Jerónimo de Sousa tem dúvidas que Governo termine legislatura
Apesar da maioria absoluta, o secretário-geral do PCP duvida que o Executivo socialista dure os quatro anos que ainda tem pela frente, devido ao histórico do partido em governos anteriores.
Irá o atual Governo durar os quatro anos que ainda faltam? Jerónimo de Sousa tem dúvidas. “Olho para o passado, para as maiorias absolutas, incluindo do PS, onde, por um processo de implosão, aconteceu o que aconteceu“, justifica, lembrando o histórico socialista desde o primeiro Governo de Mário Soares, numa entrevista à Rádio Renascença e ao Público. Para o líder comunista, se o PS não der resposta aos problemas do país, “sofrerá as consequências e a erosão que resulta de uma política social que não corresponde àquilo que são aspirações profundas da população”.
O secretário-geral do PCP admite estar aberto para negociar com o Executivo o Orçamento do Estado para 2023 (OE2023), “com propostas e iniciativa”, mas refere que neste momento não há qualquer negociação fora do Parlamento. “A negociação decorre do funcionamento normal da Assembleia da República em que somos convocados para alertar para o que entendemos ser errado ou insuficiente e simultaneamente estarmos disponíveis para o apoio a medidas positivas que são necessárias para o país”, disse.
Sobre a posição do partido em relação ao conflito na Ucrânia, Jerónimo de Sousa diz não se arrepender. “Essa coisa de beneficiar a Rússia… eu fico espantado porque o documento do Comité Central (do PCP) deste fim de semana demonstra que o que é necessário é uma solução política que termine com a guerra e que esse esforço de procura da paz é onde se encontrará o PCP“, sublinhou, reconhecendo que pode “não acertar sempre” nas posições tomadas, mas que estas se sucedem após avaliar o problema e discuti-lo “coletivamente”.
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