Novobanco lucra 428,3 milhões até setembro e bate concorrência privada

  • ECO
  • 7 Novembro 2022

O Novobanco, agora liderado por Mark Bourke, aumentou os lucros nos primeiros nove meses do ano em 178%, para 428,3 milhões de euros, e reforça os rácios de capital.

O Novobanco registou lucros de 428,3 milhões de euros nos primeiros nove meses do ano, um crescimento de 178% face ao mesmo período de 2021, segundo informação comunicada ao mercado. Com estes resultados, que batem os da concorrência privada já conhecidos, o Novobanco agora liderado por Mark Bourke reforçou o principal rácio de capital para 12,7%, mais 160 pontos base em comparação com o período homólogo.

O crescimento da atividade nos primeiros nove meses de 2022, reflexo da estratégia de crescimento sustentado do negócio bancário em Portugal, com geração crescente de receita e capital, conduziu à criação de valor para todos os stakeholders”, salienta Mark Bourke, o sucessor de António Ramalho à frente do banco, citado em comunicado.

O banco informa que até setembro, a margem financeira foi de 1,29% e o crédito a clientes (líquido) ascendeu a 24,6 mil milhões de euros (mais 3,9% face a dezembro de 2021), “confirmando a trajetória de crescimento da carteira de crédito no segmento de empresas e de particulares, num ambiente de taxas de juro favorável”.

Os depósitos também aumentaram, em 4,6%. Já as comissões de serviços a clientes totalizaram os 215,7 milhões de euros, um aumento de 3,8% face ao período homólogo, com “sólido desempenho na gestão de meios de pagamento, dado o perfil da atividade económica e a revisão do preçário”, indica o banco.

Prosseguindo a estratégia de “de-risking”, o banco conseguiu também ter um rácio de créditos não produtivos (NPL) de 5,0% (dez/21: 5,7%), com aumento do rácio de cobertura para 77,2%, ficando mais próximo do rácio médio dos peers europeus.

A venda do edifício da sede permitiu uma mais-valia que ajudou a impulsionar os outros resultados de exploração (que foram positivos em 88 milhões de euros). Por outro lado, “os custos operativos (105,5 milhões), em linha com o valor do trimestre anterior refletem o continuado investimento no negócio, incluindo o Novo Modelo de Distribuição, a implementação de um modelo omnicanal, suportado por um programa de transformação digital”.

Quanto ao montante afeto a imparidades e provisões, este totalizou 2,7 milhões, número justificado pela “reversão de imparidades e provisões específicas e da normalização do balanço do banco”.

O Novobanco consegue assim registar lucros superiores aos seus concorrentes privados. O BCP apresentou lucros de 97,2 milhões de euros, o Santander teve lucros de 385,1 milhões e o BPI 286 milhões de euros. No dia 10 de novembro serão conhecidos os resultados da CGD.

Nos últimos anos, o banco levou a cabo uma profunda reestruturação e limpeza do seu balanço, ao abrigo do mecanismo de capital contingente, através do qual recebeu 3,4 mil milhões de euros do Fundo de Resolução.

(Notícia atualizada às 7h20)

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