À procura de conter a crise política, Macron nomeia novos ministros para Governo do renomeado Sébastien Lecornu
Pastas das Finanças, Orçamento e Negócios Estrangeiros mantiveram as escolhas anteriores, mas novo Executivo conta com oito pessoas da sociedade civil e Administração Interna também tem nova tutela.
Depois de ter decidido renomear Sébastien Lecornu para o cargo de primeiro-ministro, o Presidente francês deu a conhecer este domingo os novos membros que vão compor o Governo da segunda maior economia da Zona Euro, à procura de aprovar o Orçamento para o próximo ano.
Emmanuel Macron e Lecornu optaram por renomear vários ministros importantes, incluindo Roland Lescure como ministro das Finanças, Amelie de Montchalin como ministra do Orçamento e Jean-NoelBarrot como ministro dos Negócios Estrangeiros. No entanto, Laurent Nunez vai substituir Bruno Retailleau no Ministério da Administração Interna, após este ter liderado uma resistência contra a última tentativa de Lecornu de formar um Governo.
O novo gabinete ministerial conta também com oito pessoas da sociedade civil, incluindo o ex-chefe da empresa ferroviária SNCF, Jean-Pierre Farandou, como ministro do Trabalho.
Além de conseguir um acordo com a oposição para aprovar a proposta orçamental, Lecornu, que renunciou ao cargo de primeiro-ministro há uma semana antes de ser renomeado na sexta-feira, vai ter pela frente o desafio de conter as deserções dos partidos que apoiaram a aliança centrista de Emmanuel Macron, de modo a evitar uma nova queda do Executivo.
A queda na popularidade de Macron enfraqueceu a sua coligação na Assembleia Nacional, deixando Lecornu em risco de perder o seu cargo mais uma vez. Tanto a oposição quanto os partidos aliados expressaram a sua indignação com o Chefe de Estado francês por não reconhecer a fragilidade da sua posição após sucessivos colapsos do Governo, e não recuar nas suas políticas mais controversas.
Na rede social X, Lecornu escreveu, no domingo à noite, que tem como objetivo aprovar um Orçamento antes do final do ano. Antes, no sábado, tinha dito aos jornalistas: “Ou as forças políticas me ajudam e trabalhamos juntos para que isso aconteça, ou não”.
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O novo gabinete ministerial vai reunir-se pela primeira vez na terça-feira, quando Sébastien Lecornu deverá apresentar a proposta de Orçamento para 2026.
O foco do Governo gaulês será encontrar um equilíbrio com os partidos da oposição, sobretudo com a esquerda radical da França Insubmissa e a extrema-direita de Marine Le Pen, que já prometeram apresentar moções de censura no final desta semana. Lecornu deverá tentar convencer os socialistas e os republicanos a absterem-se.
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