Incêndio em Almodôvar com três frentes obriga ao corte da A2

  • Lusa
  • 26 Julho 2023

O “trânsito na A2 já foi restabelecido no sentido sul-norte, mas continua cortado no sentido norte-sul”, segundo a Brisa.

Um incêndio em zona de mato, eucaliptos e pinhal está a ser combatido por 130 operacionais e sete meios aéreos, no concelho de Almodôvar (Beja) e obrigou ao corte da Autoestrada 2 (A2), disse fonte da Proteção Civil.

Segundo a fonte do Comando Sub-Regional de Emergência e Proteção Civil do Baixo Alentejo, o incêndio que está a lavrar na zona da freguesia rural de Santa Clara-a-Nova e Gomes Aires – Monte dos Medronhais, estava às 14:33 a ser combatido por 130 operacionais, apoiados por 40 veículos e sete meios aéreos.

A mesma fonte indicou que o alerta foi dado pelas 12:02, e que o incêndio contava pelas 14:33 com “três frentes ativas”. “Os acessos e os ventos fortes favoráveis ao incêndio são os principais problemas com que se deparam no terreno os operacionais”, acrescentou a mesma fonte.

A Proteção Civil disse ainda à Lusa que o incêndio obrigou ao corte da A2 na zona de Almodôvar. Em comunicado, a Brisa Autoestradas especificou às 14:04 que “o trânsito na A2 estava cortado no nó de Almodôvar, em ambos os sentidos”. No entanto, às 14:40, indicou que o “trânsito na A2 já foi restabelecido no sentido sul-norte, mas continua cortado no sentido norte-sul”.

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Presidente confirma tentativa de golpe no Níger

  • Lusa
  • 26 Julho 2023

Presidente Mohamed Bazoum escreveu que alguns elementos da guarda presidencial se envolveram numa "manifestação antirrepublicana" e tentaram em vão obter o apoio das outras forças de segurança.

O Presidente do Níger denunciou uma tentativa de golpe de Estado esta quarta-feira por parte de elementos da guarda presidencial e garantiu que o exército ripostará se não recuarem. Na sua conta na rede social X (ex-Twitter), o Presidente Mohamed Bazoum escreveu que alguns elementos da guarda presidencial se envolveram numa “manifestação antirrepublicana” e tentaram em vão obter o apoio das outras forças de segurança.

Na mesma mensagem, Bazoum assegura que ele e a sua família estão bem, mas o exército e a guarda nacional estavam prontos para atacar se os envolvidos não mudassem de ideias. Desconhece-se ainda o que desencadeou este movimento, mas as ruas em redor do palácio presidencial na capital, Niamey, foram bloqueadas, bem como alguns ministérios.

Bazoum foi eleito Presidente há dois anos, na primeira transferência pacífica e democrática de poder desde a independência do país de França, em 1960. A ex-colónia francesa foi palco de quatro tentativas de golpe de estado, com o primeiro em abril de 1974, contra o Presidente Diori Hamani, e o último em fevereiro de 2010, que derrubou o Presidente Mamadou Tandja.

Bazoum frustrou uma tentativa de golpe de Estado dias antes de tomar posse. O Níger é um país parceiro privilegiado da França no Sahel assolado pela violência fundamentalista islâmica em várias partes do seu território. A história deste país vasto, pobre e desértico, tem sido pontuada por golpes de estado.

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Banco de Fomento duplica dotação do Programa de Venture Capital para 400 milhões de euros

Devido à "elevada qualidade" das candidaturas, o Banco Português de Fomento decidiu duplicar a dotação do Programa de Venture Capital de 200 para 400 milhões de euros.

O Banco Português de Fomento (BPF) aumentou a dotação do Programa de Venture Capital, um dos programas de investimento do Fundo de Capitalização e Resiliência (FdCR), de 200 milhões de euros para 400 milhões de euros. O anúncio do aumento surge devido à “elevada qualidade das candidaturas” e depois da aprovação por parte da Estrutura de Missão Recuperar Portugal, esclarece o BPF em comunicado. Inicia-se agora a fase de due diligence com candidatos.

“O Programa de Venture Capital, gerido pelo BPF e criado no contexto do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) nacional, recebeu 44 candidaturas, com intenções de investimento superiores a 877 milhões de euros, tendo o BPF (após análise e processo de seleção inicial) notificado todos os candidatos, para, ao abrigo do direito a audiência prévia, e caso assim o entendessem, se pronunciarem”, indica a instituição.

O BPF terminou o período de avaliação das várias pronúncias apresentadas pelos candidatos ao Programa de Venture Capital, tendo iniciado a fase de due diligence, na qual foram solicitadas informações adicionais aos candidatos. Recebida a informação e concluída a sua análise, o BPF divulgará e emitirá a classificação e ordenação final das operações elegíveis ao abrigo do referido Programa.

Os dados de execução dos programas e medidas, sob gestão do Banco Português de Fomento, ao abrigo do PRR, podem ser consultados no site do Banco Português de Fomento.

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Marcelo veta diploma sobre tempo congelado dos professores

Presidente da República decidiu chumbar o decreto do Governo que visa corrigir os efeitos assimétricos decorrentes dos dois períodos de congelamento das carreiras dos professores.

O Presidente da República vetou o diploma que visa corrigir os efeitos assimétricos decorrentes dos dois períodos de congelamento das carreiras dos professores. Apesar de reconhecer “aspetos positivos”, Marcelo Rebelo de Sousa aponta a “frustração da esperança dos professores ao encerrar definitivamente o processo” e considera que a solução encontrada pelo Governo cria “uma disparidade de tratamento entre o Continente e as Regiões Autónomas dos Açores e da Madeira”, refere numa nota publicada no site da Presidência.

Em causa está o decreto-lei, aprovado em maio, que pretende corrigir as assimetrias decorrentes do período de congelamento das carreiras dos educadores de infância e dos professores do pré-escolar, do ensino básico e secundário, dado que as carreiras da Administração Pública estiveram congeladas entre 2005 e 2007 e entre 2011 e 2017, num total de nove anos e quatro meses.

Em 2019, e após um debate aceso, os docentes acabaram por recuperar dois anos, nove meses e 18 dias de serviço, o que representou uma despesa permanente de 244 milhões de euros anuais para os cofres do Estado. Contudo, continuam ainda a faltar cerca de seis anos e seis meses, o que teria um impacto de 331 milhões de euros anuais de despesa permanente para o Estado, segundo avançou o Ministério das Finanças ao Expresso.

Nesse sentido, e apesar de os sindicatos continuarem a insistir na recuperação integral do tempo de serviço congelado, o Governo insiste que não devolve o tempo de serviço congelado, mas com este diploma, agora devolvido, pretendia compensar alguns professores, através de um conjunto de medidas que visam acelerar a progressão nas carreiras.

Depois de ter pedido ao Governo uma “solução equilibrada” e de ter enviado questões ao Executivo, o Chefe de Estado decidiu devolver o diploma ao Executivo, “sem promulgação”. É o primeiro diploma vetado por Marcelo Rebelo de Sousa, após ter prometido uma vigilância mais apertada ao Executivo de António Costa, na sequência do desacatos no Ministério das Infraestruturas.

Numa carta enviada ao primeiro-ministro com oito pontos, Marcelo Rebelo de Sousa volta a sinalizar a diferença de regimes entre o Continente e as ilhas, lembrando a “contagem que está a ser feita, de forma faseada e gradual, nas Regiões Autónomas“, pelo que considera que a solução encontrada pelo Executivo cria “uma clara desigualdade de tratamento entre professores da escola pública no Continente e nas Regiões Autónomas“. Este é, aliás, um dos argumentos invocados por diversas estruturas sindicais do setor da Educação, que admitiram já estar disponíveis para negociar uma solução faseada até ao final da legislatura.

Por outro lado, Marcelo Rebelo de Sousa realça que este diploma prevê um “tratamento diferenciado de professores, sendo aplicável, a alguns deles, uma certa antiguidade de serviço para progressão na carreira, em circunstâncias específicas, e não a outros, que a teriam ou viriam a ter no futuro, se a contagem do tempo de serviço não tivesse sido suspensa. Assim se criando novas desigualdades”.

“Perante o contraste entre o regime vigente nas Regiões Autónomas, aliás introduzido por Governos de sentido diverso (PSD na Madeira e PS nos Açores) e o adotado no Continente, e, sobretudo, o caráter, objetivamente definitivo, do passo dado, e a importância decisiva do tema para uma classe profissional insubstituível para a educação, a qualificação, o conhecimento, e, portanto, o futuro de Portugal, entendo que, com ou sem intervenção da Assembleia da República – onde o Governo dispõe de uma clara maioria de apoio – deveria figurar, no texto, a ideia de que se não encerra definitivamente o processo. A pensar no futuro. E no papel que nele desempenham os Professores em Portugal”, sustenta o Presidente da República.

O Governo tem defendido que não pode devolver integralmente o tempo de serviço congelado aos professores, justificando que teria de fazer o mesmo com todas as carreiras da Função Pública, o que custaria 1,3 mil milhões “todos os anos”.

No entanto, opinião diferente tem o Presidente da República que realça a “importância essencial” desta classe “na nossa sociedade e em todas as sociedades que apostam na educação, no conhecimento, no futuro”, defendendo por isso uma discriminação positiva para os docentes. E deixa o aviso: “Uma coisa é não ser viável, num determinado contexto, ir mais além, outra é dar um sinal errado num domínio tão sensível, como o é o da motivação para se ser professor no futuro”.

(Notícia atualizada pela última vez às 15h41)

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Vila Galé vai construir hotel de 14 milhões em Miranda do Douro

  • Lusa
  • 26 Julho 2023

O Hotel Vila Galé Mirandum vai criar 38 postos de trabalho e representa um investimento de 14 milhões de euros. A unidade hoteleira terá 60 quartos e uma área de construção de 4.500 metros quadrados.

A presidente da Câmara de Miranda do Douro anunciou esta quarta-feira que o grupo Vila Galé vai investir 14 milhões de euros na construção de uma unidade hoteleira na cidade, prevendo criar 38 postos de trabalho.

“O projeto passa pela construção, instalação e exploração de uma unidade hoteleira, com equivalência a quatro estrelas, por parte do grupo Vila Galé. Estamos a acompanhar este projeto que ronda os 14 milhões de euros e a criação prevista de 38 postos de trabalho“, disse à Lusa Helena Barril.

De acordo com a autarca do distrito de Bragança, esta unidade hoteleira terá 60 quartos e uma área de construção de 4.500 metros quadrados.

“Trata-se de um investimento estruturante para o concelho de Miranda do Douro que vai dinamizar a economia local. O futuro empreendimento hoteleiro não vai criar mossa com os empresários do ramo que se encontram já a operar neste território. Vamos ter um seguimento de oferta que até aqui não existia”, vincou Helena Barril.

Este futuro empreendimento hoteleiro, na opinião da autarca, poderá atrair um público de segmento médio/alto à cidade e concelho de Miranda do Douro.

Helena Barril acrescentou ainda que a montagem do estaleiro para a construção do hotel terá o seu arranque no final deste ano, havendo um prazo de cerca de dois anos e meio para a conclusão do equipamento turístico.

De acordo com a autarquia de Miranda do Douro, o empreendimento turístico fará parte da gama “Collection” dos hotéis do grupo e será designado por Hotel Vila Galé Mirandum.

O município de Miranda do Douro cedeu, após concurso público dos direitos de superfície e pelo prazo de 60 anos, um terreno com uma área aproximada de 41 mil metros quadrados localizado nas imediações da barragem, em pleno Douro Internacional.

“Houve outras consultas por parte de vários interessados a esta iniciativa de cedência dos direitos de superfície, mas o vencedor foi o grupo hoteleiro Vila Galé”, disse a autarca mirandesa.

Contactado pela Lusa, o grupo Vila Galé confirma que participou num concurso que ainda decorre dentro dos prazos legais.

“Oportunamente, caso a proposta venha a ser aceite, serão comunicados mais detalhes”, indicou fonte do grupo.

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Onya Health adota trabalho remoto e escolhe Braga para acolher momentos presenciais

A agência de comunicação que integra o piloto do Governo da semana de quatro dias adotou o regime remoto e escolheu a cidade de Braga para realizar os encontros casuais de equipa.

Depois de quatro anos na zona metropolitana do Porto, a trabalhar em regime híbrido, a Onya Health adotou o regime de trabalho remoto e escolheu a cidade de Braga para realizar os encontros casuais de equipa. A nova sede, em Braga, fica num espaço de cowork.

“Adotamos o regime remoto e passamos a trabalhar 36 horas por semana. Por isso, decidimos fazer esta mudança por ser uma cidade que oferece um acesso mais facilitado que o Porto, nomeadamente a nível de trânsito”, justifica a diretora-geral da agência de comunicação especializada em saúde, Vânia Lima.

“Esta mudança estratégica demonstra o nosso compromisso em criar um ambiente de trabalho que privilegia a flexibilidade e a liberdade, mas que se esforça por manter o contacto entre os funcionários, através de brainstormings e team buildings”, continua, citada em comunicado.

A nova sede em Braga, fica num espaço cowork e servirá para reunir a equipa para encontros presenciais ocasionais. “A nossa prioridade é manter o regime remoto, que nos dá a possibilidade de aproveitar os benefícios da tecnologia e proporcionar uma experiência de trabalho mais equilibrada e gratificante para os nossos trabalhadores”, diz a responsável.

A agência de comunicação é uma das empresas que está a participar no projeto-piloto do Governo da semana de quatro dias de trabalho. Para já, o feedback é muito positivo.

“A equipa está mais feliz e motivada. Conseguimos aproveitar ainda mais o verão e estar mais com a família”, conta Vânia Lima.

O projeto tem uma duração de seis meses e termina no final do mês de novembro. A empresa garante que no fim da iniciativa vai avaliar o impacto desta medida, de forma a implementar este modelo permanentemente. “Acreditamos que o futuro passa por esta mudança”, diz ainda.

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Açores lança programa de 20 milhões para capitalizar empresas da região

Através do Programa Capital Participativo Açores, os empresários com sede e atividade na região podem aceder a empréstimos entre 20 mil e 200 mil euros. Conheça as condições.

O Governo Regional dos Açores anunciou o lançamento de um novo instrumento de capitalização do tecido empresarial dos Açores. O Programa Capital Participativo Açores tem uma dotação global de até 20 milhões de euros para fomentar o acesso a fundos de capitalização pelas empresas com sede e atividade na Região Autónoma dos Açores.

Este novo instrumento prevê que o investimento seja efetuado nos beneficiários finais, via empréstimos participativos sob a forma de mútuo, diretamente pelo Fundo de Capitalização das Empresas dos Açores (FCEA), que está sob gestão do Banco Português de Fomento. Dirige-se a micro, pequenas e médias empresas e midcaps com sede e atividade na Região Autónoma dos Açores que cumpram as condições de elegibilidade.

O montante de investimento por empresa vai de um mínimo de 20 mil euros até a um máximo de 200 mil euros, conforme os limites da aplicação do regime de minimis. As operações podem ter um prazo máximo até 30 de junho de 2031, com amortização em tranches ou bullet (a definir) efetuada na totalidade, na maturidade.

No que respeita à taxa de juro, custos e comissões, “aplica-se uma remuneração fixa equivalente a uma taxa anual de 0,50% (rating baixo – menor risco), 1,25% (rating médio) ou 2,0% (rating alto – maior risco), acrescida de uma comissão anual de acompanhamento das operações de 1%, com um mínimo de 500 euros anuais. Poderá ainda ser aplicada uma remuneração variável anual com um limite máximo de 50% dos lucros distribuíveis anualmente”, lê-se no comunicado.

O Fundo de Capitalização das Empresas dos Açores (FCEA) insere-se na componente 05 “Capitalização e inovação empresarial” do Programa de Recuperação e Resiliência (PRR) e é operacionalizado pelo Banco Português de Fomento.

Prioridades do Programa Capital Participativo Açores

  • Colmatar a falha de mercado no acesso a instrumentos financeiros e de capital por parte das empresas com sede e atividade na região dos Açores
  • Contribuir para reduzir a subcapitalização das empresas da região e responder à dificuldade na angariação de financiamento junto dos Intermediários Financeiros, potenciando o investimento privado e o dinamismo empresarial

Como funciona?

O calendário do Programa Capital Participativo Açores I é marcado por duas fases distintas:

  1. Numa primeira fase são abertas as candidaturas dos Intermediários Financeiros (bancos) que pretendam ser credenciados como intermediários financeiros, ao abrigo deste programa. A credenciação arrancou a 25 de julho e termina no dia 28 de agosto deste ano. Após conclusão do processo de credenciação, os bancos ficam habilitados à distribuição do produto através da sua rede de balcões.
  2. A segunda fase é relativa às candidaturas dos beneficiários finais (empresas). Tem início após a credenciação dos intermediários financeiros e termina a 28 de fevereiro de 2024, sendo as candidaturas apreciadas ao longo deste período por ordem cronológica de submissão (first-in-first-out).

As empresas devem apresentar candidatura junto da instituição de crédito credenciada da sua escolha. Após análise e validação de elegibilidade, o banco submete a operação ao BPF para a validação do plafond de minimis e de verificação de processo KYC. Em seguida, a instituição de crédito comunica à empresa o montante pré-aprovado e é assinado o contrato de adesão de empréstimo participativo sob forma de mútuo, sendo depois disponibilizados os fundos aprovados.

A informação sobre as condições de acesso ao Programa Capital Participativo Açores podem ser consultadas no website do BPF.

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Almeirim investe perto de 2 milhões para criar nova creche no concelho

  • Lusa
  • 26 Julho 2023

A futura creche vai acolher três salas de berçário, com capacidade para 30 crianças, duas salas de um ano, também para 30 crianças, e duas salas de dois anos, para 36 crianças.

A Câmara de Almeirim (Santarém) prevê investir 1,5 milhões de euros num edifício que adquiriu por 250 mil euros para a criação de uma creche com capacidade para acolher 96 crianças, disse o presidente do município à Lusa.

Pedro Ribeiro (PS) afirmou que está em curso a elaboração do projeto, na expetativa de ser lançado concurso no início de 2024 para a realização da obra, num investimento que o município vai tentar candidatar ao Plano de Recuperação e Resiliência (PRR).

Caso não seja possível, o município avançará com a obra, pois tem por objetivo vir a ter resposta para todas as crianças do concelho, a exemplo do que já acontece na oferta de jardim-de-infância e dos vários níveis de ensino, até ao secundário, afirmou.

“O nosso objetivo tem de ser ter uma oferta de 100% na creche. Não há razão nenhuma para que assim não seja. É fundamental para apoiar as famílias e para a nossa economia e, obviamente, para o bem-estar das crianças”, declarou.

Segundo Pedro Ribeiro, a perto de uma centena de vagas que serão criadas com este investimento não permitirá chegar a esse objetivo, mas as Instituições Particulares de Solidariedade Social (IPSS) “têm vindo a fazer um esforço de adaptação para que essa oferta dos 100% possa ser uma realidade”.

A futura creche vai nascer num edifício situado junto ao cineteatro, cuja fachada, “muito bonita”, vai ser preservada, e que vai acolher três salas de berçário, com capacidade para 30 crianças, duas salas de um ano, também para 30 crianças, e duas salas de dois anos, para 36 crianças.

A Câmara de Almeirim inaugurou este ano uma creche para 60 crianças até aos três anos, criada no antigo edifício do quartel da GNR, que serviu depois como Tribunal, numa adaptação orçada em cerca de meio milhão de euros.

Pedro Ribeiro tem sido um dos autarcas, dos “muito poucos” municípios que têm creches no país, a bater-se para que a Lei de Bases da Segurança Social permita acordos com as autarquias, pondo fim a uma situação que as obriga a assumirem a totalidade dos encargos com o funcionamento das creches, ao contrário do que sucede com as IPSS.

“A sensibilização [junto da ministra do Trabalho e da Segurança Social] está feita. Acredito que a situação será resolvida no próximo ano civil”, disse, frisando a “esperança” de que o próximo Orçamento do Estado “venha resolver esta injustiça”.

Reconhecendo que, comparando com outros municípios, Almeirim tem “grande oferta”, Pedro Ribeiro afirmou que “a grande questão” é não deixar nenhuma família sem resposta.

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CEO da Altice Portugal vai fazer “o que for possível” para recuperar reputação da empresa

  • Lusa
  • 26 Julho 2023

Numa reunião com os colaboradores da companhia, Ana Figueiredo fez um apelo para o virar de página na sequência da 'Operação Picoas', desencadeada em 13 de julho, e que levou a várias detenções.

A presidente executiva (CEO) da Altice Portugal, Ana Figueiredo, assegurou aos colaboradores, numa reunião interna na terça-feira, que podem contar com a responsável para trabalhar o que lhe “for possível para recuperar a reputação” da empresa.

Contactada pela Lusa, fonte oficial da Altice Portugal confirmou a reunião com todos os colaboradores (6.300), em que presencialmente e online assistiram mais de 3.000.

Neste encontro, de acordo com alguns colaboradores da empresa, Ana Figueiredo fez um apelo para o virar de página na sequência da ‘Operação Picoas’, desencadeada em 13 de julho, que levou a várias detenções — entre as quais a do cofundador do grupo Altice Armando Pereira — e que contou com cerca de 90 buscas domiciliárias e não domiciliárias, incluindo a sede da Altice Portugal, em Lisboa, e instalações de empresas e escritórios em vários pontos do país, segundo o Departamento Central de Investigação e Ação Penal (DCIAP) do Ministério Público (MP). Esta foi uma ação conjunta do MP e da Autoridade Tributária (AT).

A gestora, que acumula o cargo de chairwoman [presidente do conselho de administração] desde 19 de julho, apelou ainda para a tranquilidade e foco das equipas e à confiança no trabalho que vem sendo desenvolvido.

Os factos são, obviamente, preocupantes, são sérios, e têm vindo a ser tomados sob análise e em consideração por parte de todo o management team, não só ao nível de Portugal como do grupo.

Ana Figueiredo

CEO da Altice Portugal

“Os factos são, obviamente, preocupantes, são sérios, e têm vindo a ser tomados sob análise e em consideração por parte de todo o management team [equipa de gestão], não só ao nível de Portugal como do grupo”, afirmou Ana Figueiredo, citada pelos colaboradores.

“O que queremos, no final, e virando a página, é que esta empresa, que sempre se pautou pela transparência e pela ética, continue a atuar nesse sentido”, prosseguiu, recordando que cresceu naquela “casa” e que “talvez 80%” da sua vida profissional “tenha sido feita” na empresa.

Sabemos, e eu sei, que isto não nos representa. Trabalho aqui há mais de 20 anos e trabalhei diariamente para ajudar a colocar a empresa no lugar em que ela merece estar. E o que vocês podem contar de mim, daqui para a frente, é trabalhar o que me for possível para recuperar a reputação da nossa empresa, e colocá-la onde merece estar, onde todos vocês, como nossos colaboradores, merecem estar”, rematou a CEO.

Na sequência da ‘Operação Picoas’, Alexandre Fonseca suspendeu as suas funções no âmbito das atividades empresariais executivas e não executivas de gestão do grupo em diversas geografias, incluindo as posições de chairman em diversas filiais, entre as quais a da Altice Portugal, tal como o administrador da Altice Portugal João Zúquete da Silva, que tinha a área do património.

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Efacec ganha contrato de 3,35 milhões para fornecer soluções de telemática na Linha do Oeste

Infraestruturas de Portugal seleciona empresa de Matosinhos, em processo de reprivatização, para conceber e implementar as soluções de telemática a aplicar na modernização da Linha do Oeste.

A Infraestruturas de Portugal (IP) adjudicou um contrato de 3,35 milhões de euros à Efacec para a modernização da Linha do Oeste. “A nova empreitada de conceção e construção servirá para reforçar a capacidade e eficiência do serviço de transporte ferroviário através da melhoria dos níveis de disponibilidade e da redução dos tempos de percurso”, avança a empresa liderada por Ângelo Ramalho.

“A Efacec volta a ser selecionada pela Infraestruturas de Portugal para conceber e implementar as soluções de telemática a aplicar na Modernização da Linha do Oeste – Troço Meleças – Caldas da Rainha, que vão contribuir para uma maior fiabilidade e segurança do sistema ferroviário, assim como para uma maior qualidade do serviço prestado às populações”, diz um comunicado da empresa nortenha, que está em processo de reprivatização.

O empreendimento, já em curso, “considera duas empreitadas de eletrificação para o troço Meleças – Caldas da Rainha, numa extensão de cerca de 85 quilómetros, o desenvolvimento e implementação dos sistemas de sinalização e a construção de uma subestação de tração elétrica em Runa já adjudicada também à Efacec”.

Ângelo Ramalho, chairman e CEO da empresa de Matosinhos, realça que este é “um projeto que reforça um portefólio desenvolvido para a Infraestruturas de Portugal, que se estende ao longo de mais de 50 anos e que traduz a confiança depositada na tecnologia Efacec e na capacidade de execução das suas equipas”.

Atualmente, a Efacec está a participar na construção da Linha Sydavnen do Metro de Copenhaga (Dinamarca), na renovação do Centro de Comando do Metro de Dublin (Irlanda), na extensão da Linha Amarela e nova Linha Circular do Metro do Porto (Portugal), assim como na conceção, construção e manutenção do Sistema de Mobilidade do Mondego (Portugal).

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Banco BIC condenado a pagar meio milhão de euros a cliente enganado em Ponte de Lima

  • Lusa
  • 26 Julho 2023

Operário da construção civil, emigrado em França, aplicou 400 mil euros em obrigações, um produto que foi apresentado pelo seu gestor de conta como sendo "em tudo igual a um depósito a prazo".

O Tribunal da Relação de Lisboa condenou o Banco Bic português a pagar 500 mil euros a um cliente da agência de Ponte de Lima que “foi enganado” e há seis anos lutava na justiça para reaver as poupanças.

A decisão do Tribunal da Relação de Lisboa, a que a agência Lusa teve acesso, revogou a sentença de primeira instância que julgou “totalmente improcedente” a ação comum movida em 2017 pelo operário de construção civil, que na altura era emigrante em França, absolvendo o banco.

Em fevereiro último, o Tribunal da Relação deu “parcial procedência” ao recurso movido pelo cliente, atualmente a residir em Viana do Castelo, condenando o Banco BCI português a pagar-lhe 400 mil euros, acrescidos de “juros de mora à taxa legal, desde a citação, em 2014, até ao efetivo e integral pagamento”.

À Lusa, o advogado do autor da ação, Carlos Pires, “adiantou que os juros de mora representaram um montante de 100 mil euros”, adiantando que “o valor total já foi pago pelo Banco BIC, após a decisão ter transitado em julgado”.

O tribunal absolveu o banco do pagamento de “uma indemnização por danos não patrimoniais no valor de 7.500 euros, acrescida de juros de mora à taxa legal, vencidos e vincendos desde a citação até ao integral e efetivo pagamento”.

O caso remonta a 2014. Na altura, o homem, era cliente da agência de Ponte de Lima do Banco BIC, na qual era titular de uma conta de depósitos a prazo, no valor de 400 mil euros. O emigrante em França aplicou aquele montante em obrigações, produto bancário que lhe foi apresentado pelo seu gestor de conta, como sendo “em tudo igual a um depósito a prazo, mas com muito melhor rentabilidade e rentabilidade assegurada, com capital assegurado”.

“O autor foi enganado. Ao autor foram prestadas erradas informações acerca do que lhe estava a ser vendido. Caso o autor soubesse do risco que corria, atento ao demonstrado perfil conservador, não teria efetuado o negócio”, lê-se na decisão com 48 páginas.

O tribunal considerou que houve “violação grosseira dos deveres” do gestor de conta “de informação e diligência, a determinar a qualificação da sua culpa como grave”, por “ser conhecida a iliteracia financeira” do cliente.

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Bancos portugueses tiveram em 2022 o melhor resultado dos últimos 15 anos

Mais juros e menos imparidades: os lucros dos bancos em Portugal dispararam no ano passado para 2,97 mil milhões de euros. Foi o melhor resultado desde a crise financeira de 2007.

Os lucros dos bancos em Portugal dispararam 50% no ano passado, para 2,97 mil milhões de euros. Foi o melhor resultado desde a crise financeira global de 2007, de acordo com os cálculos do Banco de Portugal.

Este resultado foi alcançado graças ao aumento da margem financeira – a diferença entre os juros cobrados nos empréstimos e os juros pagos nos depósitos – e também pelo registo de menos imparidades e provisões, explica o supervisor liderado por Mário Centeno, que atualizou esta quarta-feira as séries longas do setor bancário português.

Foi o quinto ano seguido em que o setor registou resultados positivos e segue-se ao período mais negativo da banca em Portugal entre 2011 e 2017, em que acumulou prejuízos de 13,7 mil milhões de euros e em que se assistiu à queda de duas instituições (BES e Banif). Desde então, os bancos melhoraram e acumularam lucros de 8,3 mil milhões.

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Em 2022, os resultados aceleraram devido à subida das taxas de juro do Banco Central Europeu (BCE), que possibilitou aos bancos aumentarem a margem financeira em 1,38 mil milhões de euros para 7,5 mil milhões, o valor mais elevado desde 2011.

O aumento da margem “ocorreu num contexto em que as taxas de juro dos empréstimos tiveram uma resposta mais rápida à subida dos juros nos mercados interbancários do que as taxas de juro dos depósitos”, frisa o Banco de Portugal. No final do ano passado, a diferença entre essas taxas era de 3,3 pontos percentuais, “o valor mais elevado desde 2003, ano inicial das séries de taxas de juro divulgadas”.

Por outro lado, os bancos também registaram uma diminuição de cerca de 600 milhões de euros dos custos com a constituição de imparidades e de provisões”, o que contribuiu para a melhoria das contas no ano passado.

Os dados do Banco de Portugal mostram ainda que em 2022 se manteve a racionalização de recursos do setor bancário”, com uma redução de 196 balcões para 4.626 balcões. “O número de balcões relacionados com a atividade doméstica tem vindo a diminuir, de forma ininterrupta, desde 2010, totalizando menos 3.090 balcões (48%)”, revela o Banco de Portugal.

Já os quadros dos bancos contam com mais 119 trabalhadores, contrariando a tendência de redução dos últimos anos. Esta evolução positiva “é explicada pelo aumento de trabalhadores de um banco que, apesar de localizado em Portugal, tem a atividade orientada para a prestação de serviços a uma escala global”.

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