Portugal é dos países da UE com mais alunos estrangeiros no ensino superior

Portugal é o nono país da União Europeia com mais estudantes estrangeiros no ensino terciário. Mais de quatro em cada dez desses alunos vêm de África.

Mais de 10% dos alunos do ensino terciário português (que inclui o ensino superior) são estrangeiros. De acordo com os dados divulgados esta sexta-feira pelo Eurostat, Portugal é mesmo um dos dez países da União Europeia (UE) com mais estudantes estrangeiros, sendo que quatro em cada dez vêm de África.

De acordo com o destaque publicado esta sexta-feira pelo gabinete de estatísticas, no conjunto do bloco comunitário, em 2023, havia 1,76 milhões de estudantes estrangeiros em níveis de ensino terciários. Tal correspondia a 8,4% do total de alunos.

Mas entre os vários Estados-membros há diferença significativas a realçar. No Luxemburgo, por exemplo, mais de metade dos alunos do ensino terciário (52,3%) vêm de fora do país. Em Malta, quase três em cada dez são estrangeiros (29,6%). E no Chipre cerca de dois em cada dez (22,3%) não são nacionais desse país.

Em contraste, na Grécia, só 3% dos alunos do ensino terciário são estrangeiros, sendo que, na base da tabela, estão também a Croácia (3,7%) e Espanha (4,3%).

E em Portugal? Mais de 10% dos alunos do ensino terciário são estrangeiros, o que coloca Portugal acima da média comunitária e em nono lugar na tabela europeia.

Portugal é o segundo país com mais alunos africanos

Em 20 dos 27 países da União Europeia, a maioria dos alunos estrangeiros do ensino terciário tem origem noutros países europeus. Por exemplo, na Eslováquia, 91,3% dos estudantes estrangeiros vêm noutros países do Velho Continente. E na Eslovénia 89,4% dos alunos estrangeiros têm origens europeias.

Em contraste, Portugal é o país da União Europeia onde a fatia de europeus entre os alunos estrangeiros é mais pequena. Nem chega a 20%, como mostra o gráfico abaixo.

Por cá, os alunos de origem africana são os que têm maior predominância (42,1%). Só França regista uma participação superior de africanos no seu ensino terciário (52,3%).

Já na Irlanda, Finlândia, Alemanha e Itália, os alunos com origem asiática foram os predominante: 45%, 40,1% e 36% do total de estrangeiros no ensino terciário, respetivamente.

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