33% dos espanhóis não sabem o que é a insuficiência cardíaca

  • ECO
  • 26 Maio 2022

A insuficiência cardíaca afeta cerca de 700 mil pessoas em Espanha. Ainda assim, 33% dos espanhóis não sabem em que consiste a doença nem conhecem os sintomas que ela provoca.

De acordo com um inquérito realizado em Espanha pela Boehringer Ingelheim e Lilly Alliance, com o apoio social da associação de doentes Cardioalianza, 33% dos espanhóis não sabem o que é nem em que consiste a insuficiência cardíaca, noticia a Infosalus.

Esta iniciativa faz parte da campanha de sensibilização social “Call it Heart Failure, and act now!”, que visa sensibilizar a população em geral, os doentes e o seu ambiente imediato para esta doença crónica que afeta cerca de 700 mil pessoas em Espanha.

A análise demonstra que ainda existe bastante desconhecimento sobre a insuficiência cardíaca entre a população espanhola. O mesmo não acontece relativamente a doenças como o enfarte do miocárdio ou a hipertensão, já que aparecem à frente no ranking das doenças cardiovasculares que os espanhóis consideram mais frequentes.

Um terço das pessoas que afirmaram conhecer os sintomas da insuficiência cardíaca admitiram que apenas tinham esse conhecimento por terem um membro da família ou conhecido com essa doença. 10% revelaram mesmo que nunca tinham ouvido falar de insuficiência cardíaca antes.

Contudo, a falta de informação sobre a doença dá origem a uma série de mitos e ideias erradas sobre a mesma, bem como sobre o dia-a-dia daqueles que sofrem com esta patologia. Exemplo disso é a controvérsia existente em torno do consumo de café ou chá por estes doentes.

Dois em cada cinco inquiridos acreditam que as pessoas com insuficiência cardíaca deveriam deixar de beber bebidas com cafeína. Contudo, as várias diretrizes publicadas pela Sociedade Europeia de Cardiologia (ESC) apenas aconselham a que os doentes sigam uma dieta saudável, sem gorduras e com pouco sal, mas não desaconselham o consumo de cafeína.

Outro mito destacado pelo inquérito é que mais de metade dos espanhóis acredita que a insuficiência cardíaca é mais comum entre os homens. Embora a incidência de novos casos de insuficiência cardíaca seja maior nos homens, a realidade é que cerca de metade de todos os pacientes com insuficiência cardíaca são mulheres, em parte porque a prevalência de insuficiência cardíaca aumenta com a idade e as mulheres têm uma maior longevidade.

Cansaço e fraqueza, dificuldade na atividade física e dispneia ou falta de ar são os sintomas que os espanhóis mais relacionam à insuficiência cardíaca e, portanto, o exercício e a subida de escadas são as duas ações que a maioria das pessoas inquiridas considera que um doente com esta doença é obrigado a parar de fazer.

Estes sintomas levam um total de 78% dos inquiridos a considerar que sofrer de insuficiência cardíaca significa abandonar alguma atividade quotidiana. Apesar desta afirmação, apenas 18,5% dos inquiridos consideraram o efeito psicológico e os problemas de autoestima que estas limitações podem ter nos doentes.

O mesmo estudo revelou, ainda, que apenas 16% dos espanhóis consideram que existe informação suficiente sobre insuficiência cardíaca. 66% afirmaram que gostariam de receber mais informação sobre esta doença e a maioria gostaria que isso fosse feito através de campanhas de informação e dos media.

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