Empresas de energia europeias sugerem uso do financiamento da NATO para evitar apagões

  • Lusa
  • 13:36

O apelo das empresas de eletricidade surge na véspera da apresentação pela Comissão Europeia de um plano para reforçar as redes e acelerar a eletrificação do sistema produtivo da UE.

A associação patronal das empresas de eletricidade, Eurelectric, sugeriu hoje que a União Europeia (UE) utilize 1,5% do PIB comprometido com a NATO para investimentos no reforço da segurança da rede elétrica e prevenção de apagões.

“Garantir o fornecimento de eletricidade é um imperativo existencial para a UE”, afirma a Eurelectric numa carta enviada aos ministros da Energia dos países da UE, que se reunirão em Bruxelas no próximo dia 15 de dezembro para debater a segurança do abastecimento.

A associação patronal sublinha que as infraestruturas energéticas tornaram-se um alvo de ataques híbridos num contexto de tensões geopolíticas crescentes e de concorrência estratégica entre grandes potências e acrescenta que “a segurança energética é sinónimo de segurança elétrica”.

A Eurelectric propõe que os 27 utilizem parte dos 250 mil milhões, destinados a investimentos relacionadas com a defesa, para reforço do compromisso aliado de financiar até 1,5% do PIB (Produto Interno Bruto) em capacidades de segurança, para reforçar o setor elétrico.

A associação solicita a criação de reservas de componentes essenciais, o financiamento de sistemas de deteção e neutralização de drones, a melhoria da cibersegurança e a aceleração da capacidade de reparação rápida de infraestruturas danificadas.

“A preparação para ataques físicos e cibernéticos, a prática da resposta e o planeamento da recuperação devem tornar-se a nova norma”, afirma a organização na carta, que defende a realização de exercícios conjuntos entre empresas, autoridades civis e unidades militares para reforçar a capacidade de reação.

Como segunda prioridade, a Eurelectric solicita “otimizar a autonomia estratégica aberta”, de modo a que a UE encontre “um equilíbrio adequado entre acabar com as dependências de importação e os custos decorrentes de requisitos rigorosos de conteúdo local”.

Por último, a Eurelectric apela à garantia de um “abastecimento seguro de eletricidade” através de um planeamento “holístico” do sistema, maiores investimentos em novas infraestruturas seguras e mecanismos de mercado que permitam mobilizar mais recursos de flexibilidade, considerados essenciais para manter o abastecimento “em qualquer cenário”.

A mensagem das empresas de eletricidade surge na véspera da apresentação pela Comissão Europeia de um plano para reforçar as redes e acelerar a eletrificação do sistema produtivo da UE.

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