Sacos de plástico ultraleves já não serão taxados. Governo quer “solução mais sustentável”
“É opção política deste Governo procurar alternativas às taxas e optar por soluções mais sustentáveis, em substituição do plástico”, justifica a ministra do Ambiente.
Estava previsto que a nova taxa de quatro cêntimos pela utilização de sacos plásticos muito leves usados para produtos a granel (como pão, frutas e legumes) entrasse em vigor a 1 de janeiro de 2024, mas a medida continua por regulamentar. Agora, sabe-se que, por vontade da ministra do Ambiente e da Energia, esta taxa nunca será cobrada.
De acordo com o semanário Expresso, a ministra Maria da Graça Carvalho disse que “é opção política deste Governo procurar alternativas às taxas e optar por soluções mais sustentáveis, em substituição do plástico”, algo em que estão “a trabalhar”. Contudo, não esclarece que alternativas sustentáveis são essas.
Além desta taxa, também a contribuição sobre as embalagens de plástico ou multimaterial de utilização única usadas sobretudo no take-away (refeições prontas a consumir) foi sendo adiada e continua por aplicar. Em falta estava “um ato legal que operacionalize a medida, que é de complexa aplicação”, justificou a governante, esclarecendo que nem sequer precisava de ser incluída no Orçamento do Estado para 2026. Há também dúvidas sobre a aplicabilidade da fiscalidade verde ao nível da Autoridade Tributária e Aduaneira (AT), cujo esclarecimento dependia da articulação entre os ministérios do Ambiente, Finanças e Economia e implicava a publicação de uma portaria que nunca saiu.
Assine o ECO Premium
No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.
De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.
Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.
Comentários ({{ total }})
Sacos de plástico ultraleves já não serão taxados. Governo quer “solução mais sustentável”
{{ noCommentsLabel }}