Duas pessoas morrem baleadas em Bruxelas. Polícia investiga terrorismo
O centro de crises belga irá reunir-se ainda esta segunda-feira. O atirador continua em fuga. Bruxelas aumentou a sua ameaça terrorista para o nível mais elevado.
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Pelo menos duas pessoas morreram esta segunda-feira baleadas em Bruxelas e o atirador ainda não foi detido pela polícia, confirmou à Lusa a porta-voz do Centro de Crise Nacional da Bélgica. Bruxelas aumentou a sua ameaça terrorista para o nível mais elevado, segundo a BBC.
“Posso confirmar que houve um tiroteio ao início da noite e que pelo menos duas pessoas morreram. Informámos todos os nossos parceiros para saber que consequências podem haver”, disse à Lusa Yves Stevens, porta-voz do Centro de Crise Nacional da Bélgica.
O porta-voz acrescentou que o atirador ainda não foi detido. O centro de crises reúne-se esta segunda, adiantou.
Um vídeo aparentemente do momento do crime, difundido pelas redes sociais, mostra uma pessoa com uma arma de fogo a disparar no meio de uma rua no bairro de Molenbeek. Enquanto as pessoas, que estão na rua fogem, o atirador entra num edifício e pelo menos três tiros são audíveis.
O vídeo e outras imagens do ataque estão a ser verificados pela polícia, informou a BBC. Noticia ainda que o atirador fugiu do local e continua a monte e que o primeiro-ministro belga confirmou mais tarde que as vítimas eram suecas.
Em visita à Bélgica a convite dos monarcas belgas e após um jantar com o Rei, o Presidente da República teve de regressar ao hotel por segurança, por indicação das autoridades belgas, em vez de assistir num estabelecimento comercial português o jogo entre as seleções de Portugal e da Bósnia-Herzgovina, avança a RTP.
A UEFA decidiu suspender o jogo depois de os jogadores suecos afirmarem não querer jogar a segunda parte do jogo.
Marcelo Rebelo de Sousa, de visita a Bélgica, considerou ser prematuro relacionar o atentado com o conflito que decorre entre o Israel e o Hamas. Ainda segundo a RTP, o motivo deste atentado terá sido religioso e relacionado com a polémica da queima de livros do Corão que tem abalado a relação entre a Suécia e diversos países muçulmanos.
O Presidente da República já “exprimiu a sua solidariedade ao Rei Philippe dosBelgas e ao Rei Carlos Gustavo, da Suécia, e a sua condenação do ataque desta noite em Bruxelas, que vitimou inocentes cidadãos suecos”, lê-se na página da Presidência da República.
A Presidente da Comissão Europeia já se manifestou solidária com “as vítimas deste desprezível ataque em Bruxelas” em várias mensagens na rede X (antigo Ywitter). “Estendo o meu sincero apoio à polícia belga para que capturem rapidamente o suspeito. Juntos, mantemo-nos unidos contra o terrorismo”, escreveu Ursula von der Leyen nas redes sociais.
A procuradoria federal belga está a investigar o caso como um ataque terrorista. O atirador está em fuga, informou a polícia, que aconselha os residentes de Bruxelas a permanecerem em casa. Devido ao ataque, o ministro do Interior de França decidiu reforçar os controlos na fronteira com a Bélgica.
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