Trabalhadores já receberam quatro milhões de euros via cheque de formação digital
Luís Ribeiro explica, no podcast "Trinta e oito vírgula quatro", que IEFP já recebeu 14 mil candidaturas ao cheque de formação digital. Seis mil estão concluídas e foram pagos quatro milhões de euros.
Em pouco mais de dois anos, o Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP) recebeu 14 mil candidaturas ao cheque de formação digital, das quais seis mil já estão pagas. O balanço foi adiantado no podcast “Trinta e oito vírgula quatro”, pelo responsável Luís Ribeiro, que revelou que até agora foram transferidos quatro milhões de euros para os trabalhadores que se inscreveram nesta medida, que dá até 750 euros a quem faça formação, por exemplo, em cibersegurança ou marketing digital.
“Neste momento, já ultrapassámos as 14 mil candidaturas. Temos mais de seis mil candidaturas pagas. Já vamos com quatro milhões de euros efetivamente pagos. Temos cerca de sete milhões de euros comprometidos“, indicou o responsável pela Equipa de Projeto Emprego + Digital do IEFP, no referido podcast do Trabalho by ECO (que pode ouvir na íntegra no player acima).
O cheque de formação digital foi anunciado no verão de 2023 (ainda pelo Governo de António Costa), com vista a “apoiar o desenvolvimento de competências e qualificações no domínio digital dos trabalhadores” através da atribuição de um apoio até 750 euros.
Todos os trabalhadores “independentemente do vínculo” (trabalhadores dependentes, independentes, empresários em nome individual ou sócios de sociedades unipessoais) podem apresentar candidatura, sendo que esta medida abrange formação feita tanto presencialmente, como em regime remoto ou misto.
As candidaturas arrancaram em setembro de 2023 e estava previsto que terminassem em setembro deste ano. Esse prazo foi, porém, alargado até ao fim de 2025, como avançou o ECO em primeira mão.
Agora, Luís Ribeiro admite, no “Trinta e oito vírgula quatro”, que esse prazo poderá vir novamente a ser estendido por seis meses. “Neste momento, todas as candidaturas que sejam submetidas até 31 de dezembro e que as ações de formação sejam concluídas até essa data serão alvo de análise e de apoio. Se calhar, durante as próximas semanas poderemos ter novidades sobre uma nova e potencial prorrogação, pelo menos, até junho de 2026“, afirmou.
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Luís Ribeiro, responsável pela equipa de Projeto Emprego + Digital do IEFP, em entrevista ao podcast do ECO "Trinta e oito vírgula quatro" Hugo Amaral/ECO -
Luís Ribeiro, responsável pela equipa de Projeto Emprego + Digital do IEFP, em entrevista ao podcast do ECO "Trinta e oito vírgula quatro" Hugo Amaral/ECO -
Luís Ribeiro, responsável pela equipa de Projeto Emprego + Digital do IEFP, em entrevista ao podcast do ECO "Trinta e oito vírgula quatro" Hugo Amaral/ECO
Por outro lado, o responsável responde diretamente a uma das críticas que mais se tem ouvido em relação a esta medida: o facto de o candidato ter de pagar, primeiro, a formação e só depois receber o apoio do IEFP.
“Sabíamos que, se não houvesse esse tipo de compromisso por parte de quem se candidatasse à medida, iríamos ter milhares, milhares e milhares de candidaturas, e, depois, no final poderia não ser concretizada a formação“, explica Luís Ribeiro, lembrando que tal aconteceu noutra medida do IEFP, daí que tenha sido aplicada, desta vez, uma lógica diferente.
"Sabíamos que, se não houvesse esse tipo de compromisso por parte de quem se candidatasse à medida, iríamos ter milhares, milhares e milhares de candidaturas, e, depois, no final poderia não ser concretizada a formação.”
Este episódio do podcast “Trinta e oito virgula quatro” conta também com a participação de João Magalhães, CEO da Code for All_, que reflete sobre a urgência de requalificar os trabalhadores portugueses. “Pode ser assustador ouvir que ou volto a estudar ou fico obsoleto”, admite, ainda assim, o empreendedor.
O “Trinta e oito vírgula quatro” é um podcast quinzenal com entrevistas a decisores, líderes e pensadores sobre os temas mais quentes do mercado de trabalho. A nova temporada arrancou com episódios dedicados à reforma da lei do trabalho em curso, e segue agora com dois episódios sobre a formação em Portugal.
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