Dívida pública sobe seis mil milhões em setembro para novo recorde

Endividamento das Administrações Públicas aumentou em setembro pelo décimo mês consecutivo: cresceu seis mil milhões para novo máximo histórico nos 294,3 mil milhões.

A dívida pública deu em setembro o maior salto em quase dois anos: cresceu seis mil milhões de euros para atingir um novo máximo histórico nos 294,3 mil milhões, correspondendo a 97,6% do PIB, de acordo com os dados divulgados esta segunda-feira pelo Banco de Portugal.

Foi o décimo mês seguido de subidas, isto antes de o endividamento das administrações públicas tombar (com os dados a serem confirmados daqui a um mês) em outubro por conta de um reembolso de 11,4 mil milhões de euros em Obrigações do Tesouro, como noticiou o ECO há duas semanas.

Em setembro, o IGCP emitiu mais de seis mil milhões de euros em Obrigações do Tesouro e isso explica o maior aumento da dívida pública desde janeiro de 2024, segundo a nota do Banco de Portugal.

Essas emissões permitiram um reforço expressivo os cofres públicos. Os ativos em depósitos das administrações públicas tiveram um aumento de dez mil milhões de euros em setembro, totalizando os 39,2 mil milhões de euros. Pelo que, “deduzida desses depósitos, a dívida pública diminuiu quatro mil milhões para 255,2 mil milhões”, observa o supervisor financeiro liderado por Álvaro Santos Pereira.

Nota: Se está a aceder através das apps, carregue aqui para abrir o gráfico.

No que toca ao rácio da dívida pública em relação ao PIB, fechou o terceiro trimestre nos 97,6%, o que representa um aumento de 0,8 pontos percentuais em relação ao trimestre anterior. Trata-se do valor mais elevado desde o segundo trimestre de 2024.

Em todo o caso, e por conta do referido mega reembolso que teve lugar em outubro e também por causa de outro pagamento na ordem de 1,5 milhões de euros junto do Fundo Europeu de Estabilidade Financeira (FEEF) que ocorrerá até final deste ano e ainda do andamento da economia, o nível da dívida pública deverá cair para 90,2% do PIB no final do ano, de acordo com as previsões do Governo. Para 2026 prevê-se nova queda para 87,8%.

(notícia atualizada às 11h31)

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