PSD acusa Governo de “baixar a máscara” ao só descer IRS em ano de europeias

  • Lusa
  • 16 Outubro 2023

"Afinal não era um problema orçamental, era um problema eleitoral: querem é baixar o IRS em ano de eleições europeias, não se preocupando com as questões sociais em 2023”, disse Hugo Soares.

O PSD acusou esta segunda-feira o Governo de “baixar a máscara” ao só aceitar descer o IRS em 2024, ano de europeias, e classificou o Orçamento como “uma falácia” que não responde aos “problemas reais” na saúde, educação ou justiça.

Na sessão de abertura das jornadas parlamentares do PSD, foi ao secretário-geral Hugo Soares a quem coube a intervenção mais política, através da qual procurou desmontar a ideia de que o partido ficou sem discurso perante a proposta do Governo de Orçamento do Estado para 2024.

A baixa do IRS é uma espécie de baixar a máscara por parte do partido que governa o país: andavam a dizer que não apoiavam a baixa [proposta pelo PSD já para este ano] porque não tinham folga orçamental. Afinal não era um problema orçamental, era um problema eleitoral: querem é baixar o IRS em ano de eleições europeias, não se preocupando com as questões sociais em 2023”, criticou. O dirigente do PSD classificou como “uma falácia” dizer que este Orçamento baixa impostos, “quando bate recordes de aumento da carga fiscal”.

“É não ter capacidade de falar verdade aos portugueses, é mentir descaradamente, de forma menos polida. Baixa o IRS, mas com as duas mãos vai aos impostos indiretos, que são cegos, não são proporcionais”, afirmou, classificando como “uma vergonha” a anunciada subida sobre o Imposto Único de Circulação (IUC) para os veículos mais antigos, considerando que atinge “quem tem mais dificuldades”. Hugo Soares recusou igualmente que este Orçamento retire discurso ao PSD por ter “contas certas”.

“Então nós vamos levar lições de contas certas de um partido que já por três vezes levou o país à bancarrota? (…) Contas certas é obrigação de qualquer Governo”, defendeu. Para o secretário-geral do PSD, este orçamento não “resolve os problemas da escola pública e das carreiras dos professores”, do SNS ou dos obstáculos no setor da justiça.

“Este orçamento é muito bem vestido e incapaz de resolver os problemas das pessoas”, disse, considerando que a preocupação do Governo “é perceber que o PSD está a falar dos problemas reais das pessoas”. Na sequência de uma entrevista do ministro da Economia ao Jornal de Negócios, em que Costa Silva admite maiores custos para o Estado na Efacec, o dirigente do PSD desafiou o primeiro-ministro, António Costa, a esclarecer se este processo que envolveu a nacionalização e agora reprivatização “vai custar aos portugueses mais dinheiro do que estava previsto”.

“Sempre que o Governo intervém, sempre que o Governo põe a mão, há sempre uma consequência, os impostos dos portugueses são direcionados para onde não deviam em vez das famílias”, criticou. Antes, o líder parlamentar Joaquim Miranda Sarmento voltou a acusar o Governo de “vir a reboque das ideias do PSD”, embora “de forma coxa”.

“Nós marcámos a agenda pública e política quando, a meio de agosto, dissemos que a prioridade principal era a redução do IRS”, defendeu. Miranda Sarmento repetiu as cinco prioridades apresentadas pelo PSD um dia antes de o Governo ter entregado a proposta de Orçamento no parlamento e que passam pelo aumento de rendimentos, da produtividade, medidas na área da saúde, habitação e educação, incluindo a recuperação integral do tempo de serviços dos professores, à razão de 20% ao ano.

“Estas jornadas são o kick off [pontapé de saída] de um trabalho orçamental”, disse, prometendo a apresentação de mais iniciativas para a construção de uma alternativa ao Governo do PS. As jornadas parlamentares do PSD decorrem até terça-feira na Assembleia da República com o lema “Um Programa de Emergência Social para a Classe Média”, título que o partido deu às suas prioridades para o Orçamento do Estado para 2024, sendo encerradas na terça-feira pelo presidente do partido, Luís Montenegro.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Conselho de Segurança da ONU reúne-se com Israel e Hamas na agenda

  • Lusa
  • 16 Outubro 2023

Brasil, que preside ao Conselho durante este mês, também apresentará um texto que condena "os odiosos ataques terroristas do Hamas".

O Conselho de Segurança da ONU vai reunir-se esta segunda-feira às 23:00 (hora de Portugal continental) para decidir sobre o conflito entre Israel e o Hamas e discutir dois projetos de resolução concorrentes.

Na sexta-feira, a Rússia distribuiu aos estados-membros do Conselho um projeto de resolução que será submetido a votação e que apela a um “cessar-fogo humanitário imediato, duradouro e totalmente respeitado” e a um acesso humanitário “sem entraves” à Faixa de Gaza. O Brasil, que preside ao Conselho durante este mês, também apresentará um texto que condena “os odiosos ataques terroristas do Hamas”, de acordo com fontes diplomáticas.

O texto proposto por Moscovo “condena veementemente toda a violência e hostilidades contra civis e todos os atos de terrorismo”. Contudo, pelo menos na versão que circulou até domingo, o projeto de resolução não designava o Hamas, enquanto os Estados Unidos insistem em que o Conselho de Segurança condene claramente os “hediondos atos terroristas” do movimento islamita palestiniano que lançou um ataque em 7 de outubro numa escala sem precedentes contra Israel.

Para ser adotada, uma resolução exige a aprovação de pelo menos nove dos 15 membros do Conselho, sem qualquer veto de um dos cinco membros permanentes (Estados Unidos, Reino Unido, França, Rússia, China).

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Agricultores querem “travar gula fiscal do Governo” e menos IVA no vinho dos restaurantes

Confederação dos Agricultores apela a deputados para travarem “tributação excessiva e desproporcional" dos licorosos, como o vinho do Porto, e reduzirem de 23% para 13% o IVA de vinhos na restauração.

A Confederação dos Agricultores de Portugal (CAP) apelou esta segunda-feira aos deputados da Assembleia da República para travarem o “apetite fiscal do Governo” e, durante a discussão da proposta de Orçamento do Estado para 2024 na especialidade, impedirem aquilo que considera ser a “tributação excessiva e desproporcional dos vinhos licorosos e dos vinhos vendidos no âmbito da restauração”.

Com o argumento de que a manutenção da tributação sobre o vinho na restauração à taxa de 23% “retira competitividade ao setor vitivinícola português”, a organização liderada por Álvaro Mendonça e Moura pede a redução da taxa de IVA aplicada a estes produtos nos restaurantes, cafés ou bares, “harmonizando de 23% para 13% [e] contribuindo para que mais turistas conheçam e consumam o nosso vinho”.

Na mira da CAP está igualmente o travão ao aumento de cerca de 10% no imposto sobre o álcool e as bebidas alcoólicas (IABA), com o qual o Executivo estima angariar uma receita adicional de quase 40 milhões de euros, e que se aplica à cerveja e às bebidas espirituosas, mas que penaliza também os vinhos licorosos portugueses, como é caso do Vinho do Porto.

Falando numa “manifestação evidente da gula fiscal” por parte do Governo liderado por António Costa, os agricultores pedem aos deputados que “travem este apetite por mais receita” e protejam um setor que “precisa de apoio, não de penalizações”, dramatizando mesmo que a tributação proposta no documento apresentado na semana passada “ameaça a sobrevivência destes produtos e dos territórios onde são produzidos”.

“Estas bebidas têm origem em uvas nacionais, algumas com reduzidíssimas produções, de castas que apenas ainda sobrevivem porque se destinam a servir de base a estes produtos. Estas bebidas, cuja tributação o Governo pretende agravar brutalmente, provêm de localizações que são paisagens protegidas ou classificadas: o Douro vinhateiro é Património da Humanidade, assim como o é a paisagem de vinha na ilha do Pico”, exemplifica a CAP.

No mesmo comunicado, a organização salienta que “na origem destas bebidas que nos deveriam orgulhar por serem produtos de excelência, distintivos e únicos no mundo, estão produtores que contribuem para a povoação e coesão social de territórios de baixa densidade ou insulares, fomentando o turismo, animando economias e empregos locais e contribuindo para evitar a desertificação e o abandono do território”.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

APPM Growth Infusion com três novas sessões para debater o marketing

A primeira sessão, sob o tema “Marketing e Estratégia – como executar e inovar”, decorre a 19 de outubro no Porto. Seguem-se outras a 9 de novembro (Lisboa) e 23 de novembro (Porto).

O APPM Growth Infusion Fórum regressa com três novas sessões para debater o setor do marketing. O objetivo da iniciativa passa por “reunir regularmente CMO’s e gestores de topo, convidados, a refletirem sobre temas da atualidade e relevância para as empresas“.

Naquele que pretende ser um “think tank pioneiro”, a Associação Portuguesa dos Profissionais de Marketing quer colocar em debate “temas relevantes e casos reais para diretores de marketing, administradores e gestores de topo“, baseando-se o modelo em metodologias da Harvard Business School, refere-se em nota de imprensa.

“Neste formato inovador, a partilha de conhecimento, experiências e boas práticas são fomentadas, na perspetiva do marketing ser o acelerador da estratégia, da inovação e da geração de valor nas organizações”, acrescenta-se.

A primeira sessão, sob o tema “Marketing e Estratégia – como executar e inovar”, decorre a 19 de
outubro no Porto, e os participantes são desafiados a discutir o que é uma boa estratégia de marketing, quão longo deve ser o longo prazo de um planeamento estratégico, ou como se pode inovar, entre outras questões que visam a “reflexão conjunta e a partilha de experiências” como forma de permitir “vislumbrar respostas”.

Os próximos encontros estão marcados para 9 de novembro (Lisboa), centrando-se no tema “Estratégias Smarketing – Como é que o Marketing e as vendas se podem orquestrar para que as organizações se pautem por atuações diferenciadas nos mercados?”, e para 23 de novembro (Porto), desta vez sobre o tema “Marketing e Clientes – como colocar os clientes no centro do negócio num mundo omnicanal?”.

O APPM Growth Infusion Fórum conta com o apoio da Salesforce enquanto patrocinadora.

Inscrições ou mais informações estão disponíveis no site da APPM.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

CGD arrecada 14 milhões em mais-valias com a venda do La Vie Funchal

  • Ana Petronilho
  • 16 Outubro 2023

O imóvel foi vendido no final de julho ao fundo imobiliário português CA Património Crescente por cerca de 60 milhões de euros, sabe o ECO.

A Caixa Geral de Depósitos (CGD) arrecadou 14 milhões de euros em mais-valias com a venda do centro comercial La Vie Funchal, localizado na cidade do Funchal.

O imóvel foi vendido no final de julho por cerca de 60 milhões de euros ao CA Património Crescente, o maior fundo imobiliário nacional com quase 1,2 mil milhões de euros sob gestão, que é comercializado pelo Crédito Agrícola e gerido pela Square Asset Management, sabe o ECO.

No relatório e contas da CGD do primeiro semestre lê-se que, nesse período, “destaca-se o reconhecimento de um ganho de 14,03 milhões de euros relativo à revalorização do valor de balanço do centro comercial La Vie, ajustado em função do preço acordado para a sua alienação, o que veio a concretizar-se em 27 de julho de 2023, com a celebração da respetiva escritura”.

Antes, o centro comercial estava nas mãos da CentroNovoFunchal, uma sociedade anónima detida em cerca de 50% pelo fundo HLP (de quem a ECS Capital é a sociedade gestora) e em cerca de 40% pelo Grupo Oitante, em conjunto com outros acionistas minoritários.

Considerado o principal centro comercial da Madeira, o La Vie Funchal conta com uma área de 16 mil metros quadrados, 68 lojas e 860 lugares de estacionamento. Os espaços comerciais – onde se incluem lojas de vestuário, um hipermercado, espaços de restauração e ainda um clube de fitness – estão totalmente arrendados.

A Square Asset Management tem vindo a investir em centros comerciais tendo comprado nos últimos cinco anos o Albufeira Terrace e o C.C.C. Portimão (ambos em 2017) e o CoimbraShopping (em 2018). Em 2019 comprou o portefólio Project Stone, quer era composto por quatro centros comerciais: o Minho Center, em Braga, o Gaia Jardim, em Vila Nova de Gaia, o centro comercial Continente Loures, em Loures, e o centro comercial Continente Telheiras, em Lisboa. No primeiro trimestre de 2020 comprou o Fórum Viseu e Fórum Castelo Branco, somando ainda várias aquisições de retail parks.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Meta lança centro de recursos para ajudar PME a anunciar na época natalícia

O centro de recursos da Meta foca-se em soluções de Inteligência Artificial e inclui dicas e recomendações para os profissionais de marketing aplicarem nas diversas plataformas da Meta.

A Meta, dona de redes sociais como o Facebook, Instagram ou WhatsApp, quer ajudar a impulsionar as vendas das pequenas e médias empresas portuguesas através do lançamento de um centro de recursos que visa permitir um melhor desempenho de marketing durante a época festiva que se avizinha.

“Este ano marca as primeiras celebrações natalícias em que os profissionais de marketing têm à sua disposição ferramentas amplamente capacitadas pela IA (inteligência artificial), desde a automatização à IA generativa. O novo centro de recursos pretende capacitar as empresas para um Natal impulsionado pela IA“, refere-se em nota de imprensa.

Focando-se em soluções de IA, este centro apresenta estatísticas, recomendações, recursos da Meta, estratégias criativas e ferramentas para encontrar novos públicos, incentivar mais clientes a comprar e impulsionar as compras de Natal.

Dentro dos instrumentos disponibilizados, a Meta lançou um “Guia da Época Festiva”, que é gratuito e inclui dicas e recomendações para os profissionais de marketing aplicarem nas diversas plataformas da Meta, com destaque para o Reels.

Além do Meta Advantage, que pode automatizar uma campanha publicitária de forma parcial ou total, a gigante tecnológica apresenta também o “Advantage+“, que permite aplicar automaticamente pequenas melhorias, como o ajuste de brilho, proporção e posicionamento de texto, sendo que “os anúncios que usam as melhorias de conteúdo padrão Advantage+ geraram 14% mais compras incrementais por cada euro gasto”, refere-se em comunicado, mencionando-se um estudo Meta de novembro de 2022.

Mais recente, e também baseado em IA, o “Advantage+ Audience” automatiza a seleção do público da publicação. As empresas que usaram esta ferramenta obtiveram, em média, uma redução de 28% no custo médio por clique, lead ou visita à página de destino, refere a mesma nota.

Segundo se adianta em comunicado, a Meta também já começou a lançar “os primeiros recursos generativos baseados em IA para criativos de anúncios no Ads Manager, que serão implementados até ao final do próximo ano, incluindo melhoramentos de imagens, geradores de imagem de fundo ou variações de texto”.

Apesar destes recursos serem implementados gradualmente, a Meta pretende aproveitar esta época natalícia para compreender quais ferramentas generativas de IA que os anunciantes e os consumidores consideram úteis“, acrescenta-se.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Da Jerónimo Martins à REN, são estas as empresas premiadas pelas “boas práticas de bem-estar”

  • Trabalho
  • 16 Outubro 2023

Na lista de galardoados da segunda edição dos Wellbeing Awards, estão a REN, a Jerónimo Martins e a Deco Proteste, mas também a Coverflex, a Milestone, a Capgemini e a Sanofi.

Já são conhecidos os vencedores da segunda edição dos Wellbeing Awards, prémios que distinguem as empresas portuguesas com melhores práticas de bem-estar. Na lista de galardoados, estão a REN, a Jerónimo Martins e a Deco Proteste, mas também a Coverflex, a Milestone, a Capgemini e a Sanofi.

Em causa está uma iniciativa da Workwell, empresa que é especializada na implementação de programas de bem-estar nas empresas, sendo que, na edição deste ano dos Wellbeing Awards, foram atribuídos prémios em sete categorias diferentes.

“No total foram entregues nove prémios que procuram destacar ações e programas desenvolvidos pelas organizações que promovem o bem-estar, a saúde e a felicidade dos seus colaboradores”, explica esta segunda-feira a empresa, que dá conta que recebeu mais de 100 candidaturas de empresas de vários setores.

Na categoria Best Wellbeing Program (melhor programa de bem-estar, numa tradução direta), os vencedores foram a DECO Proteste nas empresas até 250 colaboradores, a REN Redes Energéticas Nacionais nas empresas entre 251 e 1.000 colaboradores, e a Jerónimo Martins nas empresas com mais de 1.001 colaboradores.

Já na categoria Best Leadership and Culture of Wellbeing (melhor liderança e cultura de bem-estar), o prémio foi para a Sanofi – Produtos Farmacêuticos.

Por outro lado, na categoria Best Engagement and Communication of Wellbeing (melhor comunicação de bem-estar), o vencedor foi o Novo Banco.

Por sua vez, a Milestone arrecadou o prémio na categoria Best Mental e Emotional Health Strategy (melhor estratégia de saúde mental e emocional). E na categoria Best Physical Wellbeing Strategy (melhor estratégia de saúde física), destaque vai para a Capgemini Portugal.

A Workell realça que a Jerónimo Martins foi igualmente galardoada na categoria Best Musculoskeletal Health Program (melhor programa de saúde musculoesquelética), enquanto a Coverflex levou para casa o prémio da categoria Safest Psychological Workplace (espaço de trabalho mais seguro, em termos psicológicos).

“Os Wellbeing Awards surgem da necessidade de distinguir as organizações com políticas people first, e de promover intervenções de saúde, bem-estar e felicidade, baseadas em evidências científicas e em processos de qualidade”, lê-se na nota enviada esta segunda-feira às redações.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Fitch destaca importância de excedente primário “forte” para reduzir endividamento público em Portugal

  • Lusa
  • 16 Outubro 2023

Previsões da agência de rating apontam para um "ritmo mais lento de diminuição do excedente", de 0,5% do PIB este ano para 0,4% no próximo ano, e depois para 0,3% em 2025.

A Fitch está ligeiramente mais otimista do que o Governo sobre o crescimento da economia portuguesa e, apesar de alertar que existem riscos, destaca que a existência de excedentes primários fortes irá permitir a diminuição do endividamento.

Em declarações escritas à Lusa, o diretor da Fitch responsável pelos soberanos da Europa Ocidental Alex Muscatelli recorda que a agência de notação financeira melhorou a avaliação da dívida soberana portuguesa de ‘BBB+’ para ‘A-‘ no final do mês passado e o principal impulsionador foi a expectativa de que o rácio das administrações públicas/Produto Interno Bruto (PIB) continuasse numa tendência descendente acentuada.

“Terminámos as nossas projeções antes do início do processo orçamental e esperamos que o rácio da dívida caia para 100% no próximo ano, e depois para 96,5% até ao final de 2025, portanto, um perfil ligeiramente mais elevado para o rácio da dívida este ano e no próximo do que no plano orçamental”, assinala.

No entanto, salienta que no que diz respeito às perspetivas para a economia, a Fitch está “mais otimista do que o orçamento do governo em relação ao crescimento do PIB no próximo ano”, apontando para uma taxa de 1,8%.

Por outro lado, as previsões da agência “apontam para um ritmo mais lento de diminuição do excedente”, de 0,5% do PIB este ano para 0,4% no próximo ano e depois para 0,3% em 2025.

“Mas, como disse antes, as nossas projeções não incluem as medidas orçamentais propostas, que o Governo espera que aumente as despesas em cerca de cinco mil milhões de euros e reduza as receitas fiscais em termos líquidos em cerca de 400 milhões de euros em 2024”, explica.

O analista considera que existem riscos para as projeções quer do Governo, quer da agência.

“É claro que poderemos assistir a pequenos défices em vez de pequenos excedentes caso estes [riscos] se concretizem, mas enquanto o saldo primário apresentar um forte excedente, tal provocará uma diminuição do endividamento público”, disse.

Para o responsável da Fitch “existem, evidentemente, riscos para as finanças públicas, relacionados principalmente com os riscos de um abrandamento da economia mais rápido do que o esperado”.

Contudo, destaca que os principais fatores que impulsionam a dinâmica da dívida apontam para uma redução substancial da mesma.

“Em primeiro lugar, espera-se que o saldo primário, que é o saldo orçamental excluindo pagamentos de juros, permaneça fortemente positivo. Em segundo lugar, embora as taxas de juro aumentem, demora algum tempo para que o ‘stock’ da dívida seja refinanciado a taxas de juro mais elevadas”, aponta.

Neste sentido, espera que “a diferença entre o crescimento económico e a taxa de juro média da dívida, que é um fator-chave da dinâmica da dívida, continue positiva ao longo dos próximos anos, ainda que em muito menor grau do que no ano passado e neste ano”.

Na proposta do Orçamento do Estado para 2024 (OE2024), o Governo português prevê que a economia portuguesa cresça 2,2% este ano e 1,5% em 2024 e registe um excedente orçamental de 0,8% do PIB este ano e 0,2% no próximo.

Estima ainda que o rácio da dívida pública caia para 103% este ano, e se fixe nos 98,9% em 2024, situando-se abaixo de 100% pela primeira vez desde 2009.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Fintech Rauva reforça equipa de liderança com ex-quadro do Banco de Inglaterra

Tomás Oliveira da Silva junta-se à Rauva como Chief Risk Officer. Vem do Reino Unido, onde desempenhou funções na Autoridade de Regulação Prudencial do Banco de Inglaterra.

Tomás Oliveira da Silva reforça a equipa de liderança da Rauva como Chief Risk Officer (CRO). O português junta-se ao Chief Technology Officer (CTO) Maxence Cornet e ao CEO Jon Fath.

A Rauva reforçou a equipa de liderança com a entrada de Tomás Oliveira da Silva como Chief Risk Officer (CRO), num momento em que fintech, que fechou a compra do Banco Empresas Montepio por 35 milhões de euros, atravessa uma “fase de expansão e inovação”.

“A super-app da Rauva foi desenvolvida especificamente para tornar o empreendedorismo acessível a todos, facilitando o processo de gestão das finanças diárias e permitindo que as PME se concentrem no crescimento do seu negócio. Lançámos a aplicação há cinco meses e assinámos recentemente um acordo para a compra das ações do Banco Empresas Montepio, assegurando que o nosso lançamento em Portugal está bem encaminhado com a oferta de cada vez mais e melhores produtos e serviços. A conclusão da nossa equipa de liderança é fundamental para nos ajudar a concretizar esta visão”, diz Jon Fath, fundador e CEO da Rauva, considerado empreendedor do ano nos prémios atribuídos pela Startup Lisboa, citado em comunicado.

O novo Chief Risk Officer junta-se à equipa de liderança formada por Jon Fath (CEO) e Maxence Cornet (Chief Technology Officer) depois de mais de uma década no Reino Unido, onde, durante seis anos, desempenhou funções na Autoridade de Regulação Prudencial do Banco de Inglaterra. Licenciado em Economia e mestre em Economia Monetária e Financeira, Tomás Oliveira da Silva tem ainda no seu percurso o DF Capital Bank, banco especializado que oferece contas de poupança pessoais a particulares e produtos de financiamento comercial a PME britânicas.

“Estou entusiasmado por me juntar à Rauva, empresa que tenho vindo a seguir com grande interesse há algum tempo. A fintech conseguiu manter um foco claro nos seus objetivos e ambições, e está a avançar a um ritmo sem precedentes, um testemunho da sua liderança e de uma equipa multinacional dedicada. O seu recente acordo com o Banco Empresas Montepio, uma das primeiras aquisições deste tipo por empresas fintech a nível mundial, reflete essa ambição. Estou entusiasmado por fazer parte desta equipa”, afirma Tomás Oliveira da Silva, citado em comunicado.

Fundada em 2022, a Rauva afirma-se como uma super-app portuguesa para pequenas e médias empresas e freelancers, oferecendo uma solução integrada que permite realizar pagamentos, emitir cartões de débito, enviar faturas certificadas em conformidade com a Autoridade Tributária, gerir despesas, e ter o negócio acompanhado por especialistas, como advogados e contabilistas, segundo a fintech.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Situação de seca em Portugal continental diminuiu para metade em setembro

  • Lusa
  • 16 Outubro 2023

No final de setembro, a região Norte e parte do Centro já não se encontravam em situação de seca, enquanto a Sul, os distritos de Setúbal, Évora, Beja e Faro tinham ainda várias zonas em seca severa.

A área de Portugal continental em seca meteorológica diminuiu para metade em setembro face a agosto, de acordo com o último boletim climatológico, que mostra também uma diminuição da intensidade da seca ainda existente.

A região Norte e parte do Centro já não se encontram em situação de seca, enquanto a sul, os distritos de Setúbal, Évora, Beja e Faro têm várias zonas em seca severa.

No final de setembro, 54,9% do território estava em situação de seca, mas nenhuma área em seca extrema, ao contrário do que se verificava em agosto, com 97% de Portugal continental em seca, 27,1% da qual em situação extrema.

De acordo com o boletim, no final do mês passado, 11,3% do território estava em seca fraca, 26,9% em moderada e 17% em severa. O índice de seca varia entre chuva extrema e seca extrema.

De acordo com o boletim, o mês de setembro foi classificado como quente e chuvoso. A temperatura média do ar foi de 20,65 graus Celsius, mais 0,43 graus do que o valor normal, e também as temperaturas máximas e mínimas foram superiores ao normal.

O mês passado foi o 3.º setembro mais chuvoso desde 2000, com um total de 69,1 milímetros, correspondendo a 164% do valor normal.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Bastonária quer Marcelo a travar entrada em vigor da nova lei das Ordens Profissionais

As alterações aos estatutos das Ordens Profissionais foram aprovados na 6ª feira, em votação final global na Assembleia da República, depois do Governo ter alertado que teria de acontecer até dia 13.

A bastonária da Ordem dos Advogados, Fernanda de Almeida Pinheiro, defende que vai recorrer a Marcelo Rebelo de Sousa, de forma a travar a entrada em vigor da nova Lei das Associações Públicas Profissionais.

A líder dos 35 mil advogados classificou a aprovação do diploma como “terrorismo legislativo”.

As alterações aos estatutos das Ordens Profissionais foram aprovados na sexta-feira, em votação final global na Assembleia da República, depois de, no final de setembro, o Governo ter alertado que este tema tinha de estar fechado no parlamento até 13 de outubro de forma a não perder fundos do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR).

No final de setembro, o Governo alertou o parlamento para “a urgência da conclusão do procedimento legislativo” sobre as Ordens Profissionais, através de carta dirigida ao presidente da Assembleia da República.

O executivo detalhava que, para serem aprovados o terceiro e quarto pedidos de pagamentos no âmbito do PRR ainda este ano pela Comissão Europeia, estes tinham de ser submetidos no dia seguinte à aprovação da reprogramação do plano por parte do ECOFIN, ou seja, no dia 18 de outubro.

“A Ordem dos Advogados vai naturalmente, e porque está também muito preocupada com isto, recorrer a todos os meios que tem ao seu dispor para conseguir lutar contra esta situação. Como é evidente, conta, com certeza, com a ajuda do senhor Presidente da República, também está muito preocupado com esta situação, porque é evidente que nós percebemos perfeitamente que as pessoas têm de legislar, mas tem de legislar com seriedade. Nós não podemos legislar por legislar”, disse Fernanda de Almeida Pinheiro.

A bastonária da Ordem dos Advogados diz que não está a contar com o veto de Marcelo, mas sim “com o bom senso. O Governo e a Assembleia da República não têm nenhuma imposição nem do PRR, nem da União Europeia para mexer, como estão a mexer, nos atos próprios e no acesso à profissão. Isto não foi exigido nestes termos. Os próprios parlamentares do Grupo Parlamentar do PS, que estiveram presentes na audição da Ordem dos advogados, assim o disseram.”

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Universidade do Minho cria videojogo para treinar competências emocionais dos futuros enfermeiros

Projeto europeu liderado por Lisa Gomes, que resultou num jogo de realidade virtual para desenvolver competências emocionais nos estudantes de enfermagem, vai ser apresentado na Universidade do Minho.

A Escola Superior de Enfermagem (ESE) da Universidade do Minho vai juntar esta segunda e terça-feira 250 participantes de dez países no congresso internacional “Serious Games & Emotional Competence in Higher Education”. A iniciativa conclui o projeto europeu liderado pela professora Lisa Gomes, da ESE, que resultou num jogo de realidade virtual para desenvolver competências emocionais nos estudantes de enfermagem.

“A ideia do jogo é cativar pelas novas tecnologias os alunos e também os profissionais, tornando-os mais resilientes na sua prática clínica e estimulando os melhores cuidados em contextos múltiplos e exigentes”, explica Lisa Gomes, em comunicado.

Para a investigadora, o jogo virtual como instrumento pedagógico do Curso de Competência Emocional “preenche também a lacuna de cursos de Enfermagem nacionais e internacionais que enfatizavam a proficiência técnica, negligenciando o desenvolvimento crítico da inteligência emocional dos estudantes”.

Lisa Gomes, professora da Escola Superior de Enfermagem da Universidade do Minho

Lisa Gomes detalha que a “conceção do jogo de realidade virtual para elicitação de emoções é do género escape room, em que entramos numa casa, vemos uma jovem inanimada no chão e vamos obtendo pistas para saber o que sucedeu e aceder a outros espaços. De forma subtil, testamos as emoções, como medo, alegria, nojo e tristeza. Vamos tocar na mulher? Retirar a chave do lixo infestado de baratas? Atravessar a tábua suspensa? As reações corporais do jogador vão sendo avaliadas por um docente”, explica.

O projeto foi elaborado pelas Universidades do Minho, Génova (Itália), León (Espanha), Malta (Malta), Suceava (Roménia) e pelo Politécnico de Bragança (IPB), juntando desde 2020 mais de vinte peritos de saúde, educação, ciências sociais, psicologia, informática e engenharia.

Este consórcio “Serious Games for Nursing Students” foi financiado com 207 mil euros do Programa Erasmus+, resultando ainda num workshop para capacitar os docentes e num Curso de Competência Emocional, com 30 horas de casos clínicos, prática simulada e realidade virtual.

O congresso internacional “Serious Games & Emotional Competence in Higher Education” conta ainda com vinte oradores de países como Chile, EUA, Suíça e Países Baixos, além de 24 comunicações livres.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.