FMI revê em alta crescimento do PIB de 2026, mas está menos otimista que o Governo
Em abril, instituição previa um crescimento da economia portuguesa de 1,9% em 2026, agora aponta para 2,1%. Apesar da melhoria da perspetiva, a taxa fica ligeiramente aquém da esperada pelo Governo.
O Fundo Monetário Internacional (FMI) melhorou a perspetiva de crescimento da economia portuguesa no próximo ano, para 2,1%, mas continua ligeiramente menos otimista do que o Governo, que aponta para uma taxa de 2,3%. Na atualização das previsões económicas mundiais, divulgadas esta terça-feira, a instituição liderada por Kristalina Georgieva cortou ainda em uma décima a projeção deste ano para 1,9%.
Menos de uma semana depois de, no Orçamento do Estado para 2026 (OE2026), o Ministério das Finanças ter revisto em baixa a expetativa de crescimento económico de 2025, em 0,4 pontos percentuais (pp.), para 2%, o FMI que anteriormente previa precisamente uma taxa de 2%, cortou ligeiramente a previsão, para 1,9% — o mesmo desempenho registado em 2024.
Deste modo, alinha com a previsão do Banco de Portugal, do Conselho das Finanças Públicas e da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE), ficando próxima da esperada Comissão Europeia de 1,8%.

No entanto, para o próximo ano a instituição com sede em Washington revela-se mais otimista do que em abril. Se antes projetava um crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) português de 1,7%, agora aponta para uma expansão de 2,1%. Ainda assim, a previsão fica abaixo dos 2,3% esperados pelo Ministério das Finanças.
Para 2026, o Banco de Portugal está tão otimista quanto a Comissão Europeia, com ambos a esperar um avanço do PIB de 2,2%, enquanto a OCDE projeta uma taxa de 1,9%, o CFP de 1,8% e o FMI de 1,7%.
No relatório, o FMI prevê ainda que a inflação, medida pelo Índice Harmonizado de Preços no Consumidor (IHPC), desacelere de 2,7% em 2024 para 2,2% em 2025 e 2,1% em 2026. Para este ano, a organização mostra-se mais positiva do que o Governo, que espera uma taxa de 2,4%, igualando a de 2026.
No que toca ao desemprego, os técnicos de Washington apontam para uma redução da taxa de 6,5% em 2024 para 6,4% em 2025 e 6,3% em 2026. Valores mais elevados que os do Governo, que para este ano espera uma taxa de 6,1% e para o próximo de 6%.
No relatório, o FMI melhorou a perspetiva de crescimento mundial para 3,2% este ano (mais 0,2 pp. do que em julho) e manteve a do próximo ano em 3,1%. Para a Zona Euro prevê um crescimento de 1,2% este ano (mais 0,2 pp. do que anteriormente) e 1,1% em 2026 (menos 0,1 pp.).
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