Portugal apoia com 50 milhões a compra de armamento aos EUA para a Ucrânia. E mais 10 milhões em drones

O ministro da Defesa Nacional anunciou esta quarta-feira que Portugal vai participar com 50 milhões de euros na iniciativa de aquisição de armamento aos Estados Unidos da América (EUA) para disponibilizá-lo à Ucrânia.

O anúncio foi feito por Nuno Melo no final de uma reunião ministerial no quartel-general da Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO), em Bruxelas, na Bélgica.

“Anunciámos que vamos investir 50 milhões de euros no PURL [iniciativa das necessidades prioritárias da Ucrânia], do mesmo modo que anunciámos que vamos investir dez milhões de euros na iniciativa britânica de drones […], apesar de ser uma iniciativa britânica, tem recaído invariavelmente na produção de drones nacionais, portanto, é um investimento também na indústria de defesa nacional”, sustentou o ministro da Defesa Nacional.

A PURL surge na sequência de um acordo alcançado pelo secretário-geral da NATO, Mark Rutte e Donald Trump, na Casa Branca, a 14 de julho, para que os aliados europeus e o Canadá contribuam para financiar pacotes regulares de assistência militar dos Estados Unidos à Ucrânia, cada um no valor aproximado de 500 milhões de dólares (427 milhões de euros).

Holanda, Alemanha, Dinamarca, Noruega, Suécia e Canadá já tinham anunciado que vão gastar 500 milhões de dólares em equipamento dos EUA para enviar a Kiev, no âmbito desta iniciativa da NATO. Kiev tinha avançado entretanto que também a Bélgica, Islândia, Luxemburgo e os países bálticos da Estónia, Letónia e Lituânia concordaram em apoiar a PURL.

No entanto, apesar desse esforço conjunto, a ajuda militar caiu em julho e agosto, de acordo com o instituto Kiel. As contribuições mensais foram em médias 43% inferiores nesses dois meses quando comparado com o primeiro semestre de 2025.