Lula da Silva diz que moeda brasileira é alvo de especulação

  • Lusa
  • 2 Julho 2024

Mercados têm atribuído a fraqueza do real às contínuas e duras críticas do presidente brasileiro à política de juros elevados defendida pelo Banco Central. O real regista a quinta maior depreciação.

A desvalorização da moeda brasileira face ao dólar preocupa o Governo brasileiro, disse esta terça-feira o Presidente do país, Luiz Inácio Lula da Silva, referindo acreditar que o problema é causado por especulação do mercado. “Obviamente que me preocupa essa subida do dólar, é uma especulação. É um jogo de interesse especulativo contra o real”, disse em entrevista à rádio Sociedade, na cidade brasileira de Salvador.

“Tenho conversado com as pessoas sobre o que a gente vai fazer (…) Estou voltando [para Brasília] e quarta-feira terei uma reunião, porque não é normal o que está acontecendo, não é normal”, acrescentou. Agentes do mercado financeiro têm atribuído a fraqueza do real às contínuas e duras críticas de Lula da Silva à política de juros elevados defendida pelo Banco Central, instituição autónoma que mantém a sua taxa diretora em 10,5%, apesar da inflação controlada, em torno de 3,5%.

Lula da Silva tem pressionado, em declarações públicas, um corte nas taxas, com o objetivo de impulsionar o crédito e a atividade económica, mas o Banco Central recusa, devido a desequilíbrios nas contas públicas que poderiam pressionar a inflação. A moeda brasileira (o real) regista a quinta maior depreciação entre as outras moedas do mundo face ao dólar desde o início do ano, segundo cálculos dos media locais.

Esta segunda-feira, a moeda brasileira desvalorizou 1,05% face ao dólar, que fechou em 5,64 reais, o valor mais elevado desde dezembro de 2021, o que reforçou uma tendência que começou há meses, mas que se acentuou nas últimas semanas. O ministro das Finanças do Brasil, Fernando Haddad, considerou que a subida do dólar face ao real se deve, entre outra coisas, a “muito ruído” e alguns problemas de “comunicação” do Governo.

Haddad reconheceu em declarações aos jornalistas que o dólar “está em alta” e que o real é uma das moedas que mais se desvalorizou no mundo até agora em 2024. “Atribuo isso a muito barulho”, declarou Haddad, que também disse que o Governo “precisa comunicar melhor os resultados económicos”, que em geral são positivos, com crescimento da economia em torno de 2,5% este ano, inflação controlada, geração de empregos e atração de investimentos estrangeiros.

Sem dar detalhes, disse ter recebido relatórios que revelam uma melhoria da atividade económica e também um aumento da arrecadação de impostos, que o Governo aspira recuperar para equilibrar as suas contas sem precisar de reduzir despesas. Segundo Haddad, esses novos dados “ajudarão a acomodar” a situação atual e também contribuirão para “reverter” as pressões que existem no mercado cambial.

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Baker Tilly rejeita ser revisor oficial de contas da Lisgráfica

  • Lusa
  • 2 Julho 2024

A empresa “foi declarada insolvente” em janeiro e na assembleia de credores, realizada a 5 de junho, foi votado "favoravelmente o plano de recuperação da Lisgráfica”.

A Lisgráfica, em processo de insolvência e com um plano de recuperação, está a escolher um novo revisor oficial de contas (ROC), depois de a empresa eleita na assembleia-geral, a Baker Tilly, não ter aceitado o mandato, anunciou.

Em comunicado, divulgado no site da Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), a empresa informou que apesar de na “Assembleia Geral do passado dia 23 de junho ter sido eleita a Baker Tilly, PGR & Associados SROC Lda para ROC efetivo, a Baker Tilly não aceitou o mandato”. Segundo a sociedade, “a carta de aceitação nunca foi enviada para a Lisgráfica”.

Assim, “o Conselho de Administração, em colaboração com o Conselho Fiscal” tem vindo a “tentar resolver esta lacuna”. “Foi recentemente aceite uma proposta de serviços de uma outra empresa de revisores de contas. Está a correr o prazo legal para verificação de incompatibilidades e/ou outros impedimentos”, destacou.

Assim, “se não existirem impedimentos, iniciar-se-ão os serviços de auditoria e revisão às contas referentes ao exercício de 2023”, sendo que “na próxima Assembleia Geral será ratificada a escolha do novo ROC efetivo”. A empresa lembrou que “foi declarada insolvente” em janeiro e que no dia 5 de junho se realizou a assembleia de credores que “votou favoravelmente o plano de recuperação da Lisgráfica”.

“O Conselho de Administração da Lisgráfica esteve focado na preparação do plano de recuperação e a garantir o funcionamento normal da empresa com um processo de insolvência a correr. E preparou as contas para poderem ser revistas, auditadas e aprovadas em tempo útil”, assegurou.

Em 19 de junho, a Lisgráfica informou que iria divulgar até ao próximo dia 31 de julho os documentos de prestação de contas do exercício de 2023, dando conta de um atraso no processo. “A Lisgráfica – Impressão e artes gráficas informa que o processo de encerramento dos documentos de prestação de contas referente ao exercício de 2023 se encontra atrasado”, referiu em comunicado à CMVM.

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Plataforma da PSP e GNR critica “falta de vontade política” do Governo

  • Lusa
  • 2 Julho 2024

Porta-voz da plataforma considera que as propostas do Governo embora "não sejam "migalhas", ainda são "insuficientes". Sindicato dos Profissionais da Polícia critica tom "provocatório" de Montenegro.

O porta-voz da plataforma dos sindicatos e associações da PSP e GNR considerou esta terça-feira que as declarações do primeiro-ministro sobre o subsídio de risco revelam “falta de vontade política”, expressando dúvidas sobre a possibilidade de chegar a um acordo.

A negociação “não está a ser priorizada do ponto de vista político. Porque havendo vontade e havendo prioridade, eu quero acreditar que se conseguiria ir mais além para firmar um acordo. Não sendo possível esse acordo, tenho imensas dúvidas que possa ser celebrado ou acordado, e teremos, necessariamente, que manter a nossa defesa daquilo que consideramos o mínimo de justiça”, disse aos jornalistas Bruno Pereira, à margem do evento comemorativo do 157.º Aniversário da Polícia de Segurança Pública, que decorreu em Torres Novas, no distrito de Santarém.

O primeiro-ministro afirmou que o Governo não vai colocar “nem mais um cêntimo” na proposta para as forças de segurança, dizendo que já fez “um esforço medonho” e não está disponível para “trazer de volta a instabilidade financeira”.

As negociações entre o Governo e os sindicatos da PSP e associações da GNR sobre a atribuição de um subsídio de risco permanecem, ao fim de três meses, sem acordo depois de o Ministério da Administração Interna ter proposto um aumento de 300 euros no suplemento de risco da PSP e GNR, valor que seria pago de forma faseada até 2026, passando o suplemento fixo dos atuais 100 para 400 euros, além de se manter a vertente variável de 20% do ordenado base.

Como contraposta, a plataforma dos sindicatos da PSP e associações da GNR, que inicialmente pediu 600 euros de aumento, propõe agora um aumento de 400 euros pago em três vezes: 200 euros este ano, 100 euros em 2025 e outros 100 em 2026. O porta-voz considera que os 300 euros propostos pelo Governo, embora “não sejam “migalhas”, ainda são “insuficientes”, referindo que uma melhor gestão orçamental permitiria suportar esse aumento salarial.

“Com toda a compreensão para com as forças governativas, achamos que 400 euros é perfeitamente comportável. É importante haver medidas que permitam poupar dinheiro, e essa poupança de dinheiro pode ser alocada para este aumento salarial. É uma questão de vontade em fazer mais e diferente”, defendeu.

Questionado sobre as declarações do presidente do Chega, André Ventura, que apelou a todos os polícias e forças de segurança para se mobilizarem no parlamento na quinta-feira, dia em que o partido vai apresentar propostas para o setor, o porta-voz defendeu a participação cívica dos polícias, incluindo a presença na Assembleia da República para discutir questões sobre a sua classe profissional.

A participação cívica é algo que não está arredado aos polícias e, portanto, eles poderem ir para a Assembleia da República assistir a uma discussão de algo que eles consideram importante, não parece ser de criticar, mas sim de louvar. É uma questão da decisão individual de cada um dos polícias”, concluiu.

Sindicato dos Profissionais da Polícia usa Montenegro de querer colocar opinião pública contra os polícias

Já o Sindicato dos Profissionais da Polícia (SPP/PSP) acusou esta terça-feira o primeiro-ministro de querer virar a opinião pública contra os polícias ao declarar que o Governo não vai colocar “nem mais um cêntimo” na proposta para as forças de segurança.

Em comunicado, o sindicato lamentou que o Governo continue sem atribuir o suplemento de missão reclamado pela Polícia de Segurança Pública (PSP), Guarda Nacional Republicana (GNR) e Corpo da Guarda Prisional (CGP) “quase quatro meses desde a sua tomada de posse” e apontou o tom “provocatório” das declarações de Luís Montenegro no encerramento das jornadas parlamentares do PSD, em Sintra.

“Uma vez que falamos da compensação do risco agregado à profissão, consideramos como provocatório que o senhor primeiro-ministro aponte os valores referentes ao investimento em causa, uma vez que não o fez em mais nenhum caso, numa tentativa de colocar a opinião pública contra os polícias, utilizando os polícias como arma de arremesso político”, lê-se na nota hoje divulgada.

O SPP, que confirmou a presença numa reunião com o Ministério da Administração Interna (MAI) marcada para o próximo dia 9, criticou ainda o Governo pelo que considerou ser uma diferença de tratamento dos polícias em relação aos professores, por causa do acordo alcançado para a recuperação do tempo de carreira congelado.

Constatamos que o atual Governo já promoveu o descongelamento dos professores (que neste caso são em muito maior número que os polícias), pois bem, os polícias da PSP também viram seus ordenados congelados. Por que motivo se discriminam negativamente os polícias em mais esta situação?”, questionou o organismo sindical.

No comunicado, que não refere o apelo público lançado pelo presidente do Chega, André Ventura, para a presença dos polícias na quinta-feira no parlamento, quando for discutida e votada uma proposta do partido de extrema-direita similar ao que foi proposto pelas forças de segurança nas negociações com o MAI, o SPP afirma que “não tem qualquer ideologia política”, mas apoia iniciativas que procurem defender os polícias.

“[O SPP] Tem como principal e único objetivo defender os direitos dos polícias. Apoiamos e apoiaremos todas as iniciativas legais que visem a defesa dos polícias, como um todo, em que todos são dignificados. Não permitiremos que qualquer retórica, mais ou menos hábil, tente ofuscar a realidade, pois aquilo porque lutamos é justo e merecido”, concluiu.

(Notícia atualizada às 18h21 com a reação do SPP/PSP)

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ONU estima que 80% da população de Gaza esteja deslocada

  • Lusa
  • 2 Julho 2024

"Mais de um milhão de pessoas estão novamente deslocadas, em busca de abrigo e segurança, (aumentando) o número de pessoas deslocadas em Gaza para 1,9 milhão", disse a coordenadora humanitária da ONU.

Cerca de 80% dos residentes da Faixa de Gaza estão deslocados, de acordo com a ONU, cujos responsáveis disseram estar preocupados com as novas ordens de evacuação emitidas pelo Exército israelita.

“Mais de um milhão de pessoas estão novamente deslocadas, em busca de abrigo e segurança, (aumentando) o número de pessoas deslocadas em Gaza para 1,9 milhão”, disse esta terça-feira a coordenadora humanitária da ONU na Faixa de Gaza, Sigrid Kaag, durante uma sessão no Conselho de Segurança das Nações Unidas. Cerca de 2,4 milhões de pessoas vivem no pequeno enclave palestiniano sitiado e bombardeado por Israel desde 7 de outubro de 2023, em retaliação ao ataque sem precedentes do grupo islamita palestiniano Hamas em solo israelita, ocorrido no mesmo dia.

As Nações Unidas estimam que até 250 mil pessoas sejam afetadas pela ordem dada pelo Exército israelita aos civis para saírem de Al-Qarara, Bani Souhaila e outras cidades perto de KhanYunis, no sul de Gaza. “Os civis palestinianos em Gaza estão mergulhados num abismo de sofrimento. As suas vidas estão destroçadas. A guerra não só criou a mais profunda das crises humanitárias. Ela desencadeou um turbilhão de miséria humana”, acrescentou Sigrid Kaag.

A ajuda está a chegar à Faixa de Gaza em quantidades insuficientes, explicou Kaag, lembrando que a abertura de novos pontos de passagem, nomeadamente no sul do território, é essencial para evitar um agravamento da crise humanitária.Kaag apelou ainda à comunidade internacional para que faça mais para financiar os esforços de entrega de ajuda aos residentes de Gaza.

A ofensiva do Exército israelita na Faixa de Gaza já fez 37.925 mortos, a maioria civis, segundo os dados mais recentes do Ministério da Saúde de Gaza, tutelado pelo Hamas. O ataque do Hamas em solo israelita resultou na morte de 1.195 pessoas, a maioria civis, segundo dados oficiais israelitas. Das 251 pessoas sequestradas durante o ataque de 7 de outubro, 116 ainda estão mantidas como reféns em Gaza, entre as quais 42 estão mortas, segundo o Exército.

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Setor dos seguros deve apostar na qualidade da base de dados

No debate "Para onde caminha a tecnologia dos seguros", os participantes foram unânimes quanto à salvaguarda da qualidade da base de dados sob pena de se perder informação vital.

3.º Fórum Nacional de Seguros
3.º Fórum Nacional de SegurosGonçalo Gomes 2 julho, 2024

É urgente o setor dos seguros apostar na qualidade da base de dados sob pena de colocar em risco toda a informação vital das seguradoras e dos clientes entretanto recolhida. A prioridade da medida foi unânime entre os participantes do painel “Para onde caminha a tecnologia dos seguros” do 3.º Fórum Nacional de Seguros, uma organização do ECOseguros e da Zest que acontece até quarta-feira, na Alfândega do Porto.

O desafio inicial partiu de Manuel Ribeiro, product manager da Cleva – empresa de software direcionada para o mercado segurador. “Vamos todos trabalhar na qualidade de dados”, disse. Caso contrário, alertou depois Hugo Gonçalves, CEO da Libax, “perde toda a gente, as companhias de seguros e os clientes”.

Num encontro no Porto que juntou profissionais de seguradoras, prestadores e parceiros do setor, a importância de ter uma eficaz base de dados reuniu assim o consenso de todos os participantes neste painel. É preciso ter em consideração, assinalou Manuel Ribeiro, que “os dados vão ser utilizados mais tarde para satisfazer os clientes”.

3.º Fórum Nacional de Seguros
3.º Fórum Nacional de SegurosGonçalo Gomes 2 julho, 2024

Também Hugo Alves Silva, insurance delivery manager da NTT DATA Portugal, destacou a relevância de ter um bom sistema com informação armazenada de forma eficaz. “A qualidade dos dados tem de melhorar para obter mais informação e maior detalhe”, sublinhou.

Já Vítor Amorim, chief research officer da Randtech Computing – orientada para o desenvolvimento de software no setor dos seguros – abordou o papel da Inteligência Artificial no setor, alertando, contudo, que esta ferramenta “ainda carece de uma boa validação e maturação“.

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Estado angolano vai alienar participação no Standard Bank, Bodiva e ENSA até novembro

  • Lusa
  • 2 Julho 2024

Angola pretende vender 34% da participação no Standard Bank e 30% na bolsa (Bodiva) e 30% na empresa seguradora (ENSA).

O Estado angolano vai reduzir as suas participações na seguradora ENSA, no Standard Bank e na Bolsa de Dívida e Valores de Angola (BODIVA) até novembro deste ano, deixando a empresa de telecomunicações Unitel para 2025.

A informação foi divulgada esta terça-feira no portal do governo angolano depois de avançada pelo coordenador-adjunto da Comissão Nacional Interministerial para o Programa de Privatização (PROPRIV), Ottoniel dos Santos, na segunda-feira. O Estado pretende alienar, até novembro, 34% da participação de 49% que detém no sul-africano Standard Bank, sendo 24% para o acionista parceiro e 10% em bolsa, mantendo 15% na esfera do Estado.

Até essa altura, prevê também alienar 30% da participação que possui na Bolsa de Dívida e Valores de Angola (BODIVA) e na Empresa Nacional de Seguros de Angola (ENSA). “Esta é a proposta que a Comissão irá submeter à apreciação superior para poder seguir adiante”, afirmou Ottoniel dos Santos, indicando que o processo para a BODIVA será alienação, enquanto no caso da ENSA se pretende fazer uma privatização em bolsa.

A comissão analisou, na reunião em que tomou estas decisões, o balanço do Programa de Privatizações e a proposta de estratégia de privatização de um conjunto de ativos ao longo deste semestre e de 2025, incluindo a venda da Unitel. Segundo o coordenador-adjunto da Comissão, a proposta é alienar 15% da participação que o Estado detém na Unitel até ao início do segundo semestre de 2025.

Na mesma ocasião, Ottoniel dos Santos anunciou que foi também apreciada a estratégia de privatização da participação indireta do Estado no Banco Fomento Angola (BFA). “Esta participação será alienada até ao primeiro trimestre de 2025 e será feita numa dimensão de até 30% da participação combinada do Estado e do parceiro acionista”.

Inicialmente previsto para o período 2019-2022, com um total de 195 ativos públicos por privatizar, o PROPRIV foi prorrogado para o período 2023-2026, por intermédio do Decreto Presidencial nº78/23 de 28 de março.

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Sagres oferece viagem dupla para o Portugal x França em passatempo “flash”

  • + M
  • 2 Julho 2024

Além da viagem, o prémio inclui transfer, estadia com pequeno-almoço e um pack adepto para que os vencedores se possam equipar a rigor e torcer pela equipa portuguesa.

A Sagres lançou um passatempo “flash” no qual oferece uma viagem para duas pessoas à Alemanha para assistir ao jogo Portugal x França, no âmbito da eliminatória dos quartos-de-final.

O prémio inclui transfer, estadia com pequeno-almoço e um pack adepto para que os vencedores se possam equipar a rigor e torcer pela equipa das quinas.

Para se habilitarem a ganhar este prémio, os participantes devem seguir o Instagram da Cerveja Sagres, fazer um comentário com a frase “Eu acredito que vou aos quartos!” na publicação da promoção, identificando a pessoa que gostariam de levar nesta viagem, a qual também deve seguir a página.

Ganha o bilhete quem conseguir ser o último comentário até às 15h59 de quarta-feira. O vencedor é conhecido no dia a seguir.

“Jogo após jogo, a Seleção Nacional tem vindo a mostrar que é possível alcançar grandes feitos. Através deste passatempo, a Cerveja Sagres reforça, uma vez mais, a ligação aos portugueses e à nossa Seleção, e dá a oportunidade aos adeptos de fazerem parte do momento decisivo da jornada da nossa seleção no Campeonato Europeu de Futebol”, refere a marca em nota de imprensa.

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A celebrar 30 anos, NIU aposta num rebranding assinado pela Dentsu Creative Portugal

  • + M
  • 2 Julho 2024

A agência apresenta-se agora dividida em quatro áreas-chave: brand experiences, corporate experiences, shopper experiences e 360º creative production.

Numa altura em que se encontra a celebrar 30 anos, a Niu aposta numa nova imagem, visando reforçar a proximidade ao cliente e a especialização da empresa. O rebranding é assinado pela Dentsu Creative Portugal.

Niu Experience Agency” é a nova assinatura da agência, cuja identidade “reflete a excelência e a especialização dos seus serviços, reforçando a forma como a Niu tem aproximado as marcas das pessoas, criando experiências únicas”, refere-se em nota de imprensa.

“A nova identidade de marca transmite a ambição de termos uma visão mais integrada da empresa, uma nova narrativa de negócio e um propósito cada vez mais partilhado entre todas as equipas Niu. Quando fizemos o rebranding, não se tratou simplesmente de uma alteração de logótipo, esta mudança dá início a um novo ciclo na empresa, reposicionando uma marca que faz este ano 30 anos, preparada para um futuro cada vez mais acelerado, mais global“, diz Nuno Santana, CEO da agência, citado em comunicado.

“Queremos impactar e estar, ainda mais próximo, de todas as empresas, quer sejam pequenas e médias empresas ou multinacionais. Queremos estar mais próximos das pessoas. Este caminho que estamos a construir na Niu Experience Agency é um caminho para o amanhã”, acrescenta.

https://videos.sapo.pt/Aoeh8AgI7WSz0VJ6W3r2

A agência apresenta-se agora dividida em quatro áreas-chave. Enquanto a área de brand experiences, pretende unir “marcas e pessoas em experiências que celebram o melhor da vida”, a de corporate experiences visa a “valorização do lado humano das empresas, de modo a aproximá-las dos seus colaboradores”, lê-se em nota de imprensa.

A Niu conta ainda com a área de shopper experiences, “onde se criam experiências de consumo únicas, adaptadas ao ambiente e necessidades específicas, em loja ou noutros locais”, e com a área 360º creative production, que “engloba todo o tipo de produção de forma a garantir a autenticidade da experiência do início ao fim”.

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Presidente da APS considera que excesso de regulação não é solução para aplicar IA nos seguros

José Galamba de Oliveira, presidente da APS, acredita que os residentes em Portugal ficarão mais protegidos de catástrofes climáticas se forem estabelecidas parcerias público-privadas.

O presidente da Associação Portuguesa de Seguradores (APS), José Galamba de Oliveira, acredita que “o excesso de regulação” da União Europeia “não é a solução” para aplicar inteligência artificial nas operações das seguradoras.

José Galamba de Oliveira, presidente da Associação Portuguesa de Seguradores (APS), em entrevista no Fórum Nacional de Seguros 2024.Gonçalo Gomes

Em entrevista ao ECOseguros na 3.ª edição do Fórum Nacional de Seguros, José Galamba de Oliveira defende que deve caber a cada empresa a responsabilidade de aplicar ética e corretamente as IA. Até porque a incorreta aplicação pode abalar a sua reputação.

Nesse sentido, o presidente da APS acredita que a aplicação ética das IA está no ADN dos seguros, por ser uma indústria já opera com os dados pessoais dos seus clientes.

APS quer mais incentivos que aumentem poupança para a reforma

José Galamba de Oliveira defende que devem ser implementados incentivos fiscais para aumentar a poupança para a reforma. Para inverter a tendência que se verificou dos produtos de seguro de poupança para a reforma (PPR) que deixaram de ser utilizados pelos clientes como uma fonte de rendimento extra para a reforma.

Intervenção de José Galamba de Oliveira, presidente da Associação Portuguesa de Seguros (APS), na 3.ª edição do Fórum Nacional de Seguros.Gonçalo Gomes

Este produto começou a ser resgatado mais cedo do que era suposto, impulsionado pelo conjunto de medidas governamentais que “facilitaram o seu resgate mais cedo”, refere o presidente da APS..

O responsável acredita que o novo PPR Europeu (PEPP) é “uma oportunidade”, mas a sua implementação está aquém do que considera necessário.

APS acredita que parcerias público-privadas vão reduzir a lacuna de proteção

O presidente da APS acredita que é através de parcerias público-privadas que se poderá reduzir o número de residentes em Portugal que estão expostos aos riscos climáticos. “Reduzir o gap tem de ser um esforço coordenado entre o público e o privado“, assinala.

Cooperação é também necessária para enfrentar três riscos que aumentam a sua severidade e frequência – nomeadamente relacionados com o clima, alterações climáticas e inteligência artificial – “tem que haver cooperação entre produtores e distribuidores”, refere o presidente da APS.

Entre essas parcerias público-privadas está o Fundo Sísmico, um dos pilares do um mecanismo mais abrangente que inclui outros riscos climáticos. O mecanismo ainda está a ser estudado, mas parte do pressuposto da “obrigatoriedade de cobertura sísmica das habitações em Portugal”.

A APS tem sido um dos agentes que fazer pressão para levar este tema para a agenda política há, pelo menos, 20 anos. “Esta interação entre seguradoras e estado é necessária, falamos disto há 20 anos e já perdemos 20 anos”, afirmou José Galamba de Oliveira.

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Marcelo avisa que execução do PRR “está ainda muito baixa”

"O tempo que temos pela frente é muito limitado", avisou o Presidente da República sobre a taxa de execução do PRR que "está ainda muito baixa", apesar de ter acelerado em 2023.

Apesar de ter acelerado no ano passado, o Presidente da República avisou esta terça-feira que a taxa de execução do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) “está ainda muito baixa”, mantendo-se a dificuldade de as verbas chegarem ao “destinatário final”. Marcelo Rebelo de Sousa lembra ainda que o prazo de execução “é muito limitado”.

A taxa de execução do PRR “está ainda muito baixa”, apontou Marcelo Rebelo de Sousa, em declarações transmitidas pela RTP3, a partir da fábrica da Stellantis, em Mangualde. “Estamos com média de entre 70 e 100 milhões por mês que chegam aos destinatários finais”, indicou.

Segundo o Chefe de Estado, continua a existir “um vazio muito grande entre o dinheiro” disponível e o “que está contratualizado” e aquele que chega ao destinatário final, com o país a continuar a enfrentar problemas “burocráticos”.

“O tempo que temos pela frente é muito limitado“, avisou o Presidente da República, lembrando que o PRR tem de ser executado até 2026. “Temos de recuperar rapidamente. Sabemos que temos taxas de execução que são melhores do que outros países europeus, mas isso não nos consola. Temos de melhorar”, sinalizou.

O prazo de execução do PRR tem sido uma das preocupações do Presidente da República, que ainda antes das eleições antecipadas de 10 de março tinha desafiado o futuro elenco governativo a “multiplicar” o ritmo da execução. Em 2023 houve uma aceleração na aplicação das verbas do PRR, tendo sido executado mais do dobro face a 2021 e 2022, mas continuou aquém do previsto pelo Governo, segundo um relatório do Conselho das Finanças Públicas.

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EUA avançam com novo pacote de ajuda de 2,3 mil milhões de dólares à Ucrânia

  • Lusa
  • 2 Julho 2024

"Não se enganem, a Ucrânia não está sozinha, e os Estados Unidos nunca hesitarão no nosso apoio", garantiu o secretário da Defesa norte-americano, Lloyd Austin.

O secretário da Defesa norte-americano, Lloyd Austin, anunciou esta terça-feira um novo pacote de ajuda à Ucrânia no valor de 2,3 mil milhões de dólares, que inclui defesa aérea e armas antitanque. “Os Estados Unidos vão anunciar em breve mais de 2,3 mil milhões de dólares (2,14 mil milhões de euros) em nova ajuda à segurança da Ucrânia”, afirmou Austin, num encontro com o seu homólogo ucraniano, Roustem Oumerov, no Pentágono.

“Não se enganem, a Ucrânia não está sozinha, e os Estados Unidos nunca hesitarão no nosso apoio”, garantiu o norte-americano no início da reunião com Umerov. O governante referiu que com mais cerca de 50 aliados e parceiros continuarão a ser fornecidas “capacidades essenciais de que a Ucrânia precisa para repelir a agressão russa hoje e impedir a agressão russa amanhã”.

No domingo, o Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, afirmou que a Rússia tinha lançado, só na última semana, mais de 800 bombas planadoras e instou os líderes nacionais a flexibilizarem as restrições ao uso das armas ocidentais para atingir alvos militares dentro da Rússia.

Segundo Zelensky, a Ucrânia precisa dos “meios necessários para destruir os portadores dessas bombas, incluindo aviões de combate russos, onde quer que estejam”.

Austin não fez referência às restrições nas suas declarações iniciais, mas disse a Umerov que iriam discutir “mais formas de satisfazer as necessidades imediatas de segurança da Ucrânia e de construir uma força futura para evitar mais agressões russas”. O conflito na Ucrânia iniciou-se em fevereiro de 2022.

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Agenda anticorrupção já está disponível para consulta pública

O relatório técnico que fundamenta a agenda anticorrupção já está disponível online e pode ser consultado durante 30 dias úteis.

Já está disponível para consulta pública o relatório técnico que esteve na base da agenda anticorrupção que contém 32 medidas, apresentado pela ministra da Justiça na semana passada. O processo de consulta pública estará aberto durante 30 dias úteis e é feito online através do preenchimento de um formulário disponível na plataforma de Consultas Públicas – Consulta Lex.

“Depois das consultas aos Grupos Parlamentares e às entidades com responsabilidades na luta contra a corrupção, o Governo convida todos os cidadãos interessados e todas as entidades (públicas ou privadas) a participar na consulta pública, que agora se inicia”, refere o Ministério da Justiça em comunicado.

O Governo sublinha que com este passo dão também significado a dois dos princípios constantes da agenda anticorrupção: o reforço do mecanismo da consulta pública e o aprofundamento do princípio do “Governo aberto”, fortalecendo a democracia na sua vertente participativa.

As medidas da agenda anticorrupção foram dadas as conhecer no dia 20 de junho, após terem sido aprovadas em Conselho de Ministros. Regulamentar o lóbi, ter atenção às autarquias e a sua relação com empresas locais, voltar a pôr na agenda a delação premiada, reforçando o seu alcance, criar uma “lista negra” de fornecedores do Estado e recorrer mais vezes aos advogados do Estado e menos a sociedades de advogados são algumas das medidas incluídas na agenda.

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