Taxa de juro na habitação cai pelo 18.º mês para 3,385%

  • Joana Abrantes Gomes
  • 20 Agosto 2025

A queda das taxas Euribor voltou a provocar uma queda da taxa de juro na habitação em julho, aliviando pelo 18.º mês consecutivo a pressão sobre o orçamento das famílias com crédito da casa.

A taxa de juro implícita nos contratos de crédito à habitação registou uma descida de 9,4 pontos base em julho, para 3,385%, face à taxa registada no mês anterior, traduzindo um novo alívio no bolso das famílias.

Segundo os dados divulgados esta quarta-feira pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), os juros caíram pelo 18.º mês consecutivo, uma trajetória iniciada após o pico de 4,657% atingido em janeiro de 2024.

Taxas de juro implícitas no crédito à habitação

Fonte: INE

Nos contratos celebrados nos últimos três meses, a taxa de juro desceu de 2,951% em junho para 2,897% em julho, menos 5,4 pontos base.

Esta quebra, porém, não se fez sentir nas prestações mensais dos portugueses com crédito à habitação. De acordo com o gabinete estatístico, a prestação média manteve-se em 394 euros no mês passado, valor igual ao observado em junho e 11 euros abaixo do valor registado há um ano. Isto significa que, para uma família média, a fatura mensal da casa ficou 2,5% mais leve face a julho de 2024.

Destes 394 euros, 51% referem-se a pagamento de juros (202 euros), enquanto os restantes 49% dizem respeito à amortização de capital (192 euros). Nos contratos mais recentes (últimos três meses), a prestação média subiu 5 euros, situando-se agora nos 636 euros, correspondendo a um aumento homólogo de 3,9%.

Prestação média vencida e componentes no crédito à habitação

Fonte: INE

Apesar do alívio nos juros, o montante médio do capital em dívida voltou a crescer, devido à subida dos valores dos contratos mais recentes. Em julho, “o capital médio em dívida para a totalidade dos créditos à habitação subiu 593 euros, atingindo 72.270 euros”, destaca o INE.

Já nos contratos celebrados nos últimos três meses, o valor médio em dívida foi de 159.553 euros, mais 2.203 euros (mais 1,4%) do que em junho.

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