ERC reforça necessidade de uma “verdadeira independência financeira”

Mesmo que exista uma "independência legal e funcional" é "razoável defender que ela pode ficar em perigo se não for acompanhada de uma verdadeira independência financeira", diz Pedro Gonçalves.

A Entidade Reguladora para a Comunicação Social (ERC), através do seu diretor executivo, Pedro Gonçalves, reforçou a importância de uma “verdadeira independência financeira” das entidades reguladoras para que estas sejam autónomas e independentes.

A necessidade de criação de uma entidade que coordene a atividade de todas as entidades reguladoras nos domínios “cinzentos e adjacentes” e a “inquinação” do European Media Freedom Act foram outros dos temas abordados no painel “A independência das entidades reguladoras”, integrado no 1º encontro das Entidades Reguladoras Portuguesas.

No final do encontro, questionado pelo +M, Sebastião Póvoa, presidente da ERC, disse não estar preocupado com o atraso na nomeação dos novos membros para o Conselho Regulador do organismo, afirmando que esta entidade se encontra a funcionar em pleno e que a nova nomeação depende unicamente da ação política.

Na sua intervenção, Pedro Gonçalves referiu assim que as entidades reguladoras precisam de ser “distantes” e “independentes” do poder político e defendeu que mesmo que exista uma “independência legal e funcional” é “razoável defender que ela pode ficar em perigo se não for acompanhada de uma verdadeira independência financeira”, apontando falhas no modelo de financiamento da ERC.

Segundo explicou o seu diretor executivo, a ERC dispõe de três fontes de financiamento: verbas do Orçamento de Estado (via Assembleia da República), receitas provenientes do produto das taxas de regulação e supervisão e das coimas aplicadas e a percentagem “que legalmente lhe cabe” dos resultados líquidos anuais da Anacom (Autoridade Nacional de Comunicações) “há vários anos estabelecida e nunca atualizada”.

O valor a transferir para a ERC nunca é fixado e não é recebido diretamente, tendo em conta que a Anacom está legalmente obrigada a transferir para o Ministério das Finanças o valor que cabe à ERC, sendo que “tal enviesamento legal sujeita a ERC a uma falta de previsibilidade quanto ao recebimento daquele montante“.

Com cativações nos orçamentos, as entidades podem ter a sua ação “amplamente cerceada”, disse Pedro Gonçalves, referindo que compete ao poder político assegurar que as entidades reguladoras independentes disponham de dos meios necessários para exercerem as suas competência e funções.

Em 2021, segundo o Relatório de Atividades e Contas divulgado pela ERC, o “orçamento corrigido” desta entidade foi de quase 11 milhões de euros.

Por sua vez, João Pedro Figueiredo, vogal da ERC e das pessoas “que mais sabe de direito de comunicação social” – tal como o caracterizou previamente Sebastião Póvoas –, defendeu que os governos devem aprovar internamente (a par do que está a acontecer ao nível europeu) uma entidade que coordene a atividade de todas as entidades reguladoras, nos domínios “cinzentos e adjacentes”, em que estas “não se sentem à vontade para intervir”.

João Pedro Figueiredo referiu que a ERC tem algumas dificuldades de intervenção, “até porque não tem competências para isso” em áreas “muito importantes” para a área dos media, como as da regulação do mercado da publicidade, proteção de dados, comunicações eletrónicas ou defesa do consumidor.

Nesse sentido, é “crucial” uma cooperação e atuação conjunta entre reguladores nestas “zonas de interceção” que importa esclarecer e articular, defendeu o vogal da ERC, apelando aos responsáveis políticos para que “levem a sério” estas necessidades e promovam o mais rapidamente possível um sistema que permita esta articulação das atividades dos reguladores.

Mais tarde, João Pedro Figueiredo reforçou ainda que a questão da independência financeira das entidades reguladoras, especialmente na área dos media, tem vindo a ser salientada a nível europeu, em termos de legislação em vigor e em preparação.

Referindo-se em concreto ao regulamento em construção “European Media Freedom Act” – que prevê a existência de entidades reguladoras para todos os Estados-membros e que estas devem ter recursos previsíveis e adequados necessários para o exercício das suas responsabilidades –, o responsável deixou algumas críticas, referindo que este tem “subjacente uma ideia um pouco perigosa do ponto de vista da regulação dos media“.

Isto porque está prevista a criação de um “board” de reguladores ao nível europeu, “inquinado” porque a própria Comissão Europeia pretende ter um elemento seu nomeado para este board, ainda que sem direito de voto.

Outra preocupação demonstrada pelo vogal da ERC passa pela possibilidade desta nova identidade poder a vir a intervir em áreas que são competência das autoridades nacionais, “usurpando” as suas funções. Segundo João Pedro Figueiredo, o Parlamento Europeu foi muito crítico quanto a esta ideia, assim como mais de 12 associações de jornalistas, afirmando que espera que os representantes de Portugal no Parlamento e Concelho Europeu “possam defender os interesses de uma regulação verdadeiramente autónoma”.

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Idas ao cinema em Portugal aumentam 36% até abril

  • Lusa
  • 10 Maio 2023

Entre janeiro e abril deste ano, os cinemas portugueses registaram 3,3 milhões de espectadores, ou seja, mais 878.373 bilhetes emitidos (36%) do que no período homólogo de 2022.

As idas ao cinema aumentaram este ano 36% em Portugal, com um total de 3,3 milhões de espectadores até abril, comparando com o mesmo período de 2022, revelou esta quarta-feira o Instituto do Cinema e Audiovisual (ICA).

Os dados mensais do ICA demonstram que, entre janeiro e abril deste ano, os cinemas portugueses registaram 3,3 milhões de espectadores, ou seja, mais 878.373 bilhetes emitidos (36%) do que no período homólogo de 2022. Em termos de receita bruta de bilheteira, comparando os dois períodos, o aumento é de 44,8%, ou seja, de 6,1 milhões de euros, para um total de 19,8 milhões de euros.

Tendo como referência ainda os dados estatísticos antes da pandemia da covid-19 – um acontecimento global que afetou a frequência nas salas de cinema –, a exibição cinematográfica em Portugal ainda não recuperou totalmente. Entre janeiro e abril de 2019, o ICA contabilizou 4,6 milhões de espectadores e 24,8 milhões de euros de receita.

Segundo o ICA, até abril estrearam-se comercialmente 22 longas-metragens portuguesas, ou com coprodução portuguesa, o que representa uma quota de 17,2% face ao total das 128 longas estreadas em sala. No entanto, em termos de audiência, a quota de exibição de cinema português representa apenas 2,2% (71.464 espectadores) do total de 3,3 milhões de entradas.

Em receita de bilheteira, face aos 19,8 milhões de euros registados até abril, a quota de cinema português foi de 1,5% (293.369 euros). Até abril, o filme português mais visto em sala foi “Amadeo”, de Vicente Alves do Ó, com 12.213 espectadores.

O segundo filme português mais visto pelos portugueses em sala de cinema foi a curta-metragem de animação “Ice Merchants”, de João Gonzalez, filme candidato este ano aos Óscares, com 11.459 espectadores.

Entre os dez filmes portugueses mais vistos este ano em sala há ainda a destacar três outras longas-metragens de animação: “O natal do Bruno Aleixo”, de Pedro Santo e João Moreira, estreado no Natal passado, mas cuja exibição se estendeu por 2023, “Nayola”, de José Miguel Ribeiro, e “Interdito a cães e italianos”, de Alain Ughetto, com coprodução pela Ocidental Filmes.

“Avatar: O caminho da Água”, de James Cameron, estreado em dezembro de 2022, permanecia ainda como líder de bilheteira até abril nos cinemas nacionais, com 465.880 espectadores. Em segundo lugar, e tendo apenas estreado a 06 de abril, surge “Super Mario Bros: O filme”, de Aaron Horvath e Michael Jelenic, com 349.792 espectadores.

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Proibir venda de tabaco em postos de abastecimento de combustível é discriminatório, segundo a ANAREC

  • Lusa
  • 10 Maio 2023

A medida "revela-se desigual e discriminatória, favorecendo e incrementando as receitas e as vendas de um escasso grupo de comercializadores, em detrimento e prejuízo de outros, segundo a ANAREC.

A Associação Nacional de Revendedores de Combustíveis (ANAREC) considerou esta quarta-feira que a proibição de venda de tabaco nos postos de abastecimento, proposta pelo Governo, é uma medida “desigual e discriminatória” que vai favorecer um escasso grupo de comercializadores.

Em comunicado, a ANAREC diz que foi “surpreendida” com a informação de que o Conselho de Ministros pretende aprovar uma proposta de lei “que estende a proibição de venda de tabaco aos postos de abastecimento de combustíveis”.

Sendo de extrema importância a promoção da saúde a proteção da população à exposição ao fumo ambiental do tabaco, não nos parece que o caminho se faça pela restrição dos pontos de venda de tabaco“, começa por afirmar a associação.

A medida “revela-se desigual e discriminatória, favorecendo e incrementando as receitas e as vendas de um escasso grupo de comercializadores, em detrimento e prejuízo de outros, como o caso dos postos de abastecimento de combustíveis”, considera a associação.

Segundo a ANAREC, as vendas de tabaco movimentam valores significativos e têm associadas outras vendas que, no caso dos postos de abastecimento e respetivas lojas de conveniência “assumem um peso significativo no volume de negócios das micro e pequenas empresas que os exploram”.

“Sejamos realistas: o tabaco vai continuar a ser vendido, as vendas vão é ser centralizadas nalguns estabelecimentos, beneficiando estes, e prejudicando os demais”, sublinha a associação. A ANAREC faz um apelo ao Governo “para que recue no âmbito de abrangência da proibição de venda de tabaco nos postos de abastecimento de combustíveis, setor que tem sofrido tamanha ingerência e intervenção nos últimos anos”.

A associação diz que não foi previamente ouvida sobre esta intenção do Governo e que vai ainda esta quarta-feira reagir formalmente, junto da tutela, contra esta medida que considera “injusta e desproporcional”. A venda de tabaco em máquinas automáticas vai ser proibida em 2025 e ainda este ano será interdito fumar nos espaços ao ar livre junto de edifícios públicos como escolas, faculdades ou hospitais, segundo uma proposta de lei.

Caso a proposta de lei do Governo seja aprovada pela Assembleia da República, deixa de ser possível a venda de tabaco direta ou através de máquinas de venda automática em locais como restaurantes, bares, salas e recintos de espetáculo, casinos, bingos, salas de jogos, feiras, exposições.

Também nos festivais de música, onde há “um marketing até bastante agressivo no sentido de promover a compra e a utilização de tabaco e até de outros produtos de tabaco, nomeadamente tabaco aquecido, vai ser proibido vender estes produtos”, revelou à agência Lusa a Secretária de Estado da Promoção da Saúde, Margarida Tavares. O objetivo é restringir a venda de tabaco a tabacarias ou similares e nos aeroportos a partir de janeiro de 2025.

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Fundo do banco Best e da Square AM compra armazém em Benavente por 2,9 milhões

  • Ana Petronilho
  • 10 Maio 2023

O anterior proprietário do imóvel que estava desocupado era a empresa sueca Essity, com atividade ligada à área da saúde e higiene, e foi agora arrendado “por um prazo de dez anos” à Servirent.

O fundo Property Core lançado em 2020, numa parceria entre o banco Best e a Square Asset Management, a maior gestora de fundos imobiliários do país, comprou por 2,9 milhões de euros um armazém em Benavente, revelou ao ECO Pedro Coelho, CEO da Square AM.

O imóvel tem mais de 18 mil metros quadrados e é composto por um conjunto de edifício onde funcionava uma fábrica de produção de papel. A JLL, que assessorou o negócio, diz que é uma das “transações com maior expressão” naquela região.

O anterior proprietário do imóvel que estava desocupado era a empresa sueca Essity, com atividade ligada à área da saúde e higiene, e foi agora arrendado “por um prazo de dez anos” à Servirent, empresa de aluguer de máquinas, de contentores e de equipamentos de frio, adiantou ainda ao ECO Pedro Coelho.

Em comunicado, a JLL diz que Benavente “reúne os fundamentais necessários à implementação de projetos logísticos de qualidade e elevados níveis de procura”.

O CEO da Square AM conta ainda que o imóvel tem um pé direito útil de 10 metros de altura e que o ativo conta com uma área total de terreno de 83.300 metros quadrados, que “será alvo de profunda recuperação” mas “não para já”.

O Property Core Real Estate Fund foi o primeiro fundo aberto lançado em Portugal nos últimos 15 anos e arrancou no final de setembro de 2020, em plena pandemia, numa altura em que os investidores procuravam alternativas de investimento às baixas taxas de juro.

Desde então, com dois anos e meio de atividade, o Property Core – comercializado pelo Best e gerido pela Square AM – tem vindo a alargar a carteira de ativos. Hoje, o fundo tem um portfólio de acima de 14 imóveis avaliados em 38 milhões de euros, tendo já atraído 1.900 investidores.

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Taxa de inflação nos EUA desacelera em abril para 4,9%

  • Lusa
  • 10 Maio 2023

A taxa de inflação abrandou para 4,9% em abril, menos um décima em termos homólogos, mas, em termos mensais, os preços subiram quatro décimas.

A inflação nos Estados Unidos voltou a abrandar em abril, pelo décimo mês consecutivo, e situou-se em 4,9%, em termos homólogos, menos uma décima do que em março, indicou esta quarta-feira o Departamento do Trabalho. Na comparação mensal, os preços subiram quatro décimas, segundo o índice CPI divulgado pelo Departamento do Trabalho.

A descida de uma décima na comparação com o mesmo mês do ano anterior ocorre na sequência de sucessivos recuos da inflação desde julho de 2022 e o nível de 4,9% é o mais baixo desde maio de 2021. Estes dados eram esperados com particular expectativa, uma vez que podem contribuir para a decisão que a Reserva Federal (Fed) tomará na sua próxima reunião em relação às taxas de juro.

O índice de habitação foi o que mais contribuiu para o aumento mensal dos preços, com uma subida de quatro décimas. Na comparação com o mesmo mês do ano anterior, acumula um aumento de 8,1%. Já a energia teve um aumento mensal de 0,6% e regista uma queda homóloga de 5,1%.

O índice da alimentação manteve-se em abril e regista na comparação com abril de 2022 uma subida de 7,7%. A inflação subjacente, que mede a subida dos preços excluindo os alimentos e a energia, os mais voláteis, subiu quatro décimas em abril e a taxa de inflação homóloga atingiu 5,6%.

Em junho de 2022, a inflação atingiu um pico de 9,1%, tendo desacelerado paulatinamente. Os dados da inflação são conhecidos num momento-chave, em que se analisa se as constantes subidas das taxas de juro decididas pela Fed desde março do ano passado têm o efeito desejado na contenção dos preços.

A última subida das taxas de juro teve lugar na semana passada e foi de 25 pontos base, com a taxa dos fundos federais situada atualmente entre 5% e 5,25%. O presidente da Fed, Jerome Powell, explicou em conferência de imprensa que futuras subidas das taxas de juro dependem dos dados macroeconómicos das próximas semanas e que os números do desemprego e da inflação serão fundamentais para decidir se continuam.

No passado dia 05, foi anunciado que a taxa de desemprego baixou uma décima em abril para 3,4%.

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Ana Gomes é a nova people & culture director da Makro

Profissional tem uma longa carreira na área dos RH, tendo no seu currículo empresas como a Nestlé, Nespresso ou Sogrape.

Ana Gomes é a nova people & culture director e membro do conselho de administração da Makro e da Aviludo, em Portugal.

“É com grande entusiasmo que assumo este desafio na Makro Portugal e na Aviludo. Baseada na minha experiência trago uma abordagem estratégica e funcional robusta para as funções que vou desempenhar”, afirma Ana Gomes. “Pretendo trabalhar com os líderes para garantir o crescimento dos negócios e fortalecer a sua cultura organizacional e as práticas de gestão de pessoas, um dos pilares mais fundamentais do grupo Metro”, acrescenta a people & culture director citada em comunicado.

Ana Gomes é.a people & culture director da Makro e da Aviludo

Licenciada em Psicologia Social pelo ISPA, Ana Gomes tem um longo percurso profissional ligado à Nestlé, multinacional onde ingressou em 2003 como human resources manager na Nestlé Waters; mais tarde como DRH da Nestlé Portugal (2010-2014); posteriormente como global talent management e training director da Nestlé Waters em França (2014-2015), mais tarde head of HR Business Partners da Nespresso, em Lausanne (2017-2021) tendo o seu último cargo na multinacional sido como senior executive human resources na Nestlé, em Portugal (2021). Antes de ingressar na Makro a profissional era head of HR na Sogrape (2021-2022).

Presente em Portugal desde 1989, a Makro tem dez lojas, uma operação de food service distribution, duas plataformas logísticas, entre outros serviços. Em outubro de 2020, o grupo Metro comprou a Aviludo.

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Repsol compra 50,01% da elétrica espanhola CHC Energia

  • Lusa
  • 10 Maio 2023

Com esta aquisição, a Repsol concretiza o objetivo de alcançar os dois milhões de clientes de eletricidade e gás na Península Ibérica.

A Repsol adquiriu 50,01% do capital da elétrica espanhola CHC Energia, anunciou esta quarta-feira o ‘gigante’ empresarial do setor da energia. “A assembleia-geral de acionistas da CIDE Servicios Comerciales, proprietária de 100% da CHC Energia, aprovou na terça-feira a aquisição, por parte da Repsol, de 50,01% do capital da elétrica espanhola CHC Energía”, refere o grupo empresarial do setor da energia em comunicado, sem avançar com o valor da transação.

E prossegue: “Desta forma, a empresa multienergética adquire uma das principais comercializadoras de eletricidade e gás em Espanha, com um amplo posicionamento em zonas rurais e pequenos municípios”. Para a CHC Energía, a entrada da Repsol representa uma “consolidação do crescimento” da empresa e a possibilidade de “desenvolver novos produtos”, que permitam aumentar as possibilidades comerciais, adianta.

Com esta aquisição, a Repsol, por sua vez, concretiza o objetivo que consta no Plano Estratégico 2021-2025, de alcançar os dois milhões de clientes de eletricidade e gás na Península Ibérica. Além disso, o acordo não prevê alterações na equipa de direção, define que o Conselho de Administração é dividido em partes iguais e que se manterá a independência dos sistemas operativos e de back office.

Para a Repsol, este acordo representa “mais um passo” na estratégia de diversificação e consolidação do seu modelo, enquanto empresa multienergética.

Nesse sentido, a Repsol prevê terminar este ano com 2.700 megawatts (MW) de capacidade instalada de geração renovável, bem como, com a aquisição, somar os 350.000 de clientes da CHC Energía à sua carteira e alcançar, desde já, os dois milhões de clientes de luz e gás, aumentando a sua expansão geográfica na Península Ibérica.

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Portugal e Espanha analisam reposição do controlo de fronteiras durante JMJ

  • Lusa
  • 10 Maio 2023

Ministro da Administração Interna já teve uma reunião com o responsável da polícia espanhol. Comandante-geral da GNR tem estado em contacto com os seus congéneres espanhóis e europeus.

Portugal e Espanha vão analisar na sexta-feira a reposição do controlo de fronteiras terrestres durante a Jornada Mundial da Juventude, disse esta quarta-feira o ministro da Administração Interna, admitindo que muitos peregrinos podem chegar a Lisboa via Espanha.

Tenho na próxima sexta-feira uma reunião com o ministro do Interior espanhol para trabalhar a agenda de Espanha para a presidência da União Europeia e naturalmente que esse assunto [fecho de fronteiras] será abordado“, disse aos jornalistas José Luís Carneiro.

O ministro recordou que a coordenação da segurança da Jornada Mundial da Juventude (JMJ), evento que se realiza em Lisboa na primeira semana de agosto e deverá contar com cerca de 1,5 milhões de pessoas, é uma competência do secretário-geral do Sistema de Segurança Interna (SSI).

O governante, que falava no final da cerimónia que assinalou o 112.º aniversário da Guarda Nacional Republicana, adiantou que será tido um “diálogo com o ministro do interior espanhol”, lembrando que Espanha também já organizou uma JMJ.

Segundo José Luís Carneiro, já existiu uma reunião com o responsável da polícia espanhol e que o comandante-geral da GNR tem estado em contacto com os seus congéneres espanhóis e europeus.

“Vamos também ouvir o comandante-geral da GNR, que tem a responsabilidade da coordenação das operações no que respeita ao trânsito rodoviário. Temos a expectativa que muitos dos movimentos se façam por via dos aeroportos de Espanha, ou seja, voos que se dirigirão para os aeroportos espanhóis e depois que o movimento para Portugal se possa fazer por via rodoviária“, frisou, sustentando que, além do parecer do ministro do Interior espanhol, a reposição do controlo de fronteiras será também avaliada no âmbito das forças de segurança.

José Luís Carneiro indicou que a GNR e a PSP tem vindo a cooperar com o secretário-geral do SSI no que respeita ao plano geral de segurança e respetivos planos operacionais de cada uma das forças de segurança, salientando também o papel da Autoridade Nacional de Emergência a Proteção Civil (ANEPC).

Questionado se o plano de segurança já está concluído, remeteu para o secretário-geral do SSI, mas no que diz respeito à PSP, GNR e ANEPC “toda a disponibilidade tem estado colocada da preparação dos planos de segurança de cada uma destas forças”.

O ministro disse ainda que “todos os meios humanos e materiais foram colocados à disposição da GNR, PSP e ANEPC”.

A JMJ vai realizar-se em Lisboa entre os dias 1 e 6 de agosto e contará com a presença do Papa Francisco.

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Linha de apoio ao aumento dos custos de produção quase sem novas operações em três meses

“Já foram transferidos 128 milhões de euros no âmbito de 3.041 operações” de conversão de 20% do crédito concedido através das linhas Covid em subsídio a fundo perdido.

A linha de crédito de apoio aos aumentos dos custos de produção, com uma dotação de 600 milhões de euros, tem 268 milhões de euros aprovados, num total de 512 operações, revelou o ministro da Economia esta quarta-feira no Parlamento. A linha não teve grande evolução desde o início de fevereiro.

“A linha de apoio ao aumento dos custos de produção, aberta a 30 de dezembro de 2022, tem nesta altura 268 milhões de euros aprovados e executados para as empresas em 512 operações”, revelou António Costa Silva aos deputados da Comissão de Economia, Obras Públicas, citando dados do Banco de Fomento.

Num webinar realizado a 1 de fevereiro, a CEO do BPF anunciou que “quase 300 milhões da linha já” estavam “alocados”. “Sinto que num curto espaço de tempo a linha vai estar comprometida”, dizia Ana Carvalho. Ou seja, três meses depois ainda nem foram alcançados os 300 milhões.

Esta fraca adesão surge mesmo depois de já não se aplicar o sistema de quotas. À semelhança de edições anteriores, os 600 milhões de euros de dotação foram distribuídos pelos bancos num sistema de quotas, ou seja, cada banco recebeu uma percentagem em função da sua quota de mercado. Mas, a partir de 15 de fevereiro, a distribuição da linha passou a ser feita na lógica tradicional do first come, first served.

Ao que o ECO tem apurado, as condições da linha são consideradas demasiado restritivas e o que tem afastado os eventuais interessados.

Costa Silva foi confrontado pelos deputados com as dificuldades que as empresas têm tido na conversão de 20% do crédito concedido através das linhas Covid em subsídio a fundo perdido. “Já foram transferidos 128 milhões de euros no âmbito de 3.041 operações”, revelou o ministro da Economia, ressalvando, contudo que isto é “algo que está em movimento”.

O deputado do PSD Carlos Eduardo Reis citou várias empresas que estão confrontadas com estes atrasos: Riopele, espera a devolução de 14 milhões de euros, Firmo oito milhões, Moura e Silva oito milhões, Eurogalva sete milhões, Simão e Olgando seis milhões, Calvelex seis milhões. “A presidente do Banco de Fomento disse há dias que falta literacia financeira aos empresários portugueses. Acho que falta alguma proatividade à senhora presidente do Banco de Fomento para entregar este dinheiro às empresas”, atirou o deputado social-democrata.

O ministro da Economia garantiu que o problema da Riopele e da Calvelex já estavam resolvidos, mas recordou que é fundamental que as empresas não despedissem trabalhadores para poderem aceder a esta a este apoio.

Os pagamentos só começaram a ser feitos no final de dezembro.

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Porque é que preferimos taxa variável? Taxa fixa é mais cara “no imediato”

Nove em dez contratos da casa têm taxa variável. Famílias não querem fixar taxa porque é mais cara no imediato e preferem acreditar na possibilidade de os juros descerem.

Em Portugal, 90% dos contratos de empréstimos para a compra de casa têm taxa variável, o que significa que apenas uma pequena parte das famílias fixaram a taxa do seu crédito à habitação. Estes valores comparam com a média de 41% de contratos com taxa fixa na Zona Euro. Porque é que não contratamos com taxa fixa? Há menos oferta da parte dos bancos. Mas também porque é mais caro no imediato para as famílias, que preferem acreditar que os juros vão descer.

A questão da fixação da taxa ganhou maior relevância nos últimos meses, perante a subida dos juros de forma preocupante para milhares de famílias que estão a sentir um maior aperto financeiro perante o aumento da prestação da casa. Ainda assim, Portugal continua a ser um país em que grande parte dos contratos tem taxa variável. Porquê?

“O principal desincentivo à procura de empréstimos com um período de fixação da taxa de juro é o seu maior preço no imediato face aos empréstimos com taxa variável”, refere o Banco de Portugal com base num questionário que fez às principais instituições financeiras.

As famílias “não estão disponíveis para pagar o prémio associado à maior segurança da contratação a taxa fixa”, acrescenta o supervisor no Relatório de Estabilidade Financeira publicado esta quarta-feira.

Por outro lado, o longo período de taxas de juro muito baixas que tivemos na década passada – que atirou os indexantes Euribor para território negativo — ajudou a cristalizar a ideia junto das famílias de que podiam tirar partido da taxa variável e beneficiar de prestações da casa mais baixas.

“A perceção de que a taxa variável pode descer enquanto a taxa fixa não, associada ao prolongamento do período de taxas de juro muito baixas, levou à redução da probabilidade atribuída à ocorrência de cenários de taxas de juro mais elevadas, favorecendo assim a contratação de crédito com taxa de juro variável”, explica o Banco de Portugal.

Desde o final de 2021 que esta ideia saiu furada, perante a subida galopante das Euribor, usadas no cálculo da prestação da casa, em antecipação ao aperto monetário do Banco Central Europeu (BCE) para controlar a inflação.

A taxa a seis meses – a mais utilizada em Portugal – disparou para 3,6% quando há menos de um ano estava com valores negativos.

De acordo com o Banco de Portugal, entre 2011 e 2022, nove em cada dez empréstimos à habitação tiveram taxa variável e apenas um teve taxa fixa. Este número pouco se alterou no ano passado. Dentro dos países analisados, só a Finlândia tem valores mais elevados, com 98% das famílias a optarem por taxa variável. Do lado oposto, os franceses são os maiores adeptos da taxa fixa: no ano passado, fixaram a taxa em 90% dos empréstimos da casa.

Recentemente, o Governo português avançou com a obrigatoriedade de os bancos terem uma oferta de taxa fixa. Em 2022, 60% das instituições inquiridas pelo Banco de Portugal contrataram crédito à habitação com taxa fixa e 70% concederam-no com taxa mista.

As instituições financeiras destacaram que o custo e a disponibilidade da cobertura do risco de taxa de juro (impactada pelo risco do soberano) e as perdas líquidas que possam afetar os resultados são os principais fatores que condicionam a oferta de taxa fixa ou mista.

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Banco de Portugal alerta para incumprimento nas famílias mais vulneráveis

Prestação da casa continuará a subir até setembro. Supervisor recomenda aos bancos que aproveitem a melhoria dos seus resultados para "adequar as condições dos empréstimos" à capacidade das famílias.

De acordo com o Banco de Portugal, “os riscos para a estabilidade financeira mantiveram-se elevados” nos últimos meses, num contexto de subida dos juros e alta inflação, a que se associou a turbulência provocada pela queda de bancos regionais no EUA e pelo tombo do Credit Suisse. Dentro deste ambiente tenso, que poderá levar a um aumento da taxa de desemprego, o supervisor alerta para o “potencial incumprimento das famílias mais vulneráveis”. E deixa uma recomendação aos bancos para aproveitarem a melhoria dos resultados para responderem à pressão dos seus clientes.

“Dada a elevada proporção de empréstimos à habitação com taxa variável, a subida das taxas de juro traduz-se num aumento dos encargos com a dívida no curto prazo, aumentando o risco de crédito das famílias”, explica a instituição no Relatório da Estabilidade Financeira publicado esta quarta-feira.

As prestações da vão continuar a subir até setembro de 2023, “ainda que mais acentuado para os empréstimos indexados à Euribor a 12 meses e mais moderado nos indexantes com prazos inferiores, sobretudo no caso da Euribor a 3 meses”, antecipa o Banco de Portugal, adiantando que cerca de 50% dos contratos em vigor já tiveram em algum momento passado um valor de indexante mais elevado que o esperado para vigorar em dezembro de 2023.

O Banco de Portugal dá conta de fatores que podem ajudar a aliviar a pressão sobre as famílias. Por um lado, estão menos endividadas do que a média da Zona Euro, sendo que o crédito à habitação está concentrado em “famílias com rendimentos mais elevados”, logo, mais resistentes a eventuais choques.

Por outro lado, não há sinais de deterioração do mercado de trabalho, dada a “situação de escassez de mão-de-obra”. Adicionalmente, o Governo deu uma ajuda com várias medidas de apoio às famílias, incluindo de “suporte às prestações do crédito”, lembra ainda o supervisor liderado por Mário Centeno.

Em jeito de recomendação, o Banco de Portugal sugere aos bancos que “aproveitem a melhoria do contexto económico e financeiro para adequar as condições dos empréstimos à capacidade de pagamento dos clientes“.

“Espera-se também que mantenham políticas prudentes de constituição de imparidades e de conservação de capital, que permitam aumentar a sua capacidade de absorver perdas e de financiar a economia”, frisa.

O Banco de Portugal deixa um aviso sobre o “arrefecimento do mercado imobiliário residencial, com impacto sobre os preços [dos imóveis] e sobre o colateral de créditos garantidos por imóveis”. “A subida das taxas de juro contribuirá para a desaceleração dos preços no mercado imobiliário residencial em Portugal”, sublinha o regulador, notando, de resto, que o final do ano passado já teve um abrandamento dos preços da habitação e das transações neste mercado.

Em todo o caso, “mesmo na hipótese de uma queda de preços mais significativa, (…) o sistema bancário não deverá incorrer em perdas elevadas”, ressalva o Banco de Portugal.

(Notícia atualizada às 15h19)

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Metro de Lisboa reforça carruagens a partir de 20 de junho nas linhas Verde e Amarela

  • Lusa
  • 10 Maio 2023

A circulação no metro de Lisboa entre Telheiras e Campo Grande (linha Verde) e entre Campo Grande e Cidade Universitária (linha Amarela) será retomada duas semanas mais cedo do que previsto

A linha Verde do metro de Lisboa será reforçada com mais três carruagens e a linha Amarela com mais uma, a partir de 20 de junho, para minimizar os impactos das obras de expansão da rede, informou hoje a empresa.

Em conferência de imprensa, realizada esta quarta-feira, o presidente do conselho de administração do Metropolitano de Lisboa (ML), Vítor Domingues, revelou um conjunto de medidas para “mitigar os constrangimentos” causados pelo encerramento provisório da estação de Telheiras e do troço Campo Grande – Cidade Universitária (linha Amarela), devido às obras de expansão da rede.

A retoma da circulação de comboios com seis carruagens (capacidade máxima) na linha Verde e de quatro vagões no troço Odivelas/Campo Grande a partir de 20 de junho foi uma das medidas anunciadas pelo presidente do ML, ressalvando que a data “ainda poderá ser antecipada”.

Atualmente, a circulação na linha Verde e no troço Odivelas – Campo Grande da linha Amarela é feita com apenas três carruagens. A partir das 06:30 de 8 de julho está previsto o retomar da normal circulação em toda a extensão das linhas Verde e Amarela.

A administração do ML anunciou, igualmente, que irá disponibilizar autocarros “vaivém” entre a Cidade Universitária e o Campo Grande nos dias de jogo do Sporting (13 e 21 de maio), no Estádio José de Alvalade, e na Bênção das Fitas (20 de maio).

O ML vai também reforçar as equipas, com pessoal próprio, na estação do Campo Grande e em outras (em que se justifique) para ajudar a circulação das pessoas, para entrada e saída de passageiros das composições.

“O Metropolitano lamenta os transtornos causados, mas reafirma que estes constrangimentos no funcionamento do serviço de transporte são imprescindíveis para a execução dos trabalhos”, afirmou Vítor Domingues. Os constrangimentos na circulação do metro de Lisboa têm sido alvo de várias críticas por parte de utentes, autarcas e ambientalistas.

Questionado pelos jornalistas sobre estas críticas, o presidente do conselho de administração do ML assegurou que a empresa fez “tudo o que podia para encontrar alternativas” que teriam de “ser obrigatoriamente através de transporte rodoviário”.

“Eu para conseguir substituir um comboio metropolitano tinha que arranjar cerca de oito autocarros com frequência de permanência de cinco minutos. Nós não conseguimos isso. O que nós tentámos foi arranjar carreiras alternativas dentro do possível”, sublinhou. A esse propósito, Vítor Domingues referiu que o ML contactou a Carris, a TML (Transportes Metropolitanos de Lisboa) e um operador de transportes do Porto, justificando as dificuldades com a escassez de motoristas.

“Não sei se é do vosso conhecimento, mas há, efetivamente, uma falta enorme de motoristas. Não é um problema português. É um problema da Europa”, apontou.

No domingo, o PSD anunciou que requereu uma audição urgente da administração do Metropolitano de Lisboa, em sede de comissão parlamentar de Economia e Obras Públicas, face às perturbações que estão a ocorrer e que têm prejudicado milhares de utentes.

Os trabalhos vão possibilitar a ligação dos novos viadutos do Campo Grande à infraestrutura atualmente existente, permitindo a futura entrada em exploração da já anunciada nova linha circular. Serão também instalados “novos aparelhos de mudança de via”, para possibilitar novas ligações entre as estações abrangidas.

Com inauguração prevista em 2024, a nova linha circular, que vai ligar a estação do Rato ao Cais do Sodré, numa extensão de mais dois quilómetros de rede, irá criar um anel circular no centro de Lisboa, e interfaces que conjugam e integram vários modos de transporte.

O Metropolitano de Lisboa opera diariamente com quatro linhas: Amarela (Rato-Odivelas), Verde (Telheiras-Cais do Sodré), Azul (Reboleira-Santa Apolónia) e Vermelha (Aeroporto-São Sebastião).

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