BRANDS' TRABALHO People Analytics ajuda a passar da intuição à evidência na gestão de talento
Entre obsolescência das competências e a necessidade de decisões rápidas e informadas, a forma como as empresas gerem pessoas está a mudar. No Work Around, procurámos a resposta a este desafio.
“People Analytics é a diferença entre gerir por intuição e gerir por factos e evidências”, resumiu Diogo Antunes, diretor de People Analytics, Compensation and Performance no Santander Portugal, no quarto episódio do podcast Work Around, do ECO, com apoio da Gi Group Holding.
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Diogo Antunes, diretor de People Analytics, Compensation and Performance no Santander Portugal, e Mariana Delgado, head da Qibit Portugal, no quarto episódio do podcast Work Around -
Diogo Antunes, diretor de People Analytics, Compensation and Performance no Santander Portugal -
Mariana Delgado, head da Qibit Portugal -
Diogo Antunes, diretor de People Analytics, Compensation and Performance no Santander Portugal, e Mariana Delgado, head da Qibit Portugal, no quarto episódio do podcast Work Around
A ideia é simples e passa por transformar dados dispersos em insights acionáveis, capazes de melhorar a performance das empresas e de aproximar a gestão de pessoas da estratégia de negócio. “Estamos num mundo em que as competências se tornam cada vez mais rapidamente obsoletas e a competição por talento é cada vez mais global”, sublinha o responsável.
Do lado da consultoria, Mariana Delgado, head da Qibit Portugal, marca da Gi Group holding dedicada à gestão de talento na área das tecnologias da informação, reforça o impacto da velocidade de mudança do mercado, que exige das empresas uma maior capacidade de reação. “Para darmos respostas alinhadas e rápidas às exigências dos clientes, temos de prever cenários e antecipar tendências”, assinala. É essa análise, baseada em dados, que permite reduzir o tempo de recrutamento e oferecer propostas salariais ajustadas à realidade, ajudando também no reforço da retenção de talento.
A aplicação prática do people analytics vai, porém, muito além do recrutamento. No Santander, explica Diogo Antunes, a integração de dados permite também criar políticas mais inclusivas. “Não ter one size fits all é fundamental. Conseguimos desenhar práticas ajustadas ao perfil de cada colaborador, o que se traduz em maior alinhamento e inclusão”, assegura.
"Para darmos respostas alinhadas e rápidas às exigências dos clientes, temos de prever cenários e antecipar tendências.”
A inteligência artificial acrescenta outra camada que permite identificar candidatos adequados, criar dashboards inteligentes e dar aos decisores informação de mercado em tempo real. “Não interessa termos um grande volume de candidatos, mas sim candidatos bem qualificados do ponto de vista técnico e comportamental”, destaca Mariana Delgado.
Este caminho não é, contudo, isento de desafios a que as organizações devem estar atentas. Apostar apenas na tecnologia é um dos erros mais comuns, alerta Diogo Antunes, que lembra que “a tecnologia é só o meio”. “O importante é gerar conhecimento acionável. Se houver dados de má qualidade, o resultado será sempre insuficiente”, assinala.
Mas, para garantir uma boa governação de dados e retirar deles a melhor informação, a literacia analítica das equipas de recursos humanos deve ser uma prioridade. “É preciso apostar em perfis com capacidade de pensamento crítico e analítico”, reforçou Mariana Delgado, que defende a criação de uma verdadeira “cultura de dados” dentro das organizações.
"O importante é gerar conhecimento acionável. Se houver dados de má qualidade, o resultado será sempre insuficiente.”
Num mercado competitivo em que a disputa por talento é elevada e em que as competências mudam a uma velocidade cada vez maior, a antecipação é outro ponto-chave. “Não só adquirir novas competências técnicas, mas ter pessoas resilientes, ágeis e com capacidade de adaptação a contextos de elevada ambiguidade”, alerta a líder da Qibit, que pede ainda aposta na promoção da aprendizagem contínua.
A tecnologia é importante, mas está ao alcance de todos e não pode ser, por si só, a única resposta aos desafios do mercado de talento. “O que vai fazer a diferença é a nossa capacidade de aprender mais rápido do que a mudança e usar os dados para tomar decisões concretas”, remata Diogo Antunes.
Assista ao episódio completo do Work Around no vídeo abaixo, uma parceria do ECO com a Gi Group Holding. Se preferir, ouça a versão podcast no Spotify e na Apple Podcasts.
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