Atividade empresarial acelera em agosto na Zona Euro com crescimento de novas encomendas

As empresas da Zona Euro registaram, pela primeira vez desde maio de 2024, um aumento nas novas encomendas em agosto, colocando a atividade a crescer ao ritmo mais elevado em 15 meses, apesar da fraqueza persistente nas exportações, de acordo com os dados do Purchasing Managers’ Index (PMI) divulgados esta quinta-feira.

O crescimento dos novos pedidos de encomendas em agosto colocou assim fim a uma sequência de 14 meses de queda. Ademais, os novos negócios aumentaram ligeiramente, com novos aumentos observados nos setores de manufatura e serviços, apesar de mais uma queda nos novos pedidos de exportação.

“As coisas estão a melhorar. A atividade económica recuperou tanto na indústria como nos serviços. No geral, observamos uma ligeira aceleração do crescimento nos últimos três meses. Apesar de ventos contrários como as tarifas americanas e a incerteza geral, as empresas em toda a Zona Euro parecem estar a lidar razoavelmente bem com a situação“, destaca Cyrus de la Rubia, economista-chefe do Hamburg Commercial Bank.

Deste modo, o Índice Composto de Gestores de Compras da Zona Euro (PMI na sigla em inglês), do Hamburg Commercial Bank (HCOB), compilado pela S&P Global, subiu para 51,1 em agosto, contra 50,9 em julho, registando assim uma melhoria pelo terceiro mês consecutivo. A subida foi a maior desde maio de 2024.

Índice Composto de Gestores de Compras da Zona Euro (PMI na sigla em inglês) subiu para 51,1 em agosto, contra 50,9 em julho, registando assim uma melhoria pelo terceiro mês consecutivo.

O aumento mais forte da produção em meados do terceiro trimestre foi impulsionada pela manufatura, onde a produção cresceu a um ritmo sólido, o mais rápido em quase três anos e meio. Enquanto isso, a atividade empresarial no setor de serviços cresceu pelo terceiro mês consecutivo, embora apenas ligeiramente e em menor grau do que em julho.

A maior economia da Zona Euro – a Alemanha – registou o terceiro aumento mensal consecutivo na produção em agosto, impulsionado pelo crescimento da produção industrial, embora o ritmo de crescimento da atividade empresarial tenha sido ligeiro.

Enquanto isso, a atividade em França manteve-se praticamente estável, com uma queda marginal da produção, a mais ligeira num ano.

Ainda assim, os indicadores revelam que a confiança empresarial diminuiu em agosto pelo segundo mês consecutivo. O sentimento caiu para o menor nível em quatro meses.