Insolvências de empresas disparam 34% no mês das eleições

Em maio, a coincidir com as legislativas antecipadas ganhas pela AD, houve um total de 425 processos de insolvência em Portugal e também uma perda de novos negócios (-17%) a abrirem portas.

Houve um forte abrandamento da dinâmica empresarial no mês em que o país voltou a ir a votos, com as insolvências a aumentaram 34% e a constituição de novos negócios a baixar 17% face ao mesmo período do ano anterior.

A consultora Iberinform contabilizou 425 processos de insolvência em maio, prolongando a tendência de crescimento desde o início do ano. Nos primeiros cinco meses de 2025, o número de ações ascendeu a 941 empresas, isto é, 12% acima do registo homólogo em 2024.

Com 420 e 419 casos, respetivamente, Lisboa e Porto concentram o maior volume de insolvências. Já em termos percentuais, as maiores subidas aconteceram em Castelo Branco (+55%), Leiria (+50%), Viana do Castelo (+48%), Bragança (+44%) e Vila Real (+43%).

Por setor de atividade, só o da eletricidade, gás e água teve menos empresas a fechar no acumulado até maio. Os mais penalizados pelo aumento das insolvências, com uma duplicação no número de casos, continuam a ser o ramo agrícola, a indústria extrativa e as telecomunicações.

Por outro lado, num mês que ficou marcado pela campanha eleitoral que conduziu à vitória da AD, a filial da Crédito y Caución identificou igualmente uma “tendência negativa” nas novas empresas: foram criadas apenas 3.726, menos 17% do que em maio de 2024.

Entre janeiro e maio, os setores com maiores quebras nas constituições foram as telecomunicações (-38%) e os transportes (-26%). E as duas regiões mais dinâmicas do país estão este ano menos empreendedoras, com uma diminuição de 3,8% nas novas empresas na zona de Lisboa (num total de 7.111) e de 1,4% na região da Invicta (4.056).

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Comentários ({{ total }})

Insolvências de empresas disparam 34% no mês das eleições

Respostas a {{ screenParentAuthor }} ({{ totalReplies }})

{{ noCommentsLabel }}

Ainda ninguém comentou este artigo.

Promova a discussão dando a sua opinião