WTW: “Estamos abertos a aquisições, mas preferimos pessoas”

O CEO Nuno Arruda apresentou os planos para 2023. Quer expansão, mas alerta para um ano com impacto incerto da inflação nas vendas e nas condições de financiamento dos clientes de todas as empresas.

Nuno Arruda, CEO da WTW Portugal, é assertivo: “Quanto a inflação e salários, não estamos com outlook positivo. Não sabemos se os clientes vão continuar a comprar e se e como as condições de financiamento das empresas vão mudar!”. O gestor falava no final da passada semana nos escritórios da WTW em Lisboa onde, em conjunto com Elsa Carvalho, Head of Business Development e Ana Mesquita, Marketing Manager da companhia, revelou os planos da companhia para 2023.

Ana Mesquita, Marketing manager, Nuno Arruda CEO e Elsa Carvalho explicaram porque a WTW está a encarar com cuidado a conjuntura em 2023.

A WTW que acabou de anunciar o reforço de mais 320 pessoas nas suas operações no escritório de Lisboa, tem uma atividade de corretagem de seguros, que é a 6ª maior do país, onde obteve mais de 10 milhões de receitas em 2021 e intervenção na gestão de recursos humanos para os seus clientes. No seu conjunto, a empresa faturou em Portugal 18 milhões em 2021.

No cenário atual dos seguros foi salientado por Nuno Arruda que o infraseguro, diferença entre valores seguráveis e o efetivamente segurado, é um problema no país, “os custos de construção são muito maiores que há 2 anos e os capitais seguros não foram atualizados”, referiu o CEO.

Em relação aos riscos destacou a contínua evolução das alterações climáticas e no mais imediato risco cibernético. “Tem de haver mitigação das fragilidades por parte das empresas, dificilmente um risco ciber é totalmente transferível para seguradoras” afirmou, alertando que as companhias estão com critérios muito mais apertado para a subscrição de riscos e “fogem dos que surgiram muito recentemente e não há conhecimento histórico”, explica Nuno Arruda.

Em relação às negociações com as seguradoras em Portugal para o corrente ano, o CEO refere preços dos seguros de saúde têm uma subida entre 5% e 15% por parte dos maiores operadores destes seguros e que são Médis , Multicare e Advance Care, nos riscos de património verifica-se crescimento de preços até 10% para riscos bons, mas “há muitas saídas do risco”, ou seja as seguradoras estão a ser muito seletivas nos seguros que aceitam. Na responsabilidade civil, ramo em crescendo, o aumento de preços está a situar-se entre 5% e 10%.

Nuno Arruda faz notar que os riscos de alterações climáticas e de cibersegurança, refere que a WTW é ciberatacada, sem sucesso, 4 mil vezes por dia e que as empresas portuguesas estão a ser vítimas frequentes de ataques com pedidos de resgate para desbloqueio de sistemas informáticos. Na globalização e os efeitos de incidentes localizados à escala mundial, fez notar que os efeitos do incidente do navio Ever Given, que interrompeu a circulação no Canal do Suez em março de 2021, ainda não foram totalmente ultrapassados.

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