Ações da EDPR disparam 4,5%, contagiadas por boas notícias da Orsted nos EUA

Setor das renováveis está animado com a decisão do tribunal para a dinamarquesa Orsted poder retomar trabalho em projeto eólico offshore que tinha sido suspenso por Trump.

As ações da EDP Renováveis (EDPR) EDPR 0,94% disparam 4,51% esta terça-feira, a beneficiarem do sentimento positivo no setor depois de uma decisão do tribunal federal dos Estados Unidos que é positiva para as produtoras de energia eólica offshore.

Os títulos da EDPR sobem para 10,63 euros cada, e os da ‘casa mãe’ EDP avançam 1,84% para 3,941 euros, ajudando o índice PSI a ganhar 1,1%.

A Reuters noticiou esta segunda-feira que um juiz federal dos EUA decidiu que a dinamarquesa Orsted pode retomar os trabalhos no projeto Revolution Wind, quase concluído, que tinha sido interrompido pela Administração Presidente Donald Trump em agosto.

As ações da Orsted disparam 6,54%, tendo chegado a avançar 12%, enquanto as da fabricante dinamarquesa de turbinas eólicas Vestas e da sua congénere alemã Nordex avançam 2,43% % e 3%, respetivamente.

A decisão é um revés jurídico para Trump, que criticou repetidamente os parques eólicos como feios, pouco confiáveis e caros, pressionando as agências federais a restringir o desenvolvimento de projetos de energia eólica.

Para a Orsted, no entanto, é uma vitória significativa. A empresa de energia eólica offshore está a perder dois milhões de dólares por dia desde que o Bureau of Ocean Energy Management (BOEM) dos EUA emitiu a ordem de interrupção dos trabalhos a 22 de agosto, com base em preocupações não especificadas de segurança nacional.

O projeto Revolution Wind, localizado a 15 milhas da costa de Rhode Island, estava 80% concluído na altura, com todas as fundações offshore instaladas e 45 das 65 turbinas eólicas instaladas.

A 2 de setembro, a Reuters noticiou que a administração Trump ia reconsiderar as licenças concedidas à Ocean Winds — empresa conjunta entre a EDP Renováveis e a Engie — relativas ao projeto de energia eólica offshore SouthCoast Wind. Segundo analistas consultados nessa altura pelo ECO / Capital Verde, o projeto da EDP e Engie nos EUA “continua viável”, mas enfrenta um teste de stress político e jurídico. “O mais provável é que sobreviva com atrasos e custos acrescidos”, sublinham.

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