Montenegro anuncia cimeira luso-moçambicana em 8 e 9 de dezembro em Portugal
"Estamos ambos na condição de podermos emprestar uma nova energia à relação entre os governos, entre os países e entre os povos de Portugal e de Moçambique”, disse o primeiro-ministro.
O primeiro-ministro anunciou esta quinta-feira a realização da cimeira luso-moçambicana em 8 e 9 de dezembro, em Portugal, e defendeu que os dois países têm lideranças em início de ciclo com capacidade de transmitirem nova energia à cooperação.
Luís Montenegro falava após ter recebido em São Bento o Presidente de Moçambique, Daniel Chapo, que antes já tinha estado com o chefe de Estado português, Marcelo Rebelo de Sousa, no Palácio de Belém.
Na sua breve intervenção, após a reunião bilateral, o primeiro-ministro afirmou que a prioridade de Portugal é a de estabelecer “um diálogo político inclusivo com o Presidente de Moçambique, tendo em vista estreitar os laços de cooperação política, institucional, cultural e económica”.
“Estamos numa primeira fase do ciclo político, que se iniciou com a eleição do Presidente Daniel Chapo, e também estamos numa primeira fase do ciclo político que se iniciou com a reeleição do atual Governo português. Portanto, estamos ambos na condição de podermos emprestar uma nova energia à relação entre os governos, entre os países e entre os povos de Portugal e de Moçambique”, sustentou Luís Montenegro.
Neste contexto, o líder do executivo português anunciou que, durante a conversa com Daniel Chapo, ficou decidida a realização da VI Cimeira entre Portugal e Moçambique. “Tivemos a ocasião de agendar, de forma indicativa, para os próximos dias 8 e 9 de dezembro. Não há melhor expressão desta vontade de dar este novo impulso às nossas relações do que retomarmos a realização destas cimeiras bilaterais”, completou.
De acordo com o primeiro-ministro, nessa cimeira, que se realizará em Portugal, os dois países irão procurar “desenvolver mais os instrumentos de cooperação em áreas como a saúde, a educação, a mobilidade, a segurança e a Defesa. Do ponto de vista económico, prometeu que o seu Governo “tudo fará para criar os instrumentos apropriados no sentido de desenvolver mais trocas comerciais e, também, mais investimentos”.
“Temos cerca de 400 empresas portuguesas em Moçambique e a nossa vontade é que possam ter um volume de negócios ainda maior e possam também juntarem-se a elas mais algumas”, disse. A seguir, neste mesmo contexto, o primeiro-ministro fez uma alusão à crise política aberta após as eleições presidenciais moçambicanas e deixou a mensagem de que as reformas em Moçambique são “um esteio” para desenvolver a cooperação económica bilateral.
“Temos acompanhado, com espírito positivo e com esperança nos resultados, todo o processo de estabilidade política e de implementação de reformas e transformações em Moçambique, que são um esteio para podermos empreender este reforço da cooperação económica e do investimento empresarial. É isso que poderá dinamizar não só a continuação de muitos dos setores de atividade que têm marcado essa presença, como também podermos abrir novos setores e novas oportunidades”, salientou.
Com Daniel Chapo ao seu lado, deixou, ainda, uma mensagem sobre a cooperação e solidariedade de Portugal no que respeita ao combate travado por Moçambique contra o terrorismo na região de Cabo Delgado.
“Portugal continua fortemente comprometido em apoiar politicamente, financeiramente, o Estado moçambicano para diminuir a instabilidade e o incremento de práticas terroristas. Acompanhamos as diligências com vista a ultrapassar a situação em Cabo Delgado, tanto de forma direta e bilateral, como ao nível da União Europeia, onde temos, de resto, sido insistentes na defesa da continuidade do respetivo apoio financeiro”, acrescentou Luís Montenegro.
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