Portugal volta a apoiar Ucrânia com 220 milhões este ano
Primeiro-ministro garantiu que o país vai manter o apoio à Ucrânia. Em matéria de migração, Portugal está a "ter uma política que não é nem de porta aberta, nem de porta completamente fechada".
O primeiro-ministro, Luís Montenegro, adiantou esta quinta-feira que Portugal vai manter a ajuda financeira à Ucrânia, com um apoio de, pelo menos, 220 milhões de euros, em 2025. Sobre a política de migração, Montenegro realçou que a Dinamarca se queixou das pessoas que chegam de Portugal, encontrando no país uma porta de entrada para procurar oportunidades noutros locais da Europa.
A falar aos jornalistas após um encontro “produtivo” com o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, no âmbito da cimeira anual da Comunidade Política Europeia, Luís Montenegro referiu que teve oportunidade de “trocar alguns pontos de vista sobre o processo de adesão à União Europeia, sobre o apoio militar, logístico, político e financeiro que Portugal tem vindo a materializar e que se vai repetir no próximo ano, num valor nunca inferior ao que tivemos – do ponto de vista financeiro – em 2024“, garantiu.
“Estaremos a falar, no ano 2025, de um apoio de, pelo menos, 220 milhões de euros”, destacou o chefe do Governo, notando que o Executivo vai ainda integrar “o esforço das várias iniciativas em curso, seja apoiando esforço seja aquisição de material militar, seja de esforço de material logístico necessário para manter forças militares no terreno, a garantir não só a proteção do seu território mas também a segurança na Europa”, ao mesmo tempo que se continua a trabalhar no sentido de se obter “um processo de paz, justo, duradouro, com garantias de segurança”.
O primeiro-ministro disse ainda que Portugal está disponível para “fazer o esforço” de antecipar o fim da importação de gás natural liquefeito russo, uma vez que a paz se obtém com o “enfraquecimento económico” de Moscovo.
Montenegro falou ainda da política de migrações, um dos temas debatidos numa mesa de trabalho onde participaram vários líderes europeus e as presidentes da Comissão Europeia e do Parlamento Europeu, realçando que teve oportunidade de transmitir as principais decisões do Governo nesta matéria, no sentido de “ter fluxos migratórios mais regulados, com contrato de trabalho”, garantindo uma imigração “regulada, legal e de dignificação de pessoas“.
A propósito deste tema, Montenegro partilhou que foi confrontado pela primeira-ministra dinamarquesa pelo “fluxo secundário de imigrantes que, entrando pela via do nosso país, depois tem documentos para ir pela Europa fora”. De acordo com o governante, a líder do Executivo da Dinamarca “queixou-se de algumas pessoas chegarem à Dinamarca não sendo portuguesas“.
Para Montenegro, estes movimentos “acabam por ser uma surpresa dos fluxos migratórios” e colocam “um desafio grande de integração e gestão”. Um problema ao qual o primeiro-ministro português respondeu com a garantia de que “em Portugal estamos a ter uma política que não é nem de porta aberta, nem de porta completamente fechada“, reforçando a ideia que o país está a “mediar os fluxos”.
“Estamos a contribuir para o controlo da imigração não só em Portugal, mas também no espaço europeu. Somos uma fronteira externa da UE”, rematou.
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