Administrador financeiro do Banco de Fomento de saída

Bruno Rodrigues tinha ‘sobrevivido’ às mudanças promovidas no conselho de administração há um ano, mas está de saída no final do mês. Quem será o próximo braço-direito de Gonçalo Regalado?

O Banco Português de Fomento prepara-se para uma nova alteração na gestão. O administrador financeiro está de saída, de acordo com as informações recolhidas pelo ECO. Bruno Rodrigues, que tinha ‘sobrevivido’ às profundas mudanças promovidas há um ano, deixa o cargo no final do mês. O banco confirma e adianta que o novo CFO já está em processo de fit & proper junto do Banco de Portugal.

Há um ano, quando o conselho de administração sofreu uma revolução, praticamente mudou tudo, incluindo o cargo de chairman (Carlos Leiria Pinto) e CEO (Gonçalo Regalado). Bruno Rodrigues manteve-se em funções seguindo-se as boas práticas que recomendam a manutenção de pelo menos um administrador do board anterior para evitar disrupções e garantir uma continuidade na gestão. Ao fim de um ano, e passado o período de transição, está na porta de saída tendo a informação sido já comunicada aos diretores num encontro realizado pelo banco em Viseu.

Fonte oficial do banco revela que Bruno Rodrigues deixa o cargo para “abraçar um novo desafio profissional” e que a decisão — “pessoal” — foi apresentada à comissão executiva e conselho de administração em setembro.

Peça fundamental na transição

Há um mês, o próprio Gonçalo Regalado partilhou uma mensagem interna para comunicar a saída do administrador, a quem deixou um agradecimento pela passagem de testemunho dentro do banco. “Ao longo de praticamente dois anos, o Bruno [Rodrigues] foi uma peça fundamental na história recente do nosso banco (…) tendo liderado toda a transição da nossa comissão executiva“, escreveu o CEO.

“A sua saída deixa, naturalmente, um vazio, mas continuaremos a trabalhar para trazer a bordo profissionais de excelência com reputação, conhecimento, confiança e solidez”, acrescentou.

Para reconhecer o seu trabalho, sob proposta de Gonçalo Regalado, a comissão executiva aprovou por unanimidade a entrega do Prémio de Reconhecimento Diamante a Bruno Rodrigues, “que será sempre um embaixador do grupo”, disse ainda.

Próximo CFO à espera do Banco de Portugal

O banco adiantou ainda ao ECO que o próximo CFO já tem o seu processo de avaliação de idoneidade e adequação (fit & proper) do Banco de Portugal em curso, mas não revela quem.

Atualmente a comissão executiva conta com seis membros, incluindo Regalado, que assumiu funções de CEO no início do ano com o objetivo, anunciado pelo Governo, de relançar a instituição.

Desde então o gestor tem procurado dar um impulso à atividade do banco, que espera atingir os sete mil milhões de euros em financiamentos no final deste ano, incluindo garantias, instrumentos de capital, dívida e fundos de investimento, um montante 14 vezes superior ao que tinha sido mobilizado em 2024, segundo revelou num encontro empresarial realizado este mês.

“Em 2026, o Banco Português de Fomento quer atingir dez mil milhões de euros de financiamento, chegando a 3% do Produto Interno Bruto (PIB)”, adiantou.

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