Oito desafios que dificultam a subscrição de seguros de cibersegurança
Um estudo publicado pela FERMA, em colaboração com a Marsh e a Howden, revela os oito problemas que colocam entraves à compra de seguros de cibersegurança.
A falta de compreensão dos clientes acerca dos seguros de cibersegurança é apontada como um dos entraves à compra deste tipo de produto, revela um relatório divulgado pela Federation of European Risk Management Associations (FERMA) – “Demystifying Cyber Insurance: Today’s Trends & Tomorrow’s Challenges”.

Em parceria com a Marsh e a Howden, a organização revela que existe a perceção de uma “lacuna” no seguro cibernético, o que leva a uma subestimação da importância deste tipo de seguro por parte das organizações.
De acordo com o relatório, os motivos que fazem os clientes hesitar em comprar este tipo de produto incluem:
- Falta de formação dos intermediários. Muitos corretores e outros profissionais do setor não estão suficientemente preparados para responder a todas as questões relacionadas com riscos cibernéticos, o que evidencia a necessidade de formação contínua e reforço de competências.
- Confusão entre seguro cibernético e cobertura contra crime. A FERMA recomenda que “estes riscos sejam avaliados de forma holística” e que, em muitos casos, “uma solução combinada pode oferecer maior clareza e valor”.
- Produtos demasiado padronizados. Muitos clientes consideram as apólices pouco adaptadas às necessidades específicas das grandes organizações, o que exige maior inovação e flexibilidade no desenho dos produtos.
- Processos de subscrição complexos e pouco transparentes. Embora esta perceção esteja a mudar, ainda é apontada como um entrave significativo.
- Relutância em partilhar informações. A falta de transparência e confiança no processo de subscrição limita o crescimento do setor.
- Custos elevados. Apesar de o mercado atual oferecer condições mais competitivas, muitos clientes continuam a considerar o seguro cibernético demasiado caro.
- Ideias erradas sobre a exposição ao risco. Alguns acreditam que, por não operarem na nuvem, estão protegidos — o que é falso. Casos como o da Marks & Spencer mostram que exposições fora da nuvem também podem estar cobertas por apólices específicas.
- Falta de compreensão entre controlos de segurança e seguro. Estas ferramentas são complementares, não substitutas.
Charlotte Hedemark, presidente da FERMA, conclui que para alcançar uma economia mais resiliente é necessário “uma abordagem colaborativa, com seguradoras, corretores e clientes a trabalharem em conjunto para lidar com os riscos cibernéticos de forma abrangente e sustentável”, começa por dizer. “A solução reside na capacidade do setor de seguros de ouvir mais atentamente as necessidades dos clientes e de se desafiar a evoluir, oferecendo soluções mais relevantes, transparentes e orientadas para o valor num panorama de riscos em rápida mudança.”
Por fim, o relatório alerta para o facto de muitos clientes ainda não compreenderem totalmente as soluções disponíveis ou o valor que estas possuem.
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