Seguradoras sinalizam quatro prioridades ao novo Parlamento Europeu

Investimento privado, lacunas de proteção, alterações climáticas e burocracia estão na mira da Insurance Europe. Saiba o que querem as seguradoras para os próximos 5 anos.

A Insurance Europe já avisou os novos membros do Parlamento Europeu quais vão ser as suas prioridades nas negociações nos próximos 5 anos. A associação representante das seguradoras europeias considera essencial aumentar o investimento privado na economia da União Europeia (UE), colmatar as principais lacunas de proteção, definir estratégias de mitigação e adaptação às alterações climáticas e preparar uma nova abordagem de regulamentação no espaço comunitário que reduza a burocracia, assinalou em comunicado.

A associação criticou os decisores políticos europeus dos últimos cinco anos, assinalando que “não compreenderem plenamente o funcionamento” do setor. O que levou à imposição de uma “carga regulamentar desnecessariamente elevada” sobre a indústria seguradora. Por isso, considera essencial explanar aos deputados europeus o modelo de negócio das seguradoras e a sua posição na economia.

Centro de especialistas dos seguros para a regulamentação

A associação defende que se deve criar um “centro especializado em matéria de seguros” na Comissão Europeia com especialistas da área dos seguros, que acumulem experiência na regulamentação do setor. Este centro serviria para trabalhar a regulamentação do setor desde o início. A Insurance Europe acredita que desta forma seria evitada a atribuição de regras que não têm em conta as características do modelo de negócios dos seguros a essas empresas. Defende “uma nova abordagem da regulamentação da UE que permita, em vez de asfixiar, a inovação, a competitividade global e a digitalização”, assinalou.

Exige ainda que o objetivo da Comissão Europeia de reduzir em 25% os encargos com a apresentação de relatórios se traduza em reduções efetivas para as seguradoras europeias. “Nos últimos anos, a regulamentação tornou-se mais complexa e foi imposta ao setor dos seguros uma carga regulamentar desnecessariamente elevada”, assinala. Segundo a Insurance Europe, as razões para o reforço das regras adviriam da quantidade da nova regulamentação proposta e de não serem adaptadas às especificidades do setor. “Em 2007, estávamos a trabalhar intensamente em 12 textos da UE, há 5 anos estávamos em 21 e hoje estamos em 63.”, lê-se no comunicado da associação.

Parcerias público-privadas para alargar a proteção

É através de mecanismos público-privados que vai ser possível cobrir os riscos que não são cobertos exclusivamente pelo setor privado sozinho. É o que acreditam as seguradoras europeias que defendem ser esta uma das formas de reduzir a lacuna de proteção europeia, isto é, reduzir a parte não segurada de pessoas, património e empresas necessárias para mitigar um risco.

O centro com especialistas em seguros referido ajudaria também a garantir que as seguradoras ficariam com acesso a dados dos clientes para avaliar os riscos globais e gerir os sinistros. O que ajudaria a reduzir o preço dos seguros, ficando mais acessíveis ao consumidor. Nesse sentido, a associação também encoraja os Estados-Membros a não aplicarem impostos sobre os prémios de seguro.

Literacia para os seguros é outro meio para incentivar os consumidores a ter produtos de seguro adequados às suas necessidades, ao mesmo tempo que estimula as práticas preventivas relacionadas com a redução da exposição ao risco nas áreas da saúde e cibersegurança.

Além disso, assinala que o parlamento deve assegurar que as seguradoras podem fixar o preço das suas soluções em função do risco real, o que lhes permite oferecer uma cobertura fiável enquanto promovem ações preventivas de risco. “Os preços baseados no risco ajudam os clientes a compreender os verdadeiros custos.”, assinala.

Rigor na construção e nos solos para combater alterações climáticas

Para garantir a mitigação e adaptação às alterações climáticas às Insurance Europe acredita que as instituições europeias devem:

  • Promover a adoção de medidas de adaptação nível individual, municipal e estatal, como, por exemplo, assegurar o controlo de utilização dos solos e códigos de construção;
  • “Incentivar a prestação de informações pormenorizadas sobre os riscos e a exposição dos compradores e arrendatários de edifícios, a fim de aumentar a sua sensibilização para os riscos e influenciar as suas decisões” e dessa forma influenciar as suas decisões, especifica o comunicado;
  • Limitar os novos requisitos regulamentares e de apresentação de relatórios ao estritamente necessário e concentrar-se na implementação, funcionamento e disponibilidade dos relatórios de sustentabilidade existentes através do ponto de acesso eletrónico único.

Aumentar o investimento privado na UE

Facilitar o investimento em produtos de seguro e pensões é um dos meios para fomentar o investimento e caminhar para alcançar autonomia e reduzir a dependência externa na energia, alimentação e tecnologia, fomentar o crescimento e combater as alterações climáticas, refere a associação.

No âmbito de fomentar o investimento, defende que as seguradoras devem ter acesso a ativos como capital de risco, infraestruturas, capital próprio das PME e dívidas; promover literacia para os seguros e pensões; e aperfeiçoar as regras prudências que atuam como obstáculos, como finalizar os pormenores técnicos no nível dois do Solvência II

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Fosun elimina um degrau no controlo da Fidelidade

  • ECO Seguros
  • 16 Julho 2024

O grupo parceiro da Caixa Geral de Depósitos na Fidelidade acaba de eliminar um passo na estrutura de controlo da seguradora. Tudo fica na mesma, mas reduzem-se duplicações inúteis.

A Longrun Portugal, sociedade que controla a seguradora Fidelidade, vai ser objeto de dissolução, liquidação e extinção, passando a participação para a Millennium Gain Limited, outra sociedade do grupo Fosun. Este passo já recebeu a Não Oposição por parte da ASF, entidade supervisora do setor.

Guo Guangchang, fundador da Fosun, grupo que, por outro ramo organizacional, também controla o Wolverhampton Wanderers Football Club.

“A Longrun é uma sociedade instrumental cuja única atividade é deter a participação na Fidelidade o que obrigava, nomeadamente, a duplicar uma série de atividades operacionais”, referiu fonte da Fidelidade a ECOseguros, explicando que “esta duplicação resultava, por exemplo, na necessidade de duplicação de orgãos sociais, auditores, relatórios e contas, reportings de solvência, etc, sem que isso acrescentasse qualquer elemento adicional para a compreensão da realidade da Fidelidade”, concluiu.

Com a eliminação da Longrun ficará a Millennium Gain Limited a deter as participações de 84,98% na Fidelidade continuando a pertencer o restante capital à Caixa Geral de Depósitos.

Agora, a ligação societária entre Guo Guangchang, fundador do grupo Fosun e 45º homem mais rico do mundo, e a seguradora fica, burocraticamente, mais próxima. Guo Guangchang controla a Fosun International Holdings, que controla a Fosun Holdings Limited, que controla a Fosun International Limited, que controla a Fosun Financial Holdings Limited, que controla a Millennium Gain Limited, que antes controlava a Longrun Portugal e agora controla diretamente a Fidelidade.

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Seguradoras devem apostar em chegar aos jovens consumidores

  • ECO Seguros
  • 16 Julho 2024

Respostas à crise na saúde, apostar na promoção de hábitos saudáveis e na prevenção de doenças graves foram temas sob análise por especialistas do setor no Fórum Nacional de Seguros. Veja aqui.

As seguradoras devem apostar em alcançar a população mais jovem com produtos de saúde para acompanhar todo o ciclo da vida do cliente. Assim também podem investir na promoção de hábitos saudáveis e prevenir o surgimento de doenças graves. Esta foi uma das várias conclusões do painel “Seguros de saúde: Produtos de consumo! e agora?”.

A debater este tema no palco do Fórum Nacional de Seguros 2024, encontro organizado pelo ECOseguros e pela Zest esteve Cláudio Gonçalves, Diretor Geral da NacionalGest, Paula Serra, Diretora Nacional de Marketing e Comercial da Asisa, Rui Dinis, CEO da Planicare, Ricardo Raminhos, Administrador Executivo da Mgen e Teresa Bartolomeu, Responsável de Oferta Saúde do Grupo Ageas Portugal (Médis).

Veja o painel na integra aqui:

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Portugal junta-se ao boicote da UE à presidência húngara e não vai enviar ministros a reuniões

  • ECO
  • 16 Julho 2024

Num boicote articulado entre os Estados-membros, Governo liderado por Luís Montenegro decidiu que não vai enviar ministros às reuniões informais que decorrem em Budapeste.

O Governo liderado por Luís Montenegro decidiu que não vai enviar ministros às reuniões informais que decorrem em Budapeste, num boicote articulado entre os Estados-membros da União Europeia (UE), avança a SIC Notícias (acesso livre).

Uma fonte do Executivo adiantou que os ministros portugueses não irão estar presentes nas reuniões que decorrem esta semana e na próxima em Budapeste e serão substituídos por secretários de Estado. Segundo a estação de televisão, há ainda a possibilidade de Portugal apenas enviar altos funcionários técnicos.

A Comissão Europeia decidiu boicotar a presidência rotativa do Conselho da UE pela Hungria, em resposta às controversas viagens de Viktor Orbán a Moscovo e Pequim, consideradas uma afronta à unidade política do bloco. “À luz dos recentes acontecimentos que marcam o início da presidência húngara, a Presidente (Ursula von der Leyen) decidiu que a Comissão Europeia será representada a nível de altos funcionários apenas durante as reuniões informais do Conselho”, anunciou o porta-voz do executivo, Eric Mamer, na segunda-feira, citado pela Euronews.

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Água Castello desenvolve ativação com o elétrico 15 com ofertas aos consumidores

  • + M
  • 16 Julho 2024

A criatividade é da Leo Burnett Lisboa e o planeamento de media da Dentsu. A campanha visa maximizar a visibilidade e impacto da marca que "permanece como um símbolo de frescura e originalidade".

A completar 125 anos, a água Castello está a desenvolver uma ativação até ao dia 31 de julho nas ruas de Lisboa atravessadas pelo elétrico 15.

O icónico elétrico 15 encontra-se assim revestido em tons de preto e vermelho e inclui um QR Code que, através da sua leitura, direciona para a página www.castellodoeletrico.com, onde os passageiros podem selecionar um ponto de venda para desfrutar de uma água Castello oferecida pela marca.

O “Café Império”, no Restelo, e a Pastelaria ‘A Tentação’, na Praça da Figueira, são os locais responsáveis por receber os passageiros para saborearem “uma água gaseificada premium de forma original, simples, com fruta ou em mix com outras bebidas”, refere-se em nota de imprensa.

É sob o mote “Não é Água, é Castello” que a marca reforça a comunicação iniciada em 2023. A criatividade é da Leo Burnett Lisboa e o planeamento de media da Dentsu. A campanha visa maximizar a visibilidade e impacto da marca que “permanece como um símbolo de frescura e originalidade”.

Esta campanha representa o espírito da marca, o seu dinamismo, a inquietude e a ambição em estar cada vez mais presente nos momentos importantes do dia a dia de uma forma versátil, desafiadora e inesperada“, diz Martim Manoel, gestor de marketing da Castello, citado em comunicado.

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Metsola descreve Costa como “político forte e eficaz” que “respeitará” Parlamento Europeu

  • Lusa
  • 16 Julho 2024

Roberta Metsola acrescentou estar "ansiosa por trabalhar" com Costa neste novo ciclo institucional da União Europeia.

A presidente do Parlamento Europeu, Roberta Metsola, descreveu esta terça-feira o presidente eleito do Conselho Europeu, António Costa, com quem se reuniu esta tarde, como um “político forte e eficaz”, que “respeitará” o Parlamento Europeu quando assumir funções.

Conheço-o como um político forte e eficaz, mas sobretudo como alguém que respeitará o Parlamento Europeu e com quem poderemos fazer grandes coisas em conjunto”, disse Roberta Metsola, em declarações a um grupo de jornalistas europeus de agências, incluindo a Lusa, após uma reunião com António Costa.

António Costa e Roberta Metsola

Nestas declarações à margem da primeira sessão plenária do Parlamento Europeu, na cidade francesa de Estrasburgo, a responsável, reeleita no cargo, acrescentou estar “ansiosa por trabalhar” com Costa neste novo ciclo institucional da União Europeia (UE), que agora arranca.

Esta é uma casa que adora o senhor Costa, é uma casa que Costa conhece muito bem [uma vez que] foi membro desta Assembleia e também […] recordamos a presidência portuguesa como uma das mais representadas ao mais alto nível, onde discutimos o pilar social, o Mecanismo de Recuperação e Resiliência, o Estado de direito”, elencou Roberta Metsola à Lusa e outras agências de notícias europeias.

António Costa, que foi no final de junho eleito pelos chefes de Estado e de Governo da UE presidente do Conselho Europeu para um mandato de dois anos e meio, que começa a 01 de dezembro de 2024, reuniu-se esta tarde com Roberta Metsola em Estrasburgo antes de participar numa reunião do seu grupo parlamentar, os Socialistas e Democratas.

Após essa reunião, vai encontrar-se com a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, que vai tentar ser reeleita no cargo na quinta-feira.

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Bolieiro recandidato a líder do PSD/Açores

  • Lusa
  • 16 Julho 2024

"Temos, pois, uma liderança fundada na consistência, na estabilidade, na honra à palavra dada. Manter-me-ei sempre assim. Sou, pois, recandidato com convicção", disse o presidente do PSD/Açores.

O presidente do PSD/Açores, José Manuel Bolieiro, vai candidatar-se a um novo mandato à frente dos sociais-democratas açorianos nas eleições de sábado, prometendo manter o diálogo para assegurar a estabilidade política na região. “Temos, pois, uma liderança fundada na consistência, na estabilidade, na honra à palavra dada. Manter-me-ei sempre assim. Sou, pois, recandidato com convicção, com espírito de missão, com orgulho e responsabilidade”, declarou.

Bolieiro, que preside ao Governo dos Açores (PSD/CDS-PP/PPM) desde 2020, falava esta terça-feira na apresentação da recandidatura à liderança do PSD/Açores, na sede do partido, em Ponta Delgada. O social-democrata considerou o “diálogo e a concertação política e social” como “indispensáveis à estabilidade” num contexto de “geometria variável” na Assembleia Regional.

“É bem sabido que a minha liderança e a do PSD na coligação [PSD/CDS-PP/PPM] e na governação dos Açores não tem uma maioria absoluta no parlamento. Pude demonstrar, com humildade democrática, disponibilidade para o diálogo e concertação”, reforçou. Questionado sobre a possibilidade de acordos com o CDS-PP e PPM para as próximas autárquicas, Bolieiro lembrou que as alianças pré-eleitorais estão previstas no acordo de coligação, mas realçou que a decisão cabe às estruturas partidárias concelhias.

“Há, obviamente, nos termos do acordo da coligação a aposta em projetos políticos municipais e de freguesia que possam ser ganhadores credíveis e confiáveis, mas essa decisão, no final do dia, é das estruturas respetivas”, ressalvou. Bolieiro, que lidera o PSD/Açores desde 2019, evocou as “imensas dificuldades” sentidas pela governação regional nos últimos anos devido ao legado deixado pelos executivos do PS e ao “contexto global e nacional”.

“O meu foco não é a minha permanência no poder. Eu nunca fui focado no egoísmo protagonista da minha pessoa, mas sim do meu espírito de missão de servir o desenvolvimento dos Açores”, salientou. O recandidato a líder da estrutura regional social-democrata disse “acreditar fortemente” que o desenvolvimento dos Açores pode beneficiar da “posição geoestratégica” da região, defendendo a aposta na “ciência, tecnologia e inovação”.

“Os Açores foram sempre considerados na base da sua posição geoestratégica em função da geografia e da condição territorial terrestre. Falta acrescentar – e é este o grande desafio do nosso futuro – à capacidade territorial terrestre a capacidade territorial espacial e marítima”. Já sobre os indicadores sociais do arquipélago, José Manuel Bolieiro sinalizou que existem problemas que são “dificuldades de gerações” e apontou a educação e a saúde como “grandes prioridades para o elevador social”.

“Sob a minha liderança, a coligação [PSD/CDS-PP/PPM] é coesa, firme nos seus propósitos estratégicos e consolidou políticas públicas assertivas na dimensão da mudança de paradigma que estamos a realizar. Eu sou pessoa de compromissos e de honrar a palavra”, acrescentou.

As eleições para a liderança do PSD/Açores vão decorrer no próximo sábado e o congresso regional deverá acontecer de 25 a 27 de outubro. O congresso regional do partido estava previsto para 21 e 22 de setembro, mas, por coincidir com as datas do congresso nacional, José Manuel Bolieiro revelou que a intenção é alterar a reunião magna para outubro.

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VW reestrutura equipa de liderança do hub tech em Portugal

O novo CEO será responsável pelos três centros tecnológicos da marca automóvel alemã, em Lisboa e Porto, que tem um total de 650 pessoas.

Felix Krueger é o novo CEO da Volkswagen Digital Solutions (VWDS), o hub tecnológico da marca automóvel alemã em Portugal. O até aqui responsável máximo, Juergen Reimann, assume como co-managing director, partilhando agora a gestão do hub com 650 pessoas em Lisboa e, desde abril, no Porto.

“Esta reestruturação reforça a nossa capacidade de inovar e de crescer num ambiente tecnológico em constante evolução. Com esta equipa de liderança renovada, estamos preparados para enfrentar os desafios futuros e continuar a entregar soluções digitais de excelência para o Grupo Volkswagen,” afirma Felix Krueger, novo CEO da VWDS, citado em comunicado.

Felix Krueger é o novo CEO da Volkswagen Digital Solutions

A reorganização, justifica a empresa, “visa otimizar as funções existentes sem deixar vagas por preencher, assegurando que todas as áreas críticas permanecem bem suportadas.”

O novo CEO mantém o cargo que ocupava até aqui como Tech Unit Director da MAN Digital Hub. Licenciado em administração de empresas (BA), em gestão de serviços pela DHBW Heidenheim, Felix Krueger iniciou a sua carreira como consultor de IT, desempenhou vários cargos de gestão na Logica CMG, na Daimler e, mais recentemente, na MAN Truck & Bus SE. “O seu foco está na digitalização, transformação e colaboração global.”

A reorganização passou ainda por outras áreas de liderança. Teresa Relvas, que até aqui liderava as corporate functions e a equipa de RH, passa a director of People, Brand & Communication. Além das suas responsabilidades na área de pessoas, acumula agora com as de marca e comunicação.

Nuno Fernandes assume como director of Finance & Operations, acumulando as responsabilidades de direção de operações, tendo um “papel crucial na gestão financeira e operacional, assegurando a continuidade e o crescimento sustentável da VWDS.”

Jan-Hendrik Jagla mantém-se como Tech Unit Director da SDC:PT (Software Development Center de Portugal); Gonçalo Gomes como Tech Unit Director da CODE (Core Operations and Development) e Sara Loja continua a liderar a área de Information Security & Compliance.

“A VWDS continua a reforçar as suas equipas de tech units e equipas centrais com novas contratações, alinhadas com a sua estratégia de crescimento e inovação”, refere a empresa, sem detalhar, quando questionada, objetivos de novas contratações.

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IL anuncia voto contra Orçamento da Madeira por ser “despesista e assistencialista”

  • Lusa
  • 16 Julho 2024

O deputado único da IL no parlamento da Madeira, Nuno Morna, vai votar contra o Orçamento da região para 2024 na generalidade e apresentou 10 propostas de alteração que poderão mudar a sua posição.

O deputado único da IL no parlamento da Madeira, Nuno Morna, disse esta terça-feira que vai votar contra o Orçamento da região para 2024 na generalidade e apresentou 10 propostas de alteração que poderão mudar a posição na votação final global.

“Depois de uma leitura muito mais apurada do Orçamento, não mudámos de ideias. Infelizmente, este reflete uma abordagem despesista, assistencialista e ‘subsidiarista’, características de um pendor claramente socialista que não traz nada de novo, perpetuando o mais do mesmo“, afirmou.

Nuno Morna falava em conferência de imprensa na Assembleia Legislativa da Madeira, onde as propostas de Orçamento da região, no valor de 2.195 milhões de euros, e do Plano de Investimentos para 2024, orçado em 877,9 milhões de euros, vão ser debatidas entre quarta e sexta-feira.

“Há três votos no Orçamento. O primeiro voto é um voto na generalidade, ou seja, vamos votar aquilo que recebemos do Governo [PSD]. Se eu digo que aquilo não tem nada de liberal e é um Orçamento socialista, o nosso voto é claramente contra na generalidade”, esclareceu o deputado da Iniciativa Liberal.

Nuno Norma disse, no entanto, que sua posição na votação final global fica dependente da discussão na especialidade de dez propostas apresentadas pelo partido, entre as quais a redução de 30% em todos os escalões do Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Singulares (IRS), conforme prevê a Lei das Finanças Regionais.

Na Madeira, este diferencial fiscal já está em vigor nos quatro primeiros escalões e, de acordo com a proposta de Orçamento para 2024, apresentada pelo executivo minoritário social-democrata, passará a abranger também o 5.º escalão, com efeitos retroativas a janeiro.

Entre as propostas de alteração indicadas pela IL consta a simplificação e desburocratização administrativa, a criação de mecanismos para utilizar contentores que saem da Madeira vazios com vista a obter preços que aumentem a competitividade das exportações e a criação do portal da transparência.

Os liberais defendem também mecanismos de gestão e controlo do fluxo turístico nos locais de maior procura, a avaliação da despesa pública ao nível do setor empresarial tutelado pela região, a vinculação automática dos professores contratados após quatro contratos consecutivos e a criação de um registo de saúde eletrónico.

Em relação à proposta de Orçamento apresentada pelo executivo minoritário social-democrata, Nuno Morna critica, entre outros aspetos, o facto de alocar 1.533 milhões de euros (cerca de 70,8%) a despesas de funcionamento, o que diz revelar uma “administração pesada e ineficiente”.

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José Maria Cabral Sacadura é o novo sócio de Fiscal da Cuatrecasas

A Cuatrecasas reforçou a área de Fiscal com a integração de José Maria Cabral Sacadura, na qualidade de sócio. O advogado transita da TELLES.

A Cuatrecasas reforçou a área de Fiscal com a integração de José Maria Cabral Sacadura, na qualidade de sócio. Segundo o escritório, esta incorporação vem consolidar o “posicionamento estratégico” da firma na área, nomeadamente a nível da fiscalidade internacional e estruturação de transações.

A entrada de José Maria Cabral Sacadura, além de reforçar a nossa área de Fiscal, reitera o nosso foco no segmento do mercado das operações mais complexas e inovadoras e dos clientes mais relevantes do mercado. Esta incorporação está perfeitamente alinhada com a estratégia de crescimento que traçámos e que temos vindo a implementar”, sublinha em comunicado Nuno Sá Carvalho, managing partner da Cuatrecasas em Portugal.

Com mais de 16 anos de experiência, o advogado tem-se dedicado a assessorar grupos nacionais e internacionais, com enfoque na indústria de asset management e private equity. José Maria Cabral Sacadura transita da TELLES.

A excelência técnica, o caráter inovador e vocação internacional tornam a Cuatrecasas um projeto ímpar. É um enorme orgulho poder juntar-me a esta equipa e contribuir para o seu sucesso”, refere o novo sócio.

Já a sócia coordenadora de Fiscal, Serena Cabrita Neto, destaca que com esta contratação a equipa de Fiscal da Cuatrecasas “reforça a sua aposta na área transacional e financeira, ilustrando da melhor forma o seu projeto de ser uma equipa de referência para as empresas nacionais e estrangeiras”.

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Venda da Somincor. “Não se avizinha nada de bom”, diz sindicato

  • Lusa
  • 16 Julho 2024

"Pensamos que não é nada do outro mundo, porque a venda de empresas acontece todos os dias em todo o lado”, disse, por seu turno, o autarca de Castro Verde.

O presidente da Câmara de Castro Verde (Beja) disse esta terça-feira esperar que a possível venda da empresa da mina de Neves-Corvo, situada no concelho, seja “um ato de gestão normal”, enquanto o sindicato do setor manifestou preocupação. “Temos pouca informação sobre os termos do negócio e como é que vai avançar, mas pensamos que não é nada do outro mundo, porque a venda de empresas acontece todos os dias em todo o lado”, afirmou à agência Lusa o autarca de Castro Verde, António José Brito.

Falando sobre a eventual venda da Somincor, subsidiária do grupo Lundin Mining que explora a mina de Neves-Corvo, o presidente do município disse compreender estas intenções, dada a alta rentabilidade e importância social e económica da empresa. “É legítimo que a Lundin Mining tenha a perceção de, tendo um ativo tão importante e valioso, o poder rentabilizar e, naturalmente, entendemos isso como um ato de gestão normal no seio de um grande grupo económico”, realçou.

Assinalando que “a Somincor é a maior empregadora do concelho de Castro Verde”, o autarca alentejano mostrou-se convicto de que, caso o negócio se concretize, se siga “um quadro de normalidade e de responsabilidade”. “Precisamos de ter uma expectativa de bom senso e tranquilidade de que todo este processo decorrerá dentro da maior normalidade e, nesse sentido, continuaremos a ter uma empresa muito sólida, geradora de emprego e de riqueza”, salientou.

António José Brito lembrou que, há cerca de 20 anos, a empresa “passou por um processo semelhante”, quando a Lundin Mining a comprou à Eurozinc, e que, também nessa altura, “houve muita especulação” sobre o futuro. “A empresa continuou a fazer o seu caminho e, agora, também é a nossa confiança que continue a fazer o seu caminho, com a maior normalidade e independentemente destes processos, que acontecem em todo o lado e com todas as empresas”, acrescentou.

Já o coordenador do Sindicato dos Trabalhadores da Indústria Mineira (STIM), Albino Pereira, tem uma opinião diferente, uma vez que considerou que “não se avizinha nada de bom”. “De certeza absoluta que não será bom para os trabalhadores, pois, quem vier, virá com vontade de ‘passar a limpo’ os direitos que os trabalhadores têm. Isso já foi tentado no passado e agora será mais do mesmo”, disse.

Albino Pereira aludiu mesmo ao que sucedeu quando entraram novos proprietários nas minas de Aljustrel, também no distrito de Beja, em que foram propostos aos trabalhadores “ordenados pouco acima do ordenado mínimo nacional”. “Isso para um mineiro é uma desgraça”, reforçou.

O dirigente sindical acrescentou que “quem vier a seguir quererá ‘fazer uma limpeza’ – como se costuma dizer – e pôr tudo à vontade deles”. “É um procedimento normal em qualquer compra de património”, notou. Perante a eventual venda da concessionária da mina de Neves-Corvo, o STIM pretende “marcar uma reunião com a administração”, anunciou o coordenador, Albino Pereira.

A Somincor já confirmou, em comunicado enviado à Lusa, “a existência de contactos exploratórios” para a venda da sua operação em Portugal. O comunicado da concessionária da mina de Neves-Corvo surge depois de uma notícia, divulgada pelo jornal “ECO”, a dar conta da pretensão da Lundin Mining vender a empresa mineira sediada no distrito de Beja.

De acordo com a notícia do “ECO”, a fase de apresentação de propostas pela mina de Neves-Corvo termina na quarta-feira, numa operação que estará a ser conduzida pelo Banque de Montréal. Constituída em 24 de julho de 1980, a Somincor é a concessionária da mina de Neves-Corvo, que produz, sobretudo, concentrados de cobre e de zinco, assim como prata e chumbo, e onde trabalham cerca de 2.000 pessoas.

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PSD quer saber quem ajudou a Casa da Moeda a pagar dividendo extra ao Estado

PSD pede lista de clientes da Casa da Moeda que pagaram dívidas no valor global de nove milhões de euros, permitindo que a empresa não tenha sofrido problemas de tesouraria apesar do dividendo extra.

O PSD quer saber quais os clientes da Imprensa Nacional – Casa da Moeda que pagaram dívidas vencidas no valor global de cerca de nove milhões de euros, um montante próximo do dividendo extraordinário entregue pela empresa ao Estado no final de dezembro de 2023.

Num requerimento endereçado ao ministro da Presidência, entregue esta terça-feira no parlamento e a que o ECO teve acesso, os deputados sociais-democratas pedem documentação adicional relativa à Casa da Moeda, após a presidente da empresa, Dora Moita, ter afastado numa audição no parlamento “ingerência política” no pedido de dividendos extraordinários do Estado.

O grupo parlamentar do PSD solicita o envio “urgente” dos nomes dos clientes da Casa da Moeda “que procederam a pagamentos antes do previsto pela empresa quando elaborou os três cenários de distribuição extraordinária de dividendos contidos nos e-mails de 26/12/2023 dirigidos à Parpública e à tutela, respetivos montantes e datas”.

Os deputados ‘laranja’ requerem ainda o balancete final analítico a 31 de dezembro de 2023 da Casa da Moeda e o balancete acumulado analítico.

Em causa estão as declarações da presidente da Casa da Moeda, numa audição em 11 de julho no parlamento a pedido do CDS-PP. A responsável da empresa afirmou que não sentiu dificuldades de tesouraria no primeiro trimestre, não tendo sido necessário recorrer a nenhum tipo de endividamento.

O PSD recorda que esta posição é distinta da assumida no cenário para um dividendo extraordinário de 10 milhões de euros. No parlamento, Dora Moita explicou que a mudança se deveu ao pagamento de verbas significativas por parte de alguns clientes públicos com os quais não contava.

“O que aconteceu foi que grandes clientes, em determinada altura, pagaram dividas vencidas numa verba que ascendeu a praticamente nove milhões de euros”, indicou, acrescentando que esta informação não era conhecida quando as estimativas foram elaboradas.

O PSD recorda agora que, em dezembro de 2023, a Casa da Moeda salientava o “grau de risco elevado” sobre as receitas do primeiro trimestre, uma vez que os principais clientes da empresa são entidades públicas, que dependem do Orçamento do Estado, pelo que o dividendo extraordinário pedido então pelo Ministério das Finanças poderia implicar “uma muito provável pressão sobre a tesouraria da empresa ao longo do ano” e “a necessidade provável de recurso a financiamento de curto e/ou médio/longo prazo”.

A audição de Dora Moita ocorreu a par com outra ao ex-presidente da Águas de Portugal e outra ao presidente da NAV, na sequência dos dividendos destas empresas públicas e o impacto na redução da dívida pública. O tema entrou em discussão após uma análise da Unidade Técnica de Apoio Orçamental (UTAO) ter classificado de “artificial” a diminuição da dívida.

Inicialmente, a Casa da Moeda transferiu dividendos extraordinários no valor de cinco milhões de euros, mas acabaram por ser transferidos mais cinco milhões de euros, elevando o total para 10 milhões de euros.

As transferências de dividendos extraordinários da Casa da Moeda, Águas de Portugal e NAV no final do ano passado têm estado “debaixo de fogo”, com o PSD e o CDS-PP a criticarem a gestão do anterior ministro das Finanças, Fernando Medina, para reduzir a dívida pública.

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