Patrões do Norte querem ficar com a Exponor que está à venda no mercado

“O plano para o qual estamos a trabalhar prevê que o parque de exposições continue a ser um ativo da AEP, não só na sua exploração, mas eventualmente também na propriedade”, reage Luís Miguel Ribeiro.

O presidente da AEP – Associação Empresarial de Portugal assume ao ECO que “o plano para o qual [está] a trabalhar” prevê que a Exponor “continue a ser um ativo da AEP, não só na sua exploração, mas, eventualmente também na propriedade”. “Certo é que seremos sempre uma parte ativa”, promete Luís Miguel Ribeiro.

O património da Nexponor, gerido pela Insula Capital e do qual faz parte o parque de exposições em Leça da Palmeira (Matosinhos), acaba de ser colocado à venda. Mandatada para comercialização, a Cushman & Wakefield anunciou esta segunda-feira que a apresentação de propostas tem como prazo limite o dia 20 de novembro.

“Neste momento, o ativo está no mercado e os potenciais interessados terão na AEP uma mais-valia para o desenvolvimento do projeto previsto, cuja âncora principal é o parque de exposições da Exponor. Para já, temos de aguardar a evolução do processo”, sublinha o líder da mais representativa associação patronal do Norte do país, que tem um contrato de arrendamento para explorar o parque de exposições até 2028.

Neste momento, o ativo está no mercado e os potenciais interessados terão na AEP uma mais-valia para o desenvolvimento do projeto previsto, cuja âncora principal é o parque de exposições da Exponor.

Luís Miguel Ribeiro

Presidente da AEP

Assegurando que este processo “não colocará em causa a agenda de feiras e o normal funcionamento da Exponor, que se mantém ao serviço das empresas e de uma economia nacional mais robusta”, Luís Miguel Ribeiro garante que a AEP “continua a acompanhar a evolução deste dossiê” e “totalmente empenhada em encontrar uma solução, cuja estratégia está completamente alinhada com a Câmara de Matosinhos”.

É que, como salientou esta segunda-feira a consultora imobiliária, a autarquia liderada por Luísa Salgueiro aprovou em abril de 2024 um Pedido de Informação Prévia (PIP), que se “encontra em vigor”, para um mega projeto para aqueles terrenos. Além da modernização da Exponor, prevê um empreendimento de uso misto (serviços, comércio, turismo e habitação) com uma área bruta de construção acima do solo de 177 mil metros quadrados.

“Estamos certos de que as empresas e o país continuarão a dispor de uma infraestrutura incontornável para a promoção da valorização da oferta das empresas nacionais e o reforço da internacionalização da economia portuguesa, tal como tem acontecido desde a fundação da Exponor, em 1987”, sustenta Luís Miguel Ribeiro.

Luís Miguel Ribeiro, presidente do Conselho de Administração da AEPRicardo Castelo/ECO

Foi em 2013, quando acumulava um passivo a rondar os 100 milhões de euros, que a AEP avançou com um plano de reestruturação para salvar a instituição da falência e que envolveu precisamente a entrega deste equipamento a um fundo imobiliário.

A constituição do fundo Nexponor, que passou a deter os terrenos e as instalações da Exponor, foi a principal peça do plano de reestruturação financeira aprovado pelos credores em 2013. A associação liderada então por José António Barros entregou a Exponor a este fundo imobiliário, uma operação que, através da conversão dos créditos da banca em unidades de participação, “limpou” o grosso do passivo bancário da AEP.

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