Lucros da Vista Alegre quebram 27% até setembro. Marca expande para Chéquia, Noruega e Emirados

Volume de negócios do Grupo Vista Alegre sobe ligeiramente para 97 milhões de euros nos primeiros nove meses do ano. Exportações pesam 72% das vendas, com subidas expressivas na Alemanha e nos EUA.

A Vista Alegre fechou os primeiros nove meses deste ano com lucros de 3,7 milhões de euros, o que representa uma descida de 27% face ao mesmo período do ano passado, de acordo com a informação publicada esta segunda-feira pela Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).

Até ao final do terceiro trimestre, o resultado operacional caiu 3,6% em termos homólogos, para 9,8 milhões de euros, justificado pelo grupo detido pela Visabeira com o “impacto negativo” dos recentes investimentos realizados pelas empresas da Vista Alegre, com as amortizações a aumentarem perto de 800 mil euros.

Por outro lado, a empresa que este ano passou a ter Cristiano Ronaldo como sócio refere que os produtos de marca de porcelana e cristal da Vista Alegre e faiança artística Bordallo Pinheiro sustentaram a evolução positiva no mix de vendas contribuindo para o incremento de 1,7% do EBITDA, que atingiu os 19,9 milhões de euros, com a margem EBITDA a manter-se nos 20,5%.

O volume de vendas consolidado do grupo de Ílhavo atingiu os 97 milhões de euros até setembro, 1,7% acima do período homólogo. O mercado externo vale 72% das vendas, com a empresa a destacar os crescimentos na Alemanha (45,4%) e nos EUA (23,6%), além da expansão da marca para a Chéquia, Noruega e Emirados Árabes Unidos.

Em termos de segmentos, o crescimento das receitas na faiança (13,2%) e no grés 8,2%) compensou as quebras ao nível da porcelana e complementares – justificada com a redução na venda de produtos de private label e no canal horeca (hotelaria e restauração) – e também no cristal e vidro (-7,4%).

“Nos primeiros nove meses de 2024, os produtos da marca Vista Alegre e Bordallo Pinheiro apresentaram uma evolução positiva no retalho (físico e online) a nível nacional e internacional resultando num crescimento de 1,3% face ao mesmo período do ano 2023″, salienta na mesma nota ao mercado.

Com os investimentos de 12,3 milhões de euros no período em análise a serem canalizados sobretudo para a descarbonização das fábricas do grupo, a dívida líquida consolidada ascendia a 76,2 milhões de euros a 30 de setembro (vs. 71,8 milhões no final do ano passado), “fruto de um primeiro semestre mais exigente em termos de necessidade de fundo de maneio, resultando num ligeiro aumento do rácio de dívida líquida sobre EBITDA” (2,67 vezes no final do terceiro trimestre).

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