Rede global de bancos centrais atualiza cenários de riscos climático

Com esta atualização pretende-se que os cenários funcionem como uma referência comum para enquadrar a análise dos riscos físicos e de transição associados às alterações climáticas, explica o BdP.

A rede global de bancos centrais e autoridades de supervisão da qual integra o Banco de Portugal (BdP), atualizou seis cenários de risco climáticos hipotéticos “que procuram captar de forma rigorosa e detalhada a complexidade dos fenómenos climáticos e dos seus impactos económicos“.

De acordo com a nota divulgada pelo BdP, esta quarta-feira, esta é a terceira iteração deste exercício, lançado em abril de 2019 e considerado um dos principais produtos da Network of Central Banks and Supervisors for Greening the Financial System (NGFS).

Com esta atualização, explica a nota, “pretende-se que [os cenários] funcionem como uma referência comum para enquadrar a análise dos riscos físicos e de transição associados às alterações climáticas”.

Entre as atualizações, a entidade liderada por Mário Centeno informa que passa a ser incorporada a “evolução recente dos dados climáticos e económicos, dos compromissos assumidos pelos decisores políticos e dos modelos utilizados” e passa também a ser introduzida uma” formalização mais completa e rigorosa dos riscos físicos, captando melhor o impacto dos eventos crónicos, passando agora a considerar também o impacto dos eventos extremos“. Além disso, a atualização permite uma melhoria na “granularidade setorial dos cenários, incorporando uma maior diferenciação do impacto previsível associado aos riscos climáticos de transição em diferentes setores”.

A ferramenta está disponível no site da NGFS e, segundo a entidade, foi já incorporada por 31 membros desta rede de bancos nos seus exercícios internos. A nota refere também que esta atualização tem sido usada por entidades públicas e privadas para diversos fins, incluindo “a definição de políticas públicas, a calibragem de planos de transição energética e o desenvolvimento de metodologias para a gestão do risco climático”.

Esta rede de bancos centrais conta atualmente com 116 membros e 19 observadores, de países que representam os cinco continentes e cerca de 85% das emissões globais de gases com efeito de estufa. A NGFS é responsável pela supervisão da totalidade dos bancos e de cerca de 80% das seguradoras com importância sistémica.

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