IL abre regresso da política. PS significa “prepotência” e “propaganda”

  • Lusa
  • 14 Agosto 2022

João Cotrim Figueiredo denunciou um PS que se transformou em “prepotência socialista”. Liberais querem melhor educação e uma administração pública valorizada.

O presidente da Iniciativa Liberal (IL), João Cotrim de Figueiredo, acusou o PS de estar a transformar Portugal num “país medíocre e incapaz”, com uma visão da maioria absoluta “autoritária e prepotente”. “Está visto que o PS não sabe pôr o país a crescer, não sabe gerir a coisa pública e está a transformar Portugal num país medíocre e incapaz”, disse o dirigente da IL em Portimão, no Algarve.

Durante a intervenção, esta sexta-feira, no encerramento da festa d’Agosto, que decorreu na Praia da Rocha, João Cotrim de Figueiredo considerou que o PS “já não significa Partido Socialista, mas sim prepotência socialista, que agora se vê nos mais variados exemplos”.

Para o dirigente da IL, essa “prepotência socialista” vê-se “no parlamento, forçando decisões, impedindo audições ou fazendo valer a maioria que tem, no comportamento do presidente da Assembleia da República e nas afirmações inacreditáveis e inaceitáveis da ministra da Agricultura”.

E Cotrim Figueiredo não deixou de apontar o caso da contratação de Sérgio Figueiredo por parte de Fernando Medina. “O que estava a fazer tantos anos uma pessoa com ligação ao PS na direção de Informação de uma televisão” o presidente da Iniciativa Liberal também chegou a ser diretor-geral da TVI uns anos antes, em 2010 e 2011.

Como não é aceitável despachos ministeriais, neste caso primo-ministeriais intimidatórios relativamente a empresas privadas de energia, só porque podem”, notou. Segundo Cotrim de Figueiredo, “tudo isto prova que o PS está a ter da maioria absoluta, uma visão absolutamente autoritária e prepotente”.

Por isso, estamos a chamar a atenção de que há um risco real de isto poder vir a ser abusado em Portugal, porque PS já não significa Partido Socialista, significa também propaganda socialista”, apontou. É que, adiantou, “na ‘reentré’ do PS vai falar-se muito daquilo que serão as opções do próximo Orçamento [do Estado] e o PS vai aproveitar a situação de inflação, para tentar fazer brilharetes ao apontar os maiores aumentos de pensões e da função pública nos últimos anos”.

São em termos nominais, porque em termos reais as pessoas vão continuar a perder poder de compra e para essa propaganda não contem com a Iniciativa Liberal”, avisou.

Cotrim de Figueiredo avisou ainda que “a IL vai desmascarar essa propaganda como desmascarou a que houve sobre aquele mecanismo de fixação de preços da eletricidade baseado no gás natural, em que o Governo dava a entender que havia um benefício imediato no preço da eletricidade, esquecendo-se de dizer que esse beneficío vai ter de ser pago no futuro”. “Não há almoços grátis e isso tem de ser dito com todas as letras”, referiu.

João Cotrim de Figueiredo assegurou que quer começar a desfazer preconceitos de que a IL “é um partido de ricos, que quer acabar com o Estado e que só fala de economia”, recordando as dezenas de propostas parlamentares, desde a saúde à educação, passando pelo desporto.

A prioridade à educação

Durante a intervenção, o presidente da IL apontou a necessidade de “uma reforma séria do Estado, com a valorização da Administração Pública, reformas que aumentem tudo o que é liberdade de escolha nos serviços públicos, como na saúde, na educação, que aumentem a liberdade económica e um sistema fiscal bastante mais leve, simplificado e desagravado”.

João Cotrim de Figueiredo apontou ainda problemas no ensino, perspetivando que no próximo ano letivo “possam existir cerca de 100 mil alunos sem o quadro de professores completo”. “Estes são os mesmos 100 mil alunos que tinham os atrasos de aprendizagem que vão continuar a ver o seu futuro hipotecado e com o deles, o futuro do país”, notou.

Assumindo a educação como uma preocupação da IL, o dirigente anunciou que as jornadas parlamentares em 19 e 20 de setembro vão ser dedicadas à educação, sob o mote “Crescer em Portugal”.

No seu discurso em Portimão, o dirigente liberal disse ainda que “é tempo de se acabar com o domínio do bloco central e com os arranjinhos entre PS e PSD, onde governos alternados têm conduzido Portugal a graves problemas, com a estagnação do país”.

A IL vai lutar para quebrar esta hegemonia e apresenta-se como uma verdadeira alternativa para Portugal”, concluiu.

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