Mota-Engil fecha contratos de 1,4 mil milhões na mineração de ouro em África
Com estes novos contratos, a carteira de encomendas do grupo português aumenta para cerca de 15,5 mil milhões de euros. Ações reagem em alta: títulos seguem a valorizar 2,82% para 2,624 euros.
A Mota-Engil, através da sua participada Mota-Engil África, fechou seis contratos com a empresa de mineração de ouro Allied Gold Corporation, no valor de 1,4 mil milhões de euros, para a “operação de todos os seus ativos em produção (Mali e Costa do Marfim) e uma adjudicação” de uma nova mina na Etiópia.
“Assumindo progressivamente a atividade de serviços de engenharia de suporte aos diversos ativos da Alllied Gold, na Costa do Marfim, Mali e Etiópia, a Mota-Engil acresce desta forma cerca de 1,4 mil milhões de dólares à sua carteira de encomendas em projetos com duração variável, entre os 38 e 60 meses, que terminarão, no caso do projeto na Etiópia, em 2030″, aponta a empresa liderada por Carlos Mota dos Santos, em comunicado à CMVM.
A empresa portuguesa refere que “estes novos contratos e a relação de verdadeira parceria com a Allied Gold, reforçam o posicionamento da MOTA-ENGIL ÁFRICA como empresa líder de relevo nos serviços de apoio à atividade de mineração no continente africano e permitem o aumento da carteira de encomendas nesta área para cerca de 4 mil milhões de euros e do Grupo para cerca de 15,5 mil milhões de euros.”
O grupo de construção e de engenharia português tem vindo a fechar vários contratos nos últimos meses, que têm permitido à empresa, que fechou o primeiro semestre do ano com uma subida dos lucros de 65% para 49 milhões de euros milhões, reforçar a sua carteira de encomendas.
Em julho, assinou um contrato com a Pemex Transformación Industrial, subsidiária da empresa petrolífera estatal mexicana, Petróleos Mexicanos, para a construção de uma unidade industrial de fertilizantes no país, um contrato no valor de 1,2 mil milhões de dólares, que integra a sua associada Duro Felguera. Ainda no mesmo mês, fechou a extensão de um contrato em Guiné por 290 milhões de euros e, em setembro, Mota-Engil estendeu o contrato de mineração em Moçambique com a Vulcan, subsidiária do Grupo Jindal, até 31 de dezembro de 2027, por 576 milhões de euros.
Grupo compra 24% de espanhola Remo
A expansão internacional é uma das prioridades da empresa portuguesa, que, no final da semana passada, informou que a sua subsidiária Mota-Engil Renewing, a cleantech do grupo, comprou uma participação de 24% do capital da espanhola Remo Sustainable Mobility, uma empresa do setor de infraestruturas de carregamento para veículos elétricos.
“Com o objetivo de apoiar a concretização do seu plano de expansão internacional, a Mota-Engil Renewing irá inicialmente deter uma participação de 24% na sociedade de direito espanhol, podendo aumentá-la de acordo com o plano de crescimento previsto para os próximos anos nas áreas de mobilidade”, explica a empresa em comunicado.
O mesmo comunicado adianta que “este investimento é mais um passo na estratégia da Mota-Engil Renewing de entrada no mercado espanhol, reforçando o seu posicionamento como um player internacional de referência, que tem por meta alcançar os 7.500 postos de carregamento até 2028 em Portugal, Espanha e Polónia.”
As ações da empresa estão a reagir em alta a estes dois anúncios. Os títulos seguem a valorizar 2,82% para 2,624 euros.
(Notícia atualizada às 11h45)
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