Portugal pela primeira vez sem diretor-geral desde adesão à UE
Segundo o secretário de Estado dos Assuntos Europeus, Portugal está sub-representado nas instituições da UE, pelo que defende um "plano de ação nacional" para combater essa sub-representação.
O secretário de Estado dos Assuntos Europeus, Tiago Antunes, disse esta quarta-feira que Portugal está “sub-representado” nas instituições europeias, não tendo diretor nem subdiretor geral pela primeira vez desde a adesão do país à União Europeia (UE).
“Pela primeira vez desde a adesão de Portugal à União Europeia que não tem nem diretor, nem subdiretor geral. Temos de trabalhar num plano de ação nacional para combater esta sub-representação”, referiu.
O governante disse que “o problema não é tão grave no Parlamento Europeu como é na Comissão e no Conselho Europeu”.
Tiago Antunes, que falava durante um seminário que o Parlamento Europeu está a promover com jornalistas portugueses, relacionado com a situação na Ucrânia, adiantou ter definido como “prioridade muito clara combater o défice de representação dos portugueses nas instituições europeias”.
“É preciso fazer mais formação para quem entra, e ajudar os nossos funcionários que já estão nas instituições a alcançar posições de maior destaque. Em breve vamos conseguir alargar as bolsas que atribuímos para o colégio da Europa, uma porta importante de acesso às instituições”, avançou.
Segundo Tiago Antunes, Portugal está “muito sub-representado na Comissão Europeia, em todas as categorias face ao que seria a quota ideal de funcionários”.
“Há um objetivo claro, que a própria Comissão reconhece, de equilíbrio geográfico que não está a ser cumprido. Há Estados-membros que, de facto, não têm tantos funcionários quanto deveriam ter. Em Portugal, isso verifica-se por ter ocorrido uma leva grande de portugueses que entraram para as instituições europeias após a adesão e essas pessoas já se reformaram ou estão quase a reformar-se. Praticamente não temos pessoas que ocupem posições de mais destaque e relevo”, reforçou.
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