Falta de seguros atrasa repatriamento para britânicos em Gaza

  • ECO Seguros
  • 16 Outubro 2023

Governo britânico teve problemas na contratação de seguros para repatriar os cidadãos. Agora, está a cooperar com autoridades egípcias para os cidadãos regressarem ao Reino Unido a partir de Rafah.

Os cidadãos do Reino Unido em Israel viram os seus voos serem cancelados na passada sexta-feira devido a dificuldades do governo em contratar seguros, avançou o jornal britânico The Guardian.

Os cancelamentos ocorridos na sexta-feira revelaram que o governo britânico falhou na sua tentativa de organizar voos de repatriação, pois depararam-se com dificuldades em contratar seguros, informou uma fonte de aviação à agência PA News, escreve o jornal britânico. Para contornar o problema e transportar os nacionais britânicos para o Reino Unido, Londres recorreu a meios de transporte militares para evacuar os cidadãos, informa o Guardian.

Várias operadoras suspenderam as viagens entre Israel e o Reino Unido, após o ataque de militantes do Hamas a Israel, no sábado da semana passada. Entre as operadoras estão a British Airways, a Virgin Atlantic, a easyJet e a Wizz Air, lê-se no artigo.

No entanto, de acordo com o Ministério dos Negócios Estrangeiros britânico, um voo cedido ao governo britânico evacuou no final da passada sexta-feira cidadãos britânicos em Israel sem confirmar mais detalhes sobre o voo. “E espera-se que outros voos partam nos próximos dias”, informou um porta-voz do ministério.

As operações de repatriamento continuam e Londres está a contar com a cooperação das autoridades egípcias “para facilitar britânicos e cidadãos com dupla nacionalidade, os seus cônjuges e filhos, para abandonar Gaza por Rafah (cidade Palestina que faz fronteira com o Egipto), lê-se numa publicação do Ministério dos Negócios Estrangeiros britânico na rede social X (antigo Twitter).

Os voos de repatriamento organizados por Londres são destinados aos “cidadãos britânicos, incluindo cidadãos com dupla nacionalidade, e pessoas a cargo, se viajarem com um cidadão britânico normalmente residente no Reino Unido”, anunciou o ministério, na passada quinta-feira, citado pelo Guardian. Importa salientar que “para refletir os custos de operação de cada voo”, o governo vai cobrar 300 libras (346 euros) por bilhete, remata o jornal.

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Da Emirates à TAP, empresa de Ermesinde “voa” pelo mundo com roupa e sapatos

A portuguesa Skypro assegura anualmente o fornecimento de mais de 120 mil pares de sapatos e de meio milhão de peças de vestuário para as tripulações das principais companhias aéreas a nível mundial.

Fundada em 2004, a portuguesa Skypro, especializada em uniformes, veste e calça tripulações de todo o mundo. A empresa de Ermesinde, que emprega 30 pessoas, fatura 7,5 milhões de euros e tem como clientes companhias aéreas como a Emirates, NetJets, Norse, Royal Air Maroc, Crown Airlines, Saudi Airlines, TAP, Groundforce, Qatar Airways e FlyDubai.

A Skypro subcontrata a produção em empresas têxteis de Portugal, Marrocos, Bangladesh, Sri Lanka e Paquistão, sendo que 15% da produção é produzida em Portugal e 60% no território marroquino. No total, produz mais de 120 mil pares de sapatos por ano e meio milhão de peças de vestuário para mais de 40 clientes.

Há dois meses, a empresa de Ermesinde, que tem escritórios em Oeiras, no Dubai e em Atlanta, fez uma parceria com uma “das maiores empresas do mundo em workwear”. Está entre os finalistas para fornecer os uniformes para a Etihad e ganhou este ano um contrato para vestir os pilotos da Emirates. “Somos hoje uma player de referência global”, resume Jorge Pinto, fundador da Skypro, em declarações ao ECO/Local Online.

Fizemos uma parceria há dois meses com a Workwear Outfitters, que é uma das maiores empresas do mundo em workwear. A empresa precisa de ajuda da Skypro em corparative wear e estamos a dar suporte a esta grande empresa nos EUA para entrar neste segmento”, conta o fundador da Skypro, que em 2020 viu a empresa integrar o ranking de Europe’s Fastest Growing Companies do Financial Times.

Em Portugal trabalha com a TAP (calçado, cintos, luvas e carteiras), SATA, Groundforce, Hi Fly, com a NetJets em Oeiras e com a ANA. Além do setor da aviação, a Skypro fornece companhias de cruzeiro, a polícia da Suécia ou a Brussels Intercommunal Transport Company (STIB). A empresa fica responsável pelo design, engenharia de construção dos tecidos, produção e distribuição dos uniformes para cada trabalhador.

Do calçado aos uniformes

Jorge Pinto começou há quase duas décadas por ter duas lojas franchisadas da Lanidor, tendo aberto pouco tempo depois três lojas da Aerosoles na Grande Lisboa. Foi nessa altura que diz ter percebido que o calçado para uso profissional tinha bastante potencial e estava ainda por explorar.

“O Grupo Investvar Aerosoles produzia cinco milhões de pares de sapatos de conforto por ano e percebi que iam muitas pessoas às nossas lojas comprar sapatos para trabalhar e que havia aqui um nicho e uma oportunidade de negócio. Propus criar a Aerosoles Pro e vendemos os sapatos à TAP. No entanto, o grupo Aerosoles vai à falência em 2008 e nessa altura, para não ir também à falência, comecei a propor à TAP que me comprasse um sapato alternativo que criasse valor para a companhia. Em 2009, criei um sapato que não apitava nos detetores de metais dos aeroportos. Depois de alguma renitência, a TAP aceitou e criamos a marca Skypro”, recorda o empresário.

O Grupo Investvar Aerosoles produzia cinco milhões de pares de sapatos de conforto por ano e percebi que iam muitas pessoas às nossas lojas comprar sapatos para trabalhar e que havia aqui um nicho e uma oportunidade de negócio.

Jorge Pinto

Fundador da Skypro

Reclamando ter sido o responsável pelo “primeiro sapato do mundo certificado para a indústria da aviação”, que “hoje é um produto de referência para as companhias aéreas“, Jorge Pinto relata que, depois da aposta no calçado para uso profissional, e tendo Portugal um setor têxtil “absolutamente relevante” e com “muita capacidade”, decidiu em 2017 investir num projeto chamado Airlines Uniforms of the Future.

“Fizemos pesquisa sobre aquilo que poderia ser um uniforme ótimo para a aviação e começámos rapidamente a ter clientes e a produzir uniformes para companhias áreas”, destaca o gestor, que é formado em Economia pela Universidade Lusíada e que fez depois uma especialização em Finanças no Instituto Universitário de Lisboa (Iscte).

Reciclagem de uniformes

A economia circular é uma “pedra basilar” para a empresa nortenha, que avançou com um sistema para fazer a reutilização de uniformes. “É uma forma de ajudar as companhias aéreas a reciclarem os uniformes”, insiste o empreendedor.

A indústria têxtil a ser classificada como uma das mais poluentes do mundo, de acordo com um relatório da Moody’s Investors Service, publicado em 2021. Consciente da pegada carbónica, Jorge Pinto assegura que, a partir de 2026, “a Skypro só vai vender uniformes aos clientes que os aceitarem devolver os mesmos para serem reciclados”.

(Notícia corrigida às 18h15 para retirar a Lufthansa da lista de clientes. A empresa fez vendas pontuais à companhia aérea, mas não em termos de projeto)

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Unicorn Factory Lisboa prepara um Welltech no Arco do Cego

Na zona do Arco do Cego irá nascer um novo Innovation District, englobando o welltech e o Técnico Innovation Center by IST. O arranque está previsto até junho de 2024.

A Unicorn Factory Lisboa está a preparar o arranque de um Welltech hub, no Arco do Cego. Juntamente com o Técnico Innovation Center by IST, o espaço vai dar lugar ao novo Innovation District com abertura prevista para o primeiro semestre do próximo ano.

Com 700m2, o novo Welltech hub vai juntar empreendedores, investidores, investigadores, grandes empresas e especialistas nas áreas do bem-estar, saúde mental, nutrição e desporto, e estará pronto no primeiro semestre de 2024. Como todas as iniciativas da Unicorn Factory, o projeto procura criar uma comunidade coesa que permita posicionar a cidade como um ator relevante dessa indústria a nível europeu”, refere a autarquia em comunicado.

Desde o seu lançamento, a Unicorn Factory Lisboa já atraiu 54 empresas tecnológicas para Lisboa, das quais 12 com o estatuto de unicórnio, isto é, empresas com uma valorização de mil milhões de dólares. Em conjunto, anunciaram mais de 8.000 postos de trabalho na cidade. Este ano, já foram lançados oito programas de aceleração em áreas como saúde, energias renováveis, turismo e educação.

O Welltech hub é o mais recente hub da Unicorn Factory Lisboa a ser conhecido, depois do de gaming, anunciado em julho, havendo outros projetos para novos hubs temáticos na cidade.

O novo Welltech, a nascer no Arco Cego — no o Técnico Innovation Center, num investimento na ordem dos 12 milhões de euros, que abre em outubro — é um dos elementos da parceria com o Instituto Superior Técnico (IST), que passa pelo acolhimento no Hub Criativo do Beato — a casa da Unicorn Factory Lisboa –, do laboratório de investigação em robótica do IST e da Carnegie Mellon University.

“A missão da Unicorn Factory é produzir inovação disruptiva que crie empregos e gere valor para a cidade, especialmente para os jovens. Para isso, temos de saber aproximar o empreendedorismo da atividade científica para conseguir construir negócios que possam escalar de Lisboa para o mundo. A parceria com o IST, tanto no Beato como no Arco do Cego, permite-se fazer esta ligação entre cientistas e empreendedores”, diz Carlos Moedas, presidente da Câmara Municipal de Lisboa (CML), citado em comunicado.

Fábrica de unicórnios acolhe laboratório de robótica

Criado em 2010, em parceria com a Carnegie Melon University, o Interactive Tecnologies Institute (ITI), projeto financiado pela FCT e patrocinado pela Fundação Santander e pela Feedzai, vai acolher cerca de 90 alunos de doutoramento e 80 de mestrado.

“É com muito gosto que vejo o IST aliar-se ao projeto da CM Lisboa de tornar a Unicorn Factory num marco da cidade na atração de investimento, talento e inovação. O polo do IST através do Instituto de Tecnologias Interativas pretende contribuir para o sucesso desta importante e ambiciosa iniciativa através da ligação à investigação e desenvolvimento”, diz Rogério Colaço, presidente do IST, citado em comunicado.

“O ITI é uma unidade de investigação única no panorama português, combinando tecnologia, design e artes. Esta combinação é perfeita para dinamizar o projeto que a CML tem para a Unicorn Factory. Aumentar a pool de talento para as áreas do digital replicando em Lisboa o exemplo desta área interdisciplinar onde a nossa instituição mentora de Carnegie Mellon foi pioneira. Estamos num momento em que é cada vez mais importante questionar o que devemos fazer com a tecnologia digital que é claramente a tecnologia de escala deste século”, diz, por seu turno, o responsável do ITI, Nuno Jardim Nunes.

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Há 2.000 bolsas para quem quiser aprender a dominar o ChatGPT

  • Trabalho
  • 16 Outubro 2023

O Santander acaba de abrir candidaturas para 2.000 bolsas para quem queira aprender a dominar o ChatCPT. Não é preciso ser cliente do banco e, no final, é atribuído um certificado de conclusão.

Quer aprender a dominar o ChatGPT? O Santander acaba de lançar duas mil bolsas para quem queira aprender sobre esta que é uma das ferramentas de inteligência artificial mais populares do momento. As candidaturas estão abertas até 23 de outubro e devem ser feitas online.

“Respostas inteligentes, solução de problemas, produção de conteúdo e muito mais. Se já ouviu falar das vantagens do ChapGPT mas ainda não sabe aplicá-lo ao seu dia a dia, solicite uma das 2.000 bolsas de estudo disponíveis“, anunciou esta segunda-feira o banco, que detalha que não é necessário ter um título universitário, bem ser cliente do Santander.

Estas bolsas destinam-se a maiores de 18 anos, residentes num dos seguintes 11 países: para além de Portugal, Alemanha, Argentina, Brasil, Chile, EUA, Espanha, México, Polónia, Reino Unido e Uruguai.

“Os participantes têm acesso a dois cursos online, que estarão disponíveis em português, espanhol e inglês”, salienta o Santander.

Um dos cursos visa disponibilizar aos beneficiários ferramentas para aplicar no dia-a-dia, “aprendendo a maximizar a produtividade através do prompt engineering, gerar novas ideias e conteúdos específicos, como guiões, traduções ou publicações para as redes sociais, entre outros”.

Já o outro disponibilizará conceitos fundamentais e explicará como implementá-los no contexto empresarial. “Desta forma, aprendem a obter resultados impactantes, automatizar e otimizar processos, maximizar a segurança e a proteção de dados, realizar estudos de mercado e conceber modelos de negócio”, sublinha o banco.

Importa explicar que os cursos são certificados pela Udemy e têm uma duração entre 8 e 11 horas. São gratuitos e, no final, é atribuído um certificado de conclusão.

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Região da Madeira repete prémio de melhor destino de cruzeiros da Europa

Governo regional destaca que distinção nos World Cruise Awards vai "estimular a procura" e manter a região portuguesa "no topo das preferências do turismo de cruzeiro internacional”.

Pelo segundo ano consecutivo, a Madeira consegue alcançar o prémio de Melhor Destino de Cruzeiros. A decisão foi anunciado durante uma cerimónia que decorreu no Dubai, sendo que Atenas, Barcelona, Dubrovnik, Kotor, Lisboa, Londres, Monte Carlo, Nice e Oslo estavam igualmente na lista de nomeados.

Os World Cruise Awards foram atribuídos, pela primeira vez, em 2021. No decorrer destas três edições, estes prémios ficaram sempre em Portugal: depois da vitória de Lisboa na edição inaugural, a Madeira arrecadou esta distinção nos dois últimos anos.

“Esta distinção é para nós, e para a região, um grande orgulho, refletindo o sucesso da estratégia levada a cabo pelo Governo Regional da Madeira, através da APRAM, reconstruindo a confiança dos turistas de cruzeiros, estimulando a procura e mantendo a região no topo das preferências do turismo de cruzeiro internacional”, afirma Rui Barreto, secretário regional da Economia, que tutela os portos da Madeira.

Em comunicado, o responsável destaca que este prémio “vai certamente trazer frutos bastante positivos para o futuro e é, sem dúvida, um estímulo para as equipas e um reconhecimento do trabalho que tem sido feito por todos os agentes do setor”. “É também um prémio para os madeirenses que acompanham com gosto a presença do turismo de cruzeiros na nossa região, sobretudo em alturas como o final do ano, quando tradicionalmente, são batidos recordes de visitas e estadias”, acrescenta.

Na época alta de 2022-2023, os Portos da Madeira registaram um movimento de 557.824 passageiros, contra os 284.056 na época anterior, o que representa um crescimento de 104% relativamente ao período homólogo. De 1 de setembro de 2022 a 31 de maio de 2023, registaram-se 286 escalas, menos oito que na época anterior, de acordo com números avançados pelos Portos da Madeira.

Nos World Travel Awards, criados em 1993 e considerados os “Óscares do turismo”, a Madeira já conquistou por oito vezes o galardão de “Melhor Destino Insular da Europa” e por sete vezes, o de “Melhor Destino Insular do Mundo”.

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Governo abre concurso para contratar mil técnicos superiores. Saiba como concorrer

As candidaturas podem ser submetidas a partir desta sexta-feira, dia 20, no portal do Emprego Público. O procedimento será realizado anualmente. Saiba quais são as regras para concorrer.

O Governo vai abrir um concurso público para contratar uma reserva de mil técnicos superiores para a Administração Pública. As candidaturas podem ser submetidas a partir desta sexta-feira, dia 20, no portal do Emprego Público, segundo um comunicado do Ministério da Presidência divulgado esta segunda-feira. Este procedimento será realizado anualmente.

“Será lançado no próximo dia 20 de outubro um procedimento concursal centralizado que visa a contratação futura de mil novos técnicos superiores para suprir as necessidades dos serviços da Administração Pública”, de acordo com a mesma nota.

O Ministério da Presidência, que tutela a Função Pública, revela que este “procedimento concursal centralizado será realizado anualmente, de acordo com as necessidades sinalizadas pelos serviços”, com o objetivo de “atrair recursos humanos qualificados e revitalizar o corpo técnico da Administração Pública”.

Este procedimento permite a constituição de reservas de recrutamento de licenciados para determinados perfis profissionais, que podem ser consultados no site www.empregopublico.gov.pt, e que são transversais a todas as áreas da Administração Pública. No caso do concurso deste ano, são necessários técnicos superiores para as áreas jurídica, económica, financeira, de gestão patrimonial e de planeamento, controlo e avaliação de políticas públicas.

“A candidatura será feita exclusivamente online, no portal do Emprego Público, permitindo aos interessados, através da apresentação de uma única candidatura, concorrer a vários postos de trabalho em diferentes órgãos e serviços”, de acordo com o comunicado do Ministério tutelado por Mariana Vieira da Silva.

As reservas de recrutamento podem ser utilizadas para a contratação de trabalhadores na modalidade de contrato de trabalho em funções públicas, por tempo indeterminado ou a termo resolutivo, desde que os candidatos manifestem disponibilidade para ocupar esses postos de trabalho.

“Procurando estimular a participação de jovens recém-licenciados nos processos de recrutamento da Administração Pública, os concursos centralizados serão lançados anualmente após ser recolhida a informação relativa as necessidades dos serviços e conclusão do ano letivo”, lê-se na mesma nota.

Saiba como concorrer

O concurso tem duas fases distintas:

  1. A primeira etapa passa pela constituição de uma reserva de recrutamento, mediante a realização de uma prova de conhecimentos e uma avaliação psicológica. A classificação dos candidatos aprovados é válida durante 18 meses ou um ano e meio a contar da homologação da lista de ordenação final;
  2. A segunda fase é relativo ao procedimento de oferta de colocação, no qual os candidatos admitidos à reserva de recrutamento têm a oportunidade de se candidatar aos postos de trabalho publicitados pelos empregadores públicos no âmbito da reserva criada e, através da entrevista de avaliação de competências, podem vir a constituir vínculo de emprego público.

Como candidatar-me à reserva de recrutamento?

– Aceder ao portal do Emprego Público;
– Realizar o registo;
– Selecionar a oferta;
– Preencher o formulário eletrónico;
– Submeter a candidatura.

Qual o prazo para submissão das candidaturas?

O prazo é de 10 dias úteis contados da publicitação do aviso de abertura em Diário da República.

O que acontece depois?

Terminado o prazo de submissão das candidaturas, o júri verifica os requisitos de admissão exigidos. Os candidatos excluídos são notificados para audiência, no prazo de 10 dias úteis. Por razões de celeridade procedimental, o júri pode convocar, para a realização da prova de conhecimentos, os candidatos que tenham exercido o seu direito à audiência, ficando a avaliação das provas condicionada à decisão final do júri.

O que é a prova de conhecimentos?

A prova de conhecimentos é um método de seleção que avalia os conhecimentos académicos e/ou profissionais e a capacidade para os aplicar em situações concretas em contexto de trabalho.

A quem se aplica a prova de conhecimentos?

A todos os candidatos admitidos ao procedimento concursal centralizado.

Como preparar-me?

Através da consulta das áreas temáticas e da bibliografia de suporte constante da ata nº 1 do júri do procedimento, disponível no portal do Emprego Público.

O que preciso para ser aprovado?

Tem de obter um mínimo de 9,50 valores na prova de conhecimentos, de modo a ser convocado para avaliação psicológica.

O que é a avaliação psicológica?

É o método de seleção que avalia aptidões, características de personalidade e/ou competências comportamentais dos candidatos, tendo por base o perfil de competências predefinido.

A quem se destina?

Aos candidatos aprovados na prova de conhecimentos, a convocar pelo júri por ordem decrescente de classificação, respeitando a prioridade legal da sua situação jurídico-funcional.

Quando apresento a minha candidatura a um posto de trabalho?

Constituída a reserva de mil técnicos superiores, estes terão depois de se candidatar a uma oferta de emprego público. De salientar que a lista final dos que foram aprovados para a reserva de recrutamento é válida durante 18 meses ou um ano e meio. Os órgãos ou serviços da Administração Pública que pretendam contratar trabalhadores com os perfis profissionais identificados na reserva de recrutamento comunicam à ERC (Entidade Reguladora da Comunicação Social) essa intenção, que terá a responsabilidade de publicar a oferta. Os que passaram à fase da reserva têm três dias para se candidatar às ofertas,no portal do Emprego Público, através do preenchimento de formulário específico.

Posso ser excluído da reserva de recrutamento, caso não me candidate?

Sim. A não apresentação de candidatura, a ofertas de colocação, no prazo de um ano da homologação da lista final da reserva determina a exclusão do candidato da reserva de recrutamento.

E se for excluído da lista de colocação da oferta?

Os candidatos excluídos ou não colocados permanecem na lista de ordenação final da reserva durante 18 meses, contados a partir da data de homologação, podendo candidatar-se a novas ofertas de colocação.

O que acontece se aceitar um vínculo a termo resolutivo (certo ou incerto)?

Os candidatos colocados em postos de trabalho a termo resolutivo podem regressar à reserva após a caducidade do contrato celebrado, desde que aquela ainda se encontre válida. Podem também ser opositores a procedimentos para ocupação de postos de trabalho idênticos por tempo indeterminado, no órgão ou serviço onde exercem funções.

(Notícia atualizada às 12h46)

 

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André Domingues e Ana Banha integram nova equipa comercial de A Bola

A Bola conta com uma nova equipa comercial. Recentemente os títulos da Sociedade Vicra Desportiva mudaram de mãos, passando a integrar o RingierSports Media Group.

Recentemente comprada pelo grupo suíço Ringier Sports Media, a Bola renovou a sua equipa comercial, tendo contratado André Domingues enquanto head of sales and partnerships. Ana Nunes Banha também integra a equipa como account manager.

Contando com mais de 15 anos de experiência em vários grupos de media nacionais, André Domingues já trabalhou com anunciantes como a Meo, Nos, Stellantis, Renault, Mercedes Benz, Reckitt Benckiser, McDonald’s ou Continente. Agora, depois de abandonar a Cofina, diz que abraça este desafio “com um sentido de missão” e considera um “privilégio ter esta oportunidade”.

“A marca A Bola é de facto uma marca histórica do nosso mercado em que todos gostaríamos de trabalhar”, afirma citado em comunicado.

Por sua vez, Ana Nunes Banha conta com 11 anos no Grupo WPP, tendo trilhado o seu percurso na Mindshare com a estratégia de conteúdos em social media e trabalhando marcas como a Pernod Ricard, Lactogal e Volvo. Passou depois pelo GroupM, onde trabalhou marcas como a FOX, Esc Online, Volvo, Sanofi, ou L’Oréal.

“A minha última função de branded content specialist foi um desafio que me levou a caminhar ao lado de marcas como a Galp, Coca-Cola, Bayer, Auchan e Danone, com o objetivo de transmitir os valores das mesmas e potenciar a ligação com o target. Iniciar esta aventura com A Bola é, para além de um orgulho, a garantia de um caminho de transformação profissional tão desafiante, quanto entusiasmante”, diz a nova account manager de A Bola.

Recorde-se que o jornal A Bola e os restantes títulos da Sociedade Vicra Desportiva mudaram recentemente de mãos, passando a integrar o RingierSports Media Group, grupo que investe no setor dos media desportivos. Está em curso um processo de despedimento coletivo. Oos colaboradores aguardam as razões subjacentes a esta decisão do grupo Ringier.

Esta ação deve atingir cerca de 80 trabalhadores, entre cerca de 40 jornalistas e outros profissionais como paginadores, informáticos ou contabilistas.

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Portugueses participam mais em formação do que a média da UE

As regiões portuguesas estão longe dos bons resultados observados, por exemplo, na Suécia, mas conseguem superar a média comunitária, no que diz respeito à participação de adultos em formação.

Todas as regiões de Portugal continental superam a média da União Europeia (UE) no que diz respeito à fatia de adultos que participam em ações de formação e educação, mostram os dados divulgados esta segunda-feira pelo Eurostat. Portugal está longe dos bons resultados registados nas regiões do norte do Velho Continente, mas consegue, ainda assim, ultrapassar, por exemplo, várias regiões francesas, italianas e até alemãs.

“Em 2022, 96 das 240 regiões registaram taxas de participação em linha ou acima da média da UE, que se fixou em 11,9%. Nesse grupo, estão incluídas todas as regiões da Dinamarca, Espanha, Holanda, Áustria, Eslovénia, Finlândia e Suécia, bem como Estónia, Luxemburgo e Malta”, destaca o Eurostat.

Em Portugal, a maioria das regiões conseguiram taxas de participação dos adultos em formação e educação acima da média comunitária. No Norte, esse indicador fixou-se em 12,3%, no Centro em 14,6%, na Área Metropolitana de Lisboa em 16,2%, no Alentejo em 13,1% e no Algarve em 13,5%. Já nos arquipélagos, as taxas ficam abaixo da média da UE: 8,8% nos Açores e 9% na Madeira.

Embora as regiões portuguesas consigam superar, na sua maioria, a média da UE, ficam longe dos resultados obtidos em países como a Suécia. “Em oito regiões da Suécia, as taxas de participação foram as mais altas de todas as regiões da UE, com um máximo de 38,1% verificado em Estocolmo”, realça o gabinete de estatísticas. Entre as regiões com as taxas mais elevadas do bloco comunitário, estão também cinco da Dinamarca e nove da Holanda.

No total, das 240 regiões observadas, 24 contabilizaram, pelo menos, um quarto dos adultos envolvidos em ações de formação e educação.

Por outro lado, em 29 regiões a taxa de participação nem chegou aos 5% em 2022, nomeadamente em todas as regiões da Bulgária. Também a Grécia compara mal: em dez das suas 12 regiões, menos de cinco em cada cem adultos participaram em formação educação. Na base da tabela, estão ainda três das quatro regiões da Croácia, cinco regiões da Polónia, três da Roménia, uma na Bélgica e outra na Alemanha.

Os dados divulgados pelo Eurostat permitem perceber ainda que a fatia de mulheres a participar em educação e formação foi superior à dos homens: 12,9% contra 10,8%.

Numa altura em que por efeito dos avanços tecnológicos o mercado de trabalho está em transformação, a formação e educação tem conquistado especial relevância, de acordo com os especialistas. Em Portugal, é obrigatório o empregador dar 40 horas anuais de formação ao trabalhador, mas ainda há muitas empresas que não cumprem essa norma.

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Crédito ao consumo corrige 3,5% em agosto. Há cinco meses que está em queda

O montante de novos contratos de crédito ao consumo está em queda há cinco meses consecutivos. A pressão tem vindo sobretudo do crédito pessoal. Só em agosto, contraiu 11% face a agosto de 2022.

Os portugueses estão a recorrer cada vez menos ao crédito ao consumo. Em agosto, o montante dos novos contratos registou uma queda homóloga de 3,5% face a agosto de 2022, atingindo os 648,5 milhões de euros, de acordo com dados divulgados esta segunda-feira pelo Banco de Portugal. Foi o quinto mês consecutivo de taxas negativas — apesar de registar um aumento de 4,6% face a julho.

A pressionar a contratação do crédito ao consumo tem estado particularmente o crédito pessoal. Só em agosto, o montante dos novos contratos de crédito pessoal ascenderam a 286,7 milhões de euros, menos 11,3% face a agosto de 2022. Desde abril que regista uma contração homóloga média mensal de 12,2% e desde novembro do ano passado só em janeiro não registou uma queda.

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Também em queda tem estado o crédito solicitado através de cartões de crédito, linhas de crédito, contas correntes bancárias e facilidades de descoberto. Em agosto, os novos montantes deste tipo de crédito contabilizara 648 milhões de euros, menos 3,5% face a agosto de 2022. Foi também o quinto mês de contração.

Em contraciclo permanece o crédito automóvel, que desde março regista uma taxa homóloga média de 6,39% dos montantes dos novos contratos. Em agosto, segundo dados do Banco de Portugal, os novos contratos de crédito automóvel contabilizaram 255 milhões de euros, mais 5,45% face a agosto de 2022.

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Fundo Ambiental tem dois milhões em apoios para pequenas centrais de biomassa

Aviso visa ajudar projetos de geração de energia à escala local para soluções de pequenas centrais que valorizem a biomassa em territórios com elevado risco de incêndio rural.

O Fundo Ambiental vai apoiar com dois milhões de euros os projetos de geração de energia à escala local em pequenas centrais de biomassa, instaladas em 19 concelhos.

De acordo com a nota divulgada esta segunda-feira, este aviso “pretende apoiar a criação de soluções para a valorização da biomassa em territórios com elevado risco de incêndio rural“. Com esta ajuda, argumenta o Ministério do Ambiente e da Ação Climática, será possível não só “dinamizar a economia local”, através da criação de postos de trabalho qualificados, como também a criar “relações duradouras” entre produtores florestais e empresas locais produtoras de sobrantes.

As candidaturas estão abertas até 30 de novembro e a taxa de financiamento será de 100%. O gabinete de Duarte Cordeiro adianta que os apoios incluem ainda a formação e qualificação de emprego na área da energia da biomassa e a instalação dos equipamentos necessários para a produção de energia local em pequena escala.

Além disso, as ações de divulgação e sensibilização à população para aproveitamento dos sobrantes e as soluções para a gestão e recolha de sobrantes das explorações florestais, que contribuam para a eficiência do armazenamento e transporte da biomassa, por forma a otimizar rotas e prazos de recolha, permitindo uma monitorização do armazenamento nos pontos de recolha também farão parte da ajuda.

A nota informa ainda que as autarquias locais e comunidades intermunicipais incluídas nos três projetos-piloto no âmbito do Plano Nacional de Gestão Integrada de Fogos Rurais, nomeadamente, os municípios da região do Alto Tâmega, de Coimbra e do Algarve: Boticas, Chaves, Montalegre, Ribeira de Pena, Valpaços, Vila Pouca de Aguiar, Arganil, Coimbra, Góis, Lousã, Miranda do Corvo, Pampilhosa da Serra, Penela, Aljezur, Lagos, Monchique, Portimão, Silves e Vila do Bispo.

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Firmas no Reino Unido preocupadas com aumentos de custos devido à inflação

A pressão sobre os custos devido à elevada inflação e a incapacidade de transferir os encargos para os clientes através dos preços estão entre as preocupações das firmas britânicas.

A pressão sobre os custos devido à elevada inflação e a incapacidade de transferir os encargos para os clientes através dos preços estão entre as maiores preocupações dos 100 maiores escritórios de advogados do Reino Unido, avança o Financial Times. Esta pressão surge numa altura que as horas faturáveis das firmas estão a diminuir em todos os setores.

Segundo o estudo da PwC revelado pelo jornal britânico, tanto os custos com o pessoal e com as funções de apoio estão a crescer a um ritmo mais rápido do que as receitas provenientes dos honorários. Volatilidade macroeconómica e ameaças digitais são também algumas das preocupações.

As horas cobradas ​​pelos escritórios caíram 8,3% para os sócios nas maiores empresas em termos de receita. Apesar das pressões sobre os custos, as empresas do Reino Unido tiveram de acompanhar o ritmo dos seus rivais norte-americanos, que têm postos avançados em Londres e têm vindo a contratar de forma agressiva.

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Sandra Maximiano confirma ter sido convidada para presidente da Anacom

O Ministério das Infraestruturas nomeou economista e professora do ISEG para suceder a João Cadete de Matos. Ainda precisa do parecer do Parlamento para ocupar a posição.

Sandra Maximiano confirma ter sido convidada pelo Governo para desempenhar o cargo de presidente da Anacom, sucedendo a João Cadete de Matos. A informação tinha sido avançada no domingo à noite pelo comentador Luís Marques Mendes.

Contactada pelo ECO, a economista e professora associada do ISEG revelou que foi convidada há já alguns meses, mas referiu que ainda não foi formalmente indigitada. Confirmando a informação avançada pelo comentador este domingo, Sandra Maximiano recordou também que é necessário parecer positivo da Comissão de Recrutamento e Seleção para a Administração Pública (CReSAP) e da Assembleia da República.

De acordo com Luís Marques Mendes, o nome já está mesmo a ser avaliado pela comissão que determina se as personalidades nomeadas para altos cargos públicos são adequadas à função. Além do crivo da CReSAP, a professora também terá de se sujeitar ao escrutínio dos deputados na Assembleia da República. Para a nomeação se efetivar, a comissão de economia também tem de emitir um parecer, após a audição, que, não sendo vinculativo, é geralmente respeitado pelo Governo.

O ECO tem vindo a questionar o Ministério das Infraestruturas sobre a liderança da Anacom há já vários meses, mas o gabinete de João Galamba não tem respondido. O ECO enviou novas questões à tutela este domingo e insistiu já esta segunda-feira de manhã, mas o Ministério não confirmou nem desmentiu a nomeação, referindo apenas que responderá por email se houver alguma coisa a dizer. Ou seja, para todos os efeitos, a escolha ainda não é oficial.

É licenciada em Economia pelo ISEG, onde também fez mestrado, e doutorou-se na Universidade de Amesterdão. Deu aulas na Universidade de Purdue e já deu em Chicago. Em 2013, numa entrevista ao Jornal de Negócios, disse, a propósito do trabalho na Universidade de Purdue: “Tenho um colchão no gabinete, como a maior parte das pessoas. Por vezes ficamos uma noite inteira a trabalhar. […] Já cheguei a estar a trabalhar a noite inteira, a seguir ir dar aulas e só dormir depois das aulas, um bocadinho.”

Na mesma entrevista, revelou: “No meu doutoramento, em Amesterdão, estive uma vez 72 horas sem dormir para acabar um paper que teria de ser enviado. Já não consigo fazer 72 horas, consigo fazer 48 e qualquer coisa. […] Hoje, se vou correr duas ou três horas, fico com uma sensação tremenda de culpa.”

Além da vida académica, Sandra Maximiano escreve mensalmente uma coluna de opinião no Expresso sobre variados temas ligados à economia e à sociedade. Alguns dos seus artigos recentes publicados no Expresso incluem “Como combater o vício das raspadinhas?”, “Como acabar com salários baixos?” e “Faz sentido que os CEO ganhem uma fortuna?”. No ano passado, a professora escreveu ainda sobre a semana de quatro dias de trabalho e a reforma do Serviço Nacional de Saúde (SNS), por exemplo.

Na sua página de autora no jornal, indica ainda: “Sou economista mas raramente escrevo sobre a dívida e o défice, conduzo antes experiências para analisar o comportamento dos agentes económicos.” “Escrever opinião é um modo de analisar de fora o que se passa cá dentro”, acrescenta.

O perfil está em linha com o que era esperado pelas operadoras de telecomunicações, segundo o que vinha a ser dito ao ECO por várias fontes do setor, que falavam na possibilidade de o Governo escolher uma académica para ocupar esta função. A lei prevê a alternância de género, pelo que teria sempre de ser uma mulher.

Em maio, no congresso anual da Associação Portuguesa para o Desenvolvimento das Comunicações (APDC), o ministro João Galamba tinha traçado o perfil do que pretende que seja a próxima era de liderança da Anacom: “Para o futuro, espero um setor onde haja lugar à crítica e ao diálogo construtivos, ao respeito institucional e à procura equilibrada de soluções para o desenvolvimento do setor e para a defesa dos consumidores, procurando sinergias e melhorando processos produtivos.”

“É nestas linhas que devemos desenhar e executar a política de comunicações que o país necessita, com envolvimento de operadores e autarquias e o papel importante do regulador como fonte de estabilidade no setor”, disse, na altura, o ministro da tutela.

(Notícia atualizada pela última vez às 11h48)

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