Foguete fálicopremium

Face aos sinais incertos inscritos nos mapas do futuro, a Europa prepara-se para a escassez e para o frio que todas as nuvens políticas prometem. Mas em Portugal vive-se de novo a Teoria do Oásis.

Portugal já tem um homem no espaço. Os outros países mandaram macacos e cadelas. Mas Portugal começa a sua aventura espacial com um homem branco, cisgénero e heterossexual. Dez minutos de viagem vertical de um foguete fálico e nasce o primeiro astronauta português. Os portugueses percebem a importância do momento para o desenvolvimento da Nação e há mesmo quem veja o potencial de uma nova epopeia histórica idêntica à gloriosa época dos Descobrimentos. Deixem-se de ilusões. A viagem foi paga numa excursão agendada no mercado global do novo turismo espacial, não existe tecnologia portuguesa, nem engenharia portuguesa, nem investigação portuguesa. Existe a vaidade de um português de sucesso e dono dos cruzeiros fluviais no Grande Douro Internacional. Há uma certa ironia quando o empresário

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