dois autores da denúncia acusam Vladimir Pliassov de “propaganda russa” na Universidade de Coimbra e de ser o principal representante em Portugal da fundação Russkiy Mir (instituição criada por Vladimir Putin e suportada pelo Governo russo que apoiou a criação daquele centro de estudos e que tem como principal objetivo a promoção da língua e cultura russas).

Os dois “ativistas” acusam o diretor de utilizar símbolos conotados com a invasão do território ucraniano, como a fita de São Jorge (símbolo proibido em vários países na Europa de Leste), assim como de disponibilizar, no centro de estudos, uma série de fotografias de jovens com cartas onde se lê que são do “Sul da Ucrânia” ou da “República Popular de Donetsk”, como “entidades geográficas separadas e válidas”, sublinhando que a Ucrânia não surge como “país uno” nessas fotografias.

Segundo a Universidade de Coimbra, com a invasão russa da Ucrânia, a instituição cessou o vínculo que tinha com a fundação Russkyi Mir, “que até dezembro de 2021 apoiava o ensino de língua e cultura russa no Centro de Estudos Russos da Faculdade de Letras”. “Em respeito pelo povo e pela cultura da Rússia, após o corte dessa ligação contratual, o referido Centro de Estudos Russos foi mantido em funcionamento, com recursos próprios da UC, para ensino exclusivo de língua e literatura russa”, esclareceu.

Na mesma nota de esclarecimento enviada à agência Lusa, a Universidade de Coimbra salienta que é uma “instituição profundamente comprometida com os valores europeus e totalmente solidária com a Ucrânia no contexto da agressão russa”.

“A UC condenou e condena inequivocamente a invasão da Ucrânia pela Rússia. E desde o dia 24 de fevereiro de 2022 associou-se a iniciativas de recolha de donativos financeiros para apoiar deslocados e refugiados da guerra, disponibilizou o Estádio Universitário e os seus recursos para apoiar a sociedade civil no acolhimento dos que chegaram a Coimbra, integrou no seio da sua comunidade estudantes refugiados aos quais ministrou curso de língua portuguesa, e reforçou os laços de cooperação com a Universidade de Lviv”, vincou. Até ao momento, a agência Lusa não conseguiu obter esclarecimentos junto de Vladimir Pliassov.

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“Há muita rede de fibra ótica que tem de ser migrada para condutas”, alerta líder da Fastfiber

Líder da Fastfiber alerta que muitas redes de fibra ótica ainda não cumprem as exigências das grandes tecnológicas internacionais, travando o investimento de hyperscalers em Portugal.

Há grandes empresas tecnológicas internacionais interessadas em investir em Portugal, mas a qualidade das infraestruturas de redes ainda não é suficiente para viabilizar esses projetos, alertou esta quarta-feira o presidente executivo da Fastfiber, Pedro Rocha. Em causa estão os chamados hyperscalers, que têm exigências elevadas do ponto de vista da resiliência das redes de comunicações.

“Portugal é visto como ponto de conectividade de dados, os hyperscalers, como data centers e cabos submarinos”, explicou, que permitem ligar a Europa a continentes como América e África. Dito isto, acrescentou: “As redes são boas, mas ainda não estão preparadas para esse desenvolvimento. Não as redes em si, mas as infraestruturas onde se deslocam, como condutas e traçados aéreos.”

O responsável falava no último dia do congresso da Associação Portuguesa para o Desenvolvimento das Comunicações (APDC). “Há muita rede de fibra ótica assente em traçado aéreo e que tem de ser migrada para condutas. Para esses hyperscalers, se não têm resiliência, não vão investir”, avisou o líder da Fastfiber, uma empresa grossista de fibra ótica que é controlada pela Altice, numa parceria com um fundo do Morgan Stanley Infratructure Partners.

Em linhas gerais, numa rede de fibra ótica, os cabos podem passar em postes – o chamado traçado aéreo – ou em condutas. As condutas são vistas como mais resilientes do que os postes, porque estes últimos estão mais expostos a acidentes ou fenómenos naturais.

Neste contexto, se as redes de fibra continuarem assentes em postes e não em condutas, “uma Amazon ou Facebook que venha para Portugal, porque há uma tempestade, a aplicação pára”, exemplificou o gestor. “O regulador tem um papel muito importante a realizar. Temos muitas dificuldades, porque em muitos sítios há essas infraestruturas [condutas], noutras existem mas não estão abertas como gostaríamos”, defendeu Pedro Rocha.

Segundo o CEO, o país tem a ganhar em atrair esses players, pelo que não há só a necessidade de disponibilizar fibra “para os lares” – “é preciso disponibilizarmos para as empresas e todos os operadores que queiram operar em Portugal”. E, referindo-se aos hyperscalers, rematou: “É um serviço que gostaríamos de oferecer a esses operadores internacionais que querem, efetivamente, vir para Portugal”, concluiu.

A Fastfiber foi uma das empresas que a Anacom considerou este mês terem “poder de mercado significativo” em várias freguesias do país. O regulador anunciou no início do mês que se prepara para impor a um conjunto de empresas do grupo Altice, incluindo a Fastfiber, o lançamento de ofertas grossistas com preços acessíveis em 612 freguesias portuguesas, de forma a incrementar a concorrência no mercado e a permitir que outras operadoras comercializem ofertas nesses locais, além da Meo.

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BCE atinge pico das taxas de juro “num dos próximos meses”, antecipa Centeno

Estamos a aproximar-nos da taxa terminal “num dos próximos meses”, antecipa o governador do Banco de Portugal. Mas aperto continuará “durante algum tempo” e juros só devem descer no próximo ano.

O Banco Central Europeu (BCE) está a aproximar-se do pico dos juros, mas as taxas não “vão descer instantaneamente, nem pouco mais ou menos”, avisa o governador do Banco de Portugal. Mário Centeno adianta que o aperto monetário vai manter-se “durante algum tempo” e só em 2024, se a inflação ceder, é que as taxas poderão descer.

“Podemos estar a aproximar do momento em que a política monetária está, em termos de fixação das taxas de juro, no ponto máximo deste ciclo de subidas. A partir daí as taxas não vão descer instantaneamente, nem pouco mais ou menos”, referiu Mário Centeno esta quarta-feira na apresentação do Relatório de Estabilidade Financeira de maio. “Se é em junho ou julho, não sei, há uma condição que é importantíssima: a inflação”, frisou.

“Se a taxa de inflação mostrar sinais – como tem dado no início do ano – de que está enquadrada no cenário base das previsões do BCE, este momento importantíssimo para o ciclo da política monetária vai acontecer num dos próximos meses”, afiançou o governador apontando para o objetivo de 2% no médio prazo.

Assim que atingir a taxa de juro atingir pico, “a política monetária vai se manter numa posição de aperto durante algum tempo, mas sem subida das taxas”, avisou. De acordo Centeno, os juros só “deverão descer em algum momento durante o ano 2024”. Mas deverão continuar numa posição restritiva nos próximos anos.

“As projeções mostram que até final de 2026 a taxa diretora do BCE deverá ficar acima de 2%. É um longo período, não podemos olhar com complacência”, afirmou.

O BCE aumentou as taxas de juro em 25 pontos base na semana passada, elevando a taxa dos depósitos para 3,25%, o valor mais elevado desde outubro de 2008, e as taxas de juro aplicáveis às operações de refinanciamento e de cedência de liquidez passaram para 3,75% e 4%, respetivamente.

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