PJ investiga suspeitas de ilegalidades na venda de ativos imobiliários do Novobanco com prejuízos para o Estado

A Polícia Judiciária está a realizar buscas esta quarta-feira nas instalações da consultora KPMG. Também a sede do Novobanco está a ser alvo de buscas.

A Polícia Judiciária (PJ) está a realizar buscas esta quarta-feira nas instalações da consultora KPMG, em Lisboa, avançou a SIC Notícias e confirmou o ECO junto da consultora. Outro dos visados é o Novobanco. O ECO tentou confirmar junto do banco, mas não obteve resposta até ao momento.

“A KPMG Portugal confirma que decorrem, nos seus escritórios em Lisboa, diligências por parte das autoridades judiciais para recolha de informação sobre um dos seus clientes. A KPMG Portugal não é visada na operação e continua, como sempre, disponível para colaborar com as autoridades judiciais em tudo o que estiver ao seu alcance“, referem em resposta ao ECO.

Segundo avança a CNN Portugal, também a sede do Novobanco está a ser alvo de buscas, por suspeitas de crimes relacionados com a venda de ativos do extinto Banco Espírito Santo, e escritórios de advogados, num caso que envolve igualmente o fundo Lone Star.

Em comunicado, a PJ confirma as buscas nesta operação que apelidam de “Haircut” e avança que “em cima da mesa” estão os crimes de corrupção passiva e ativa no setor privado, burla qualificada e branqueamento de capitais, no contexto da venda de ativos do Novo Banco, desde o ano de 2018.

“Em causa estão suspeitas de terem sido praticadas diversas ilegalidades na venda de ativos imobiliários detidos por uma instituição bancária apoiada financeiramente pelo Estado português, através do Fundo de Resolução, resultando dessas operações avultados prejuízos para o Banco em questão e para os interesses do Estado”, lê-se no comunicado da PJ.

O Ministério Público confirmou ainda que as buscas decorrem em domicílios, instalações bancárias, escritório de advogados, sociedade de revisores oficiais de contas e nas sedes de 16 sociedades comerciais.

A operação policial, através da Unidade Nacional de Combate à Corrupção, visa a execução de dezenas de mandados de busca e apreensão e de pesquisa informática. Participaram na operação mais de 100 elementos da PJ, 14 procuradores do Ministério Público, três juízes de Instrução Criminal e um elemento da Autoridade Tributária.

(Notícia atualizada às 12h06)

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