EIOPA revela prioridades para as seguradoras em 2026
O grande foco estará voltado para o regulamento para a resiliência operacional digital (DORA) das seguradoras e para os riscos de sustentabilidade que poderão vir a ser enfrentados.
A Autoridade Europeia dos Seguros e Pensões Complementares de Reforma (EIOPA) já revelou as suas prioridades de supervisão para o próximo ano no relatório “Union-wide strategic supervisory priorities – focus areas for 2026“. O grande foco estará voltado para o regulamento DORA (Digital Operacional Resilience Act) e para os riscos de sustentabilidade que poderão vir a ser enfrentados pelas seguradoras.
A importância de DORA
Para garantir que existe resiliência digital no setor segurador, os supervisores de seguros de cada nação deverão proceder à:
- “Monitorização e envolvimento proativo com as entidades em relação a incidentes significativos de TIC”;
- “Avaliação dos programas de testes de resiliência digital das entidades”.
- “Análise do grau de envolvimento do Conselho de Administração ou Supervisão (AMSB) no desenvolvimento do quadro de gestão de risco das TIC e na postura geral da entidade face a riscos e disrupções digitais”;
- “Avaliação da adequação do quadro de gestão de risco das TIC face à estratégia empresarial e tecnológica”;
- “Ajuízar o quadro de gestão de risco de terceiros de TIC, incluindo a exaustividade dos registos de informação e considerando os resultados do quadro de supervisão dos prestadores críticos (CTPPs) definidos no DORA”;
O papel da análise dos riscos de sustentabilidade
A EIOPA sublinha ainda nesse relatório que também “a avaliação dos riscos de sustentabilidade será uma prioridade” em 2026, começando assim a trilhar um caminho para a implementação progressiva da Diretiva Solvência II, da Diretiva de Distribuição de Seguros (IDD) e do Regulamento SFDR. A análise incidirá essencialmente nos seguintes aspetos:
- “Qualidade e profundidade das avaliações de materialidade dos riscos de sustentabilidade nos relatórios ORSA”;
- “Desenho e credibilidade da análise de cenários de alterações climáticas”;
- “Capacidade da gestão da função de riscos para supervisionar riscos de sustentabilidade e da adequação da governação”;
- “Alinhamento entre a gestão de riscos de sustentabilidade e as decisões de investimento”;
- “Declarações de sustentabilidade dos produtos e perfis globais das empresas, verificando a conformidade com os quatro princípios definidos no Parecer da EIOPA”;
- “Desenho e distribuição dos produtos, assegurando que oferecem valor e transparência quanto a exclusões ligadas a riscos de sustentabilidade”.
Consumidores e solvência também em foco
Para além destas duas prioridades centrais, a EIOPA estará também a prestar particular atenção ao cálculo do requisito de capital de solvência (SCR) relacionado com fundos de investimento coletivo (OIC), e ao tratamento justo dos consumidores na gestão de sinistros.
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