Líder da oposição venezuelana María Corina Machado vence Nobel da Paz
Comité Nobel escolheu María Corina Machado como a vencedora do galardão deste ano pelo seu "trabalho incansável promovendo os direitos democráticos para o povo da Venezuela”.
María Corina Machado venceu o Prémio Nobel da Paz de 2025, segundo o anúncio feito esta sexta-feira em Oslo, na Noruega.
O Comité do galardão justifica a escolha da venezuelana com o “seu trabalho incansável promovendo os direitos democráticos para o povo da Venezuela e pela sua luta para alcançar uma transição justa e pacífica da ditadura para a democracia”.
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“Enquanto líder do movimento pela democracia na Venezuela, María Corina Machado é um dos exemplos mais extraordinários de coragem civil na América Latina nos últimos tempos”, lê-se no comunicado do Comité Nobel.
Sublinhando que o Prémio Nobel da Paz foi atribuído, este ano, a uma “corajosa e empenhada defensora da paz”, o porta-voz do Comité do Nobel explicou tratar-se de “uma mulher que mantém a chama da democracia acesa no meio da crescente escuridão”.
Para a organização, María Corina Machado tem sido uma “figura-chave e unificadora numa oposição política que anteriormente estava profundamente dividida”, exigindo eleições livres e um governo representativo. “Numa altura em que a democracia está ameaçada, é mais importante do que nunca defender” isto, acrescentou.
Fundadora da Súmate, uma organização dedicada ao desenvolvimento democrático, María Corina Machado “defende eleições livres e justas há mais de 20 anos”, referiu o Comité, lembrando uma declaração da própria: “Foi uma escolha de votos em vez de balas.”
A opositora venezuelana “tem defendido a independência judicial, os direitos humanos e a representação popular” e passou “anos a trabalhar pela liberdade do povo venezuelano”, concluiu a organização.
Corina Machado era uma das 338 pessoas nomeadas ao Nobel da Paz deste ano, entre as quais constava também Donald Trump. O Presidente norte-americano vinha dizendo repetidamente que era merecedor do prémio por resolver conflitos como o do Paquistão e da Índia ou o da Arménia com o Azerbaijão.
Questionado, na quinta-feira, sobre as hipóteses que considerava ter para ser o galardoado deste ano, o Presidente dos EUA respondeu: “Não sei o que eles vão fazer, na verdade. Mas sei que ninguém na história resolveu oito guerras num período de nove meses. E eu parei oito guerras. Isso nunca aconteceu antes”.
O recente acordo entre Israel e o Hamas para um cessar-fogo na guerra em Gaza, após um plano proposto por Trump, atraiu ainda mais atenção para a possibilidade de o líder da Casa Branca vencer o prémio.
(Notícia atualizada às 10h53)
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