Savannah vê “sinais muito positivos” de investidores interessados na cadeia das baterias em Portugal
O gestor deu como indicativo que há cerca de um ano a empresa comunicou ao mercado que cerca de 80 empresas "de nome a nível mundial" estavam em diálogo com a Savannah, de olho no projeto.
O CEO da Savannah reitera o interesse de investidores em instalarem os seus projetos, do âmbito da cadeia de valor das baterias, em Portugal, numa altura de turbulência neste mercado, após a quebra na fabricante europeia de baterias Northvolt e o cancelamento da parceria entre Northvolt e Galp para a construção de uma refinaria de lítio em Setúbal.
“Tenho esperança que, enquanto país, possamos atrair mais projetos para a cadeia de valor, e tenho sinais muito positivos de investidores institucionais“, afirmou o CEO da Savannah, Emanuel Proença, numa audiência na Assembleia da República, perante a Comissão de Ambiente e Energia.
À margem, o gestor deu como indicativo que há cerca de um ano a empresa comunicou ao mercado que cerca de 80 empresas “de nome a nível mundial” estavam em diálogo com a Savannah, de olho no projeto. Emanuel Proença aponta que este interesse te crescido no último ano, já que o projeto está a aproximar-se da data estimada de operação, 2027, e fábricas da cadeia demoram tempo a instalar-se.
Sobre se os contactos se teriam mantido nas últimas semanas, após o abalo financeiro da fabricante de baterias Northvolt, o gestor indica apenas que têm chegado “de forma constante” e “quanto mais projetos a fileira tem mais podem vir. Há sempre um efeito de cluster”. “Grandes empresas da fileira estão a continuar a procurar os locais onde vão fazer os próximos investimentos. Há muitas fábricas de veículos elétricos, muitas refinarias, fábricas de assemblagem de baterias, que têm de ser construídas para que consigamos transformar a mobilidade. Essas fábricas vão ter de ficar nalgum lado”, disse.
No entanto, este interesse não está assegurado. “Temos de ter consciência de que construirmos cadeia de valor num mercado altamente competitivo obriga a que todos façam a sua parte do trabalho”. Às entidades públicas cabe assegurar bons procedimentos, demonstrar que o país acolhe bem investimentos estrangeiro e que cria a infraestrutura necessária, enumerou.
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