Acordo de coligação com três partidos na Áustria deixa extrema-direita fora do Governo
Cinco meses depois das eleições, que foram ganhas pela extrema-direita, conservadores, social-democratas e liberais chegaram a acordo para formar um novo Governo na Áustria.
O Partido Popular Austríaco (ÖVP), o Partido Social-Democrata da Áustria (SPÖ) e o partido liberal NEOS chegaram a um acordo de coligação para formar Governo, deixando de fora o Partido da Liberdade (FPÖ), de extrema-direita, que foi o mais votado nas eleições realizadas em 29 de setembro.
Os líderes dos três partidos — Christian Stocker (ÖVP), Andreas Babler (SPÖ) e Beate Meinl-Reisinger (NEOS) — vão anunciar o pacto esta quinta-feira, pelas 11 horas locais, diante do Parlamento austríaco.
Segundo a agência noticiosa austríaca APA, o acordo com o título “Fazer o correto agora. Pela Áustria”, sublinha que o país alcançou mais progressos na sua história “a partir do consenso, da cooperação e da confiança” e inclui medidas para consolidar o orçamento durante um período de sete anos e endurecer a lei do asilo, como a suspensão imediata da reunificação de famílias.
O ÖVP, o SPÖ e o NEOS já tinham informado o Presidente Alexander van der Bellen da intenção de formar uma coligação com os três partidos. No sábado, o chefe de Estado austríaco sublinhou a “necessidade urgente” de formar um Governo, quando passam cinco meses da realização das eleições.
O FPÖ, de Herbert Kickl, obteve 28,8% dos votos, contra 26,3% dos conservadores (ÖVP) liderados pelo chanceler Karl Nehammer, seguindo-se o SPÖ (21,1%), o NEOS (9,1%) e os Verdes (8,2%).
Atualmente, os 183 lugares do Parlamento austríaco distribuem-se pelo FPÖ (57 deputados), o ÖVP (51), o SPÖ (41), o NEOS (18) e os Verdes (16).
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