Portugal ultrapassou meta de armazenamento de gás no primeiro trimestre, acima da média europeia

No primeiro trimestre, as cavernas de Leiria acumularam 106% de gás natural, ficando acima do objetivo determinado por Bruxelas e acima da média dos restantes Estados-membros.

Portugal ultrapassou a média e a meta comunitária no armazenamento de gás no primeiro trimestre.

De acordo com o boletim divulgado esta quinta-feira pela Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos (ERSE), até 31 de março, as cavernas de gás situadas na região de Leiria registaram um stock de gás de 106%, “o que equivale a 25 dias de consumo médio nacional”, detalha o regulador.

Este valor fica acima da meta europeia que previa que os Estados-membros garantissem, em 2022, 80% das reservas de gás em preparação para o inverno, medida prevista no RePowerEU, estratégia da União Europeia que visa eliminar a dependência energética da Rússia. Esse teto foi, entretanto, aumentado para os 90%. Os 27 deverão ter esse limite garantido até dia 1 de novembro de 2023.

Além de terem ultrapassado as metas europeias, os níveis das reservas portuguesas também ficaram acima da média comunitária. Segundo a ERSE, a nível europeu, o valor do gás armazenado em cavernas atingiu 56%, até 31 de março de 2023. “Este período do ano corresponde, tipicamente, aos mínimos dos armazenamentos europeus, após o fim da estação fria”, detalha a entidade.

Tal como já tinha sido adiantado pela DGEG, o consumo de gás em Portugal manteve em março a tendência de redução registada nos meses anteriores, caindo 14,9% entre 1 agosto de 2022 e 31 de março. Este valor fica abaixo da meta voluntária que a Comissão Europeia definiu para a generalidade dos países europeus, de 15%, mas acima daquela exigida a Portugal em particular. Atendendo às especificidades do país, como a falta de interligações elétricas com os restantes Estados membros, Portugal inclui-se no grupo das exceções à regra, e pode reduzir os consumos em apenas 7%.

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